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Economia
Consumidores no país tomaram 4% mais crédito em 2019, segundo levantamento Foto: Getty Images

A demanda por crédito por parte dos consumidores no Brasil cresceu 4% em 2019 na comparação com 2018, embora tenha recuado 1,2% em dezembro frente ao mês anterior. A demanda por crédito por parte dos consumidores no Brasil cresceu 4% em 2019 na comparação com 2018, embora tenha recuado 1,2% em dezembro frente ao mês anterior. Os dados são da empresa de crédito Boa Vista. Segundo o levantamento, o segmento onde houve maior aumento dos pedidos de crédito em 2019 foi o financeiro, com alta de 6,1% no ano. Já o segmento não-financeiro teve alta de 2,5% na comparação anual. Segundo a Boa Vista, a trajetória do indicador ao longo de 2019 “mostra certa estabilidade do ritmo de crescimento da demanda por crédito, refletindo ainda o tímido crescimento da economia e o mercado de trabalho fragilizado por elevadas taxas de desocupação e subutilização da mão de obra”. De acordo com o G1, já a queda em dezembro foi interpretada como reflexo das quatro altas consecutivas nos meses anteriores, por sua vez ligadas à liberação de recursos do FGTS. Para os economistas da empresa, são fatores importantes para diminuir a cautela dos consumidores – e, por consequência, vitaminar as receitas das empresas que dependem do consumo interno – um avanço no mercado de trabalho e uma redução do endividamento e do comprometimento de renda.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu para 65,3 pontos em janeiro. Com a alta de 1 ponto em relação a dezembro de 2019, o indicador está 10,5 pontos acima da média histórica e é o maior desde junho de 2010. Os dados são da pesquisa divulgada ontem (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de 0 a 100 pontos. Quando estão acima de 50, mostram que os empresários estão confiantes. Quanto maior o índice, maior e mais disseminada é a confiança. O Icei é maior nas grandes empresas, segmento em que subiu para 66,4 pontos neste mês. Nas médias, o Icei é de 64,9 pontos e, nas pequenas, de 63,4 pontos. “A confiança elevada se baseia não somente nas expectativas para os próximos seis meses, como também no sentimento de melhora da situação econômica corrente”, diz a pesquisa. De acordo com a CNI, o índice que mede a percepção dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e da economia aumentou 0,9 ponto em relação a dezembro e ficou em 59 pontos em janeiro, o maior nível desde junho de 2010. O índice de expectativas subiu 1 ponto em relação ao mês passado e está em 68,4 pontos. Na avaliação da CNI, isso mostra que os empresários estão otimistas em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses. De acordo com a pesquisa, a confiança é maior entre os empresários do Sul. Na região, o Icei de janeiro ficou em 67,2 pontos. Em seguida, vem a região Norte, onde o indicador alcançou 65 pontos. No Nordeste, o Icei foi de 64,5 pontos, e no Sudeste e Centro-Oeste, de 64,6 pontos. O levantamento também mostra que o otimismo é maior entre os empresários da indústria de transformação. Nesse segmento, o Icei alcançou 65,7 pontos em janeiro. Na indústria extrativa, foi de 63,7 pontos e, na construção, de 64 pontos. Esta edição do Icei foi feita entre os dias 6 e 17 deste mês com 2.458 empresas de todo o país. Dessas, 921 são pequenas, 917 são médias e 620 são de grande porte.

Brasil criou 664 mil vagas formais em 2019, melhor resultado em seis anos Foto: Reinaldo Canato/Veja

A geração de empregos com carteira assinada alcançou seu melhor índice desde 2013. Dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Ministério da Economia, mostram que mercado de trabalho gerou um saldo positivo de 664.079 postos formais em 2019, 115 mil a mais do que o registrado no anterior. De acordo com a Veja, no último ano, as contratações totalizaram 16.197.094. O número total de demissões, por sua vez, foi de 15.553.015 pessoas. Segundo o levantamento do governo, os oito setores da economia registraram saldo positivo de contratações com carteira assinada em 2019. O setor de serviços foi o que mais gerou empregos, com 382.525 vagas formais. No comércio, foram 145.475 novos contratados e na construção civil, 71.115. Já a administração pública foi o setor que menos contratou, gerando 822 novos empregos. Segundo a Secretaria de Trabalho, todas as cinco regiões do país registraram mais contratações do que demissões no ano passado. O melhor resultado foi visto no Sudeste, com a criação de 318.219 vagas formais. Na região Sul, houve abertura de 143.273 postos; no Nordeste, 76.561; no Centro-Oeste, 73.450; e no Norte, 32.576. No recorte estadual, São Paulo foi o que gerou mais empregos, com 184.133 postos formais. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 97.720; e Santa Catarina vem em seguida, com 71.406. A exemplo do que ocorre em todos os anos, o mês de dezembro de 2019 apresentou saldo negativo. Foram fechadas 307.311 vagas. O mau desempenho mensal é um reflexo das demissões de funcionários temporários contratados para trabalhar durante o fim do ano, além da sazonalidade observada nos setores de serviços, indústria e construção civil. Os maiores índices de desligamentos foram registrados no setor de serviços (-113.852) e na indústria (-104.634). O comércio foi o único dentre os oito setores analisados que apresentou saldo positivo, com 19.122 vagas.

Petrobras reduz preço de gasolina e diesel nas refinarias Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Petrobras reduziu o preço médio da gasolina em 1,5% e do diesel em 4,1%. Os novos valores já estão valendo nesta sexta-feira, 24, informou a companhia. As reduções marcam a segunda vez em que a estatal corta os preços neste ano. Em 14 de janeiro, a Petrobras havia diminuído em 3% os valores médios do diesel e da gasolina. Os preços do petróleo caíram mais de 2% na quarta-feira, com o superávit previsto pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) para o mercado e preocupações com a demanda em meio ao surto de coronavírus na China, que ofuscou interrupções de produção na Líbia. Nesta quinta-feira, os preços também operam em queda. A Petrobras tem reiterado que sua política para ambos os combustíveis segue o princípio da paridade de importação, que leva em conta preços no mercado internacionais mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio. O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. Na semana passada, os preços médios da gasolina e do diesel fecharam em alta nos postos brasileiros, apesar dos cortes de preços da Petrobras nas refinarias.

Arrecadação federal soma R$ 1,5 trilhão, melhor resultado em cinco anos Foto: Beatriz Albuquerque/Veja

A arrecadação do governo federal fechou 2019 com alta real (descontada a inflação) de 1,69%, a 1,537 trilhão de reais, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira, 23. O resultado é o melhor desde 2014, quando a arrecadação somou 1,599 trilhão de reais, na série da Receita corrigida pela inflação. Entram na conta da arrecadação impostos, contribuições e demais receitas federais. Segundo o Fisco, entre os fatores que contribuíram para o aumento da arrecadação estão o crescimento da economia (estimado em 1,17% por economistas), crescimento das receitas de royalties do petróleo (1,28% no ano passado, somando 61,011 bilhões de reais), e a alta na oferta e contratação do crédito bancário para empresas e pessoas físicas, que gerou aumento real de 8,44% no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Apesar do resultado da arrecadação, houve desaceleração no ritmo do crescimento na comparação com o ano anterior. A taxa de 1,69% em 2019 foi menor do que a expansão real de 4,76% registrada em 2018 (na comparação com 2017). Os números da arrecadação federal, por setores produtivos, mostrou crescimento maior dos valores arrecadados (sem contar INSS) para a extração de minerais metálicos (59,7%), consultorias (15,56%) e atividades auxiliares do sistema financeiro (14,76%).

Mercado financeiro eleva para 2,31% a previsão do PIB para 2020 Foto: Thiago Nori/Getty Images

Economistas consultados pelo Banco Central estimam que a economia do Brasil crescerá 2,31% em 2020. A projeção e está no Boletim Focus, pesquisa feita com bancos e instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira, 20. A estimativa do relatório é ligeiramente maior que a previsão da semana passada, de que o Produto Interno Bruto (PIB) ficaria em 2,30% para 2020. De acordo com a Veja, a previsão do mercado ainda é um pouco menor do que a do governo federal, que na semana passada estimou o crescimento do país em 2,40%. Os dados mostram o otimismo do mercado financeiro, ainda que com cautela, com a recuperação econômica. Caso a projeção se confirme, será o maior crescimento desde 2013, quando o PIB avançou 3%. Os economistas consultados pelo BC diminuíram de 3,58% para 3,56% a estimativa para inflação no ano. O valor segue abaixo do centro da meta, de 4%, mas dentro da margem de tolerância, que vai de 2,5% a 5,5%.

Governo aumenta projeção de crescimento do PIB para 2,40% em 2020 Foto: Reprodução

O governo aumentou a projeção para o crescimento da economia para 2019 e 2020. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 2019 foi revisada de 0,90% para 1,12%. Para 2020, a previsão é que o PIB tenha expansão de 2,40%, ante a previsão de 2,32%. As estimativas estão no Boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, divulgado na terça-feira (14). De acordo com a pasta, os indicadores de atividade têm apresentado resultados acima da expectativa de mercado, especialmente nos setores de serviços, comércio e construção civil, o que explica as revisões para cima das projeções para o crescimento econômico. A liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também foi fundamental para estimular a economia. “No segundo semestre de 2019, uma parcela fundamental da retomada do crescimento veio dos estímulos dados pela liberação de recursos do FGTS, que deve se estender ao longo do primeiro trimestre de 2020. Além disso, a criação do saque-aniversário tem o potencial de mudar as perspectivas nos mercados de trabalho e crédito, impulsionando a economia nos próximos anos”, diz o boletim.

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (14) que o governo reajustará o valor do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045. Segundo Bolsonaro, o valor valerá partir de 1º de fevereiro. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva na sede do Ministério da Economia, onde o presidente se reuniu com o ministro Paulo Guedes. Segundo Bolsonaro, o reajuste será feito via medida provisória, ato que tem força de lei imediatamente. “Uma reunião tranquila, coordenada pelo Paulo Guedes. Tivemos uma inflação atípica em dezembro. Não esperávamos que ela fosse tão alta assim. Foi basicamente da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido. Então, ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro”, afirmou o presidente. O objetivo com a medida é evitar perdas inflacionárias. Isso porque, ao fixar o valor do salário mínimo em R$ 1.039, o governo se baseou na projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano passado.  O INPC serve de base para o cálculo do salário mínimo.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com ação civil pública nesta quinta-feira (9) na Justiça Federal do Distrito Federal pedindo que seja suspensa a cobrança de tarifa sobre o cheque especial de quem não utiliza o limite. A permissão para que os bancos cobrem tarifa para disponibilizar o cheque especial ao cliente está prevista na nova regra definida pelo Banco Central, que começou a valer na segunda (6). Ela estabelece que essa tarifa pode ser de até 0,25% sobre o valor disponível no cheque especial e que ela pode ser cobrada até mesmo se o cliente não usar o limite. A regra prevê ainda que a tarifa só pode ser cobrada de clientes com limite acima de R$ 500 no cheque especial, e apenas sobre o valor que excede esses R$ 500. A OAB entende que há violação ao direito do consumidor e quer que o Banco Central viabilize junto aos bancos a devolução ou o provisionamento de valores já cobrados. “O consumidor não pode ficar sujeito à cobrança de tarifa pela disponibilização de cheque especial, independentemente da efetiva utilização do serviço”, afirma a ação. Segundo a Ordem, a cobrança de tarifa “claramente coloca o consumidor em uma situação de desvantagem exagerada, ao arcar com um gravame por algo de que não usufruiu, o que desequilibra a relação contratual”.

Governo Bolsonaro bate recorde na liberação de emendas Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro liberou um valor recorde de emendas parlamentares no seu primeiro ano de mandato. Ele desembolsou R$ 5,7 bilhões em 2019, valor acima dos R$ 5,29 bilhões que haviam sido pagos por Michel Temer em 2018 (o montante mais alto até então, já considerada a inflação do período). A conta mostra que, apesar da relação conturbada com o Congresso e das críticas ao "toma lá, dá cá", o governo não deixou de atender a demandas de deputados e senadores para investir recursos em suas bases eleitorais. Emendas são indicações feitas por parlamentares de como o governo deve gastar parte do dinheiro. Elas incluem desde obras de infraestrutura, como a construção de uma ponte, por exemplo, até valores destinados a programas de saúde e educação. Embora as emendas sejam impositivas - o governo é obrigado a reservar espaço no Orçamento para pagá-las -, cabe à Presidência decidir quando os valores serão liberados. Por isso, a hora em que o repasse é feito é usada para barganhar apoio a votações importantes no Congresso. Com o discurso de que não pratica o “toma lá, da cá” - liberação de verbas em troca de apoio parlamentar - Bolsonaro praticamente manteve o ritmo de pagamentos que marcou governos anteriores e usou uma prática comum na política brasileira: acelerou a liberação de dinheiro quando precisou de apoio dos parlamentares.

Pedidos de aposentadoria pelas novas regras da Previdência estão parados Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou nesta terça-feira, 7, que não há previsão de quando os pedidos de aposentadoria feitos por trabalhadores que se encaixam nas novas regras da Previdência serão deliberados pelo instituto. Segundo a autarquia, a demora ocorre porque os cálculos e as deliberações sobre os valores das benesses a serem concedidas são feitas por meio dos sistemas que, atualmente, estão passando por ajustes. Além disso, tais apurações não são feitas manualmente pelos servidores. Seis sistemas de concessão, manutenção e pagamento de benefícios previdenciários (Prisma, Sibe, Sabi, Plenus, Sispagben e SUB), estão sendo atualizados para adequação às novas regras, que estão em vigor desde novembro, após a promulgação da reforma. O INSS afirma que o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS),  uma espécie de extrato das contribuições previdenciárias, também está sendo atualizado, assim como o simulador de aposentadoria (acessado no Meu INSS). Ou seja, quem tentar simular quando poderá se aposentar pelo site do instituto, não irá conseguir devido a atualização. O INSS afirma que quem já tinha direito ao benefício antes da promulgação da reforma não é prejudicado pela atualização. “as adaptações dos sistemas não geram nenhum impacto na rotina de análise dos requerimentos feitos por quem já possuía direito adquirido antes da publicação da emenda, ou seja, a análise dos requerimentos, feitos conforme as regras anteriores, segue normalmente”.

Começam a valer a partir desta segunda-feira (6) o limite de 8% para a taxa mensal de juros do cheque especial e também novas regras que permitem a cobrança de tarifa pelos bancos para disponibilizar esse crédito. De acordo com o G1, a cobrança de tarifa só será permitida nesse primeiro momento para novos contratos. Para quem já tem cheque especial, a mudança nas regras passará a valer a partir de 1º de junho. Essas alterações foram definidas em novembro do ano passado pelo Banco Central. Até então, não havia um limite para a taxa do cheque especial – uma das modalidades de crédito mais caras do país e utilizadas sobretudo pela população de menor renda –, e os bancos só eram remunerados quando os clientes de fato faziam uso da modalidade.

Contas de luz: Bandeira tarifária continua amarela em janeiro Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que a bandeira tarifária para janeiro de 2020 continua amarela, o que significa um custo extra de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. De acordo com a Aneel, “a bandeira permanece amarela em razão do baixo nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo regime de chuvas significativamente abaixo do padrão histórico”. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado no ano de 2015 e utiliza as mesmas cores dos semáforos (verde, amarela e vermelha) para indicar se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade. No caso da bandeira amarela, a indicação é de condição intermediária de geração de energia nas usinas hidrelétricas, por causa do volume de água nos reservatórios. A previsão é de que as chuvas no primeiro mês de 2020 vão elevar gradativamente o nível de água dos principais reservatórios, mas ainda em patamares abaixo da média histórica. A situação exige o acionamento das usinas termelétricas, movidas a petróleo e mais onerosas, “com impactos diretos na formação do preço da energia (PLD) e nos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)”, assinala a Aneel. Assim a tarifa terá acréscimo de R$ 0,01343 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido em relação aos preços quando a bandeira é verde. Janeiro é mês de verão e apresenta aumento de temperaturas, inclusive no litoral brasileiro - mais procurado no período por causa das férias escolares. O calor da temporada pode elevar o consumo de energia com o aumento do uso de equipamentos como o ar-condicionado.

A Receita Federal do Brasil como a exigir desde a última quarta-feira (1º), que todas as encomendas e remessas internacionais possuam a identificação do Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF), Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou número do passaporte do destinatário para ter o despacho aduaneiro iniciado. A falta dessa informação poderá acarretar na proibição da entrada da encomenda e sua devolução ao exterior ou destruição, nos casos em que a devolução não seja possível. Essa informação deve ser prestada na hora da compra on-line e encaminhada juntamente com a encomenda em seu transporte. Caso não seja informado no momento da compra, ou o remetente não os encaminhe o dado juntamente com a remessa, os Correios possuem uma ferramenta para prestação dessa informação na página da internet, por meio do rastreamento ou do portal “Minhas Importações”. Será necessário realizar o cadastro no Portal, informando o CPF, CNPJ ou número do passaporte (estrangeiro), bem como definir login e senha. Após o cadastro, informa a Receita, basta realizar a pesquisa por encomendas e fazer a vinculação das remessas no ambiente “Minhas Importações”. Somente após a prestação dessa informação, as encomendas poderão ser apresentadas à fiscalização aduaneira.

Multa adicional de 10% do FGTS será extinta a partir desta quarta-feira Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir desta quarta-feira (1º), os empregadores deixarão de pagar a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em demissões sem justa causa. A taxa foi extinta pela lei que instituiu o saque-aniversário e aumentou o saque imediato do FGTS, sancionada no último dia 12 pelo presidente Jair Bolsonaro. A multa extra aumentava, de 40% para 50% sobre o valor depositado no FGTS do trabalhador, a indenização paga pelas empresas nas dispensas sem justa causa. O complemento, no entanto, não ia para o empregado. Os 10% adicionais iam para a conta única do Tesouro Nacional, de onde era repassado ao FGTS, gerido por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. Criada em junho de 2001 para cobrir os rombos no FGTS deixados pelos Planos Verão (1989) e Collor 1 (1990), a multa adicional de 10% deveria ter sido extinta em junho de 2012, quando a última parcela dos débitos gerados pelos planos econômicos foi quitada. No entanto, a extinção dependia da edição de uma medida provisória e da aprovação do Congresso Nacional. Em novembro, o governo incluiu o fim da multa na Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde e Amarelo de emprego para estimular a contratação de jovens. O Congresso, no entanto, inseriu a extinção da multa complementar na Medida Provisória 889, que instituiu as novas modalidades de saque do FGTS.

Salário mínimo será de R$ 1.039 em 2020 Foto: Seu Crédito Digital

O governo federal definiu nesta terça-feira (31) que o salário mínimo será de R$ 1.039 em 2020, conforme estabelecido em medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, é a primeira vez que o salário mínimo ultrapassa a marca de R$ 1 mil. O valor serve de referência para 49 milhões de pessoas, segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Conforme antecipou o Blog do Valdo Cruz, o valor do salário mínimo ficou um pouco abaixo do proposto pelo governo em abril, de R$ 1.040 no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas ficou acima do valor aprovado no orçamento de 2020 pelo Legislativo - de R$ 1.031. O reajuste foi de 4,1% em relação ao atual mínimo, de R$ 998. Os valores mudaram, no decorrer deste ano, de acordo com a variação da inflação. De acordo com a Constituição, o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Contas do setor público registram déficit de R$ 15,3 bi em novembro Foto: Getty Images

O setor público consolidado, formado pela União, os estados e os municípios, registrou déficit primário de 15,312 bilhões de reais em novembro, segundo estatísticas divulgadas nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central. O resultado é melhor do que o registrado em novembro do ano passado, quando o déficit primário ficou em 15,601 bilhões de reais. O resultado é formado pelas despesas menos as receitas com arrecadação, sem considerar os gastos com os juros da dívida pública. Na composição do resultado de novembro, o governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi responsável por um déficit de 18,2 bilhões de reais, mas que foi parcialmente compensado pelo desempenho dos governos estaduais e municipais, que juntos registraram superávit de 2,903 bilhões de reais em novembro. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, apresentaram déficit primário de 39 milhões de reais no mês passado. Em dez meses, o setor público registrou déficit primário de 48,359 bilhões de reais, contra 67,125 bilhões de reais em igual período de 2018. Esse foi o melhor resultado, para este período, desde 2015. A meta para o setor público consolidado é de um déficit primário de 132 bilhões de reais neste ano.

Pequenos consumidores poderão pagar menos por luz em 2020 Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A maior parte dos consumidores de energia em todo o país terá uma oportunidade de mudar os hábitos e diminuir a conta de luz. Em vigor desde 2018 para grandes consumidores, a tarifa branca de energia será estendida a quase todos os brasileiros em 1º de janeiro. De acordo com o Valor, a tarifa branca consiste na redução do preço da energia fora do horário de pico, também chamado de horário de ponta e envolve três faixas de valores. Nos dias úteis, a cobrança da energia será dividida em três faixas de horário: o horário de ponta (tarifa vermelha), entre o fim da tarde e o início da noite; a faixa intermediária (amarela), uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, e o horário fora de ponta (verde), com custo mais baixo no restante do dia. Nos fins de semana e nos feriados nacionais, a tarifa de energia sempre será cobrada pelo valor fora de ponta. O modelo começou a ser usado em 2018, para unidades com consumo superior a 500 quilowatts-hora (kWh). Em 2019, passou a ser aplicado em unidades com consumo a partir de 250 kWh. A mudança não valerá apenas para unidades residenciais consumidoras da subclasse de baixa renda, atualmente tarifadas em condições vantajosas. Esse modelo de tarifação é aplicado em países como Canadá, Austrália, Itália, França e Reino Unido.

Mercado financeiro prevê alta de 2,3% do PIB do Brasil em 2020 Foto: Getty Images/Veja

Economistas consultados pelo Banco Central estimam que a economia do Brasil crescerá 2,3% em 2020. A projeção está no Boletim Focus, pesquisa feita com bancos e instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira, 30. A estimativa do relatório é ligeiramente maior que a previsão da semana passada, em que o Produto Interno Bruto (PIB) ficaria em 2,28% para 2020. Os dados mostram otimismo do mercado financeiro para o próximo ano, com a consolidação da recuperação econômica. Caso a projeção se confirme, será o maior crescimento desde 2013, quando o PIB avançou 3%. De acordo com os economistas, o PIB deste ano deve ficar em 1,17%, acima do crescimento de 2018. O resultado oficial do PIB de 2019 deve ser divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é responsável pelo cálculo do indicador. Na semana passada, a previsão era ligeiramente menor, de 1,16%. Para 2020, o mercado financeiro elevou de 3,60% para 3,61% a estimativa de inflação. No próximo ano, a meta é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%. A expectativa para 2019 é que o IPCA feche o ano a 4,04%. Esta é a primeira vez, desde junho deste ano, que o mercado estima inflação acima de 4% para 2019. De toda a forma, o indicador deve terminar abaixo da meta do governo, de 4,25% para este ano, mas dentro da margem de tolerância que varia entre 2,75% e 5,75%.

O ano de 2020 terá mais feriados em dias de semana e também mais fins de semana prolongados do que 2019. O que é uma boa notícia para a maioria das pessoas preocupa a indústria e o comércio, de um lado, mas é comemorado pelos segmentos ligados ao turismo, de outro. De acordo com o jornal o Globo, o próximo ano terá 251 dias úteis, dois a menos que 2019, e o número de feriados em dias da semana será maior: serão 11 contra oito. Mais que isso, serão seis dias de folga que poderão ser emendados com sábado e domingo, contra dois em 2019. Esse efeito calendário terá influência na atividade econômica. O brasileiro vai folgar mais e trabalhar menos no próximo ano. A retomada do crescimento mais forte da economia em 2020 é esperada pelo governo, analistas e bancos. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a economia brasileira poderá crescer 2,25% no ano que vem. O BC revisou a própria previsão de crescimento de 2020 de 1,8% para 2,2%. Com menos folgas, a expansão poderia ser maior.

A taxa de desemprego no Brasil caiu a 11,2% no trimestre encerrado em novembro, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27, puxada por contratações no comércio perto do fim do ano. Contudo, a informalidade bateu novo recorde, num sinal dos desafios para o mercado de trabalho em 2020. Além disso, apesar da queda, o número de desempregados ainda soma 11,9 milhões de pessoas. De acordo com a Veja, o nível de desocupação é o mais baixo desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (quando também bateu 11,2%). Para trimestres findos em novembro, é o menor desde 2015, quando a taxa ficou em 9,0%.De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Berenguy, o comércio respondeu por 240 mil das 378 mil a mais de população ocupada no trimestre com carteira (total de 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria), com as contratações relacionadas a vagas temporárias abertas para fazer frente às datas comemorativas de final de ano. No trimestre, foram geradas 338 mil vagas de trabalho no comércio, de um total de 785 mil pessoas ocupadas a mais ante o trimestre anterior. “Apesar do avanço na carteira, estruturalmente o mercado não mudou muito. Ainda há muita informalidade e um crescimento de (trabalhadores por) conta própria que vem desde maio de 2017”, disse Berenguy. O número de trabalhadores por conta própria bateu novo recorde na série histórica ao chegar a 24,6 milhões de pessoas, alta de 1,2% frente ao trimestre móvel anterior (junho a agosto) e de 3,6% em relação ao mesmo período de 2018. A população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas, recorde da série histórica.

Preço do seguro DPVAT terá redução de 68% para carro e de 86% para moto Foto: Marcelo Sayão/Veja

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) aceitou a proposta da diretoria da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de redução do prêmio do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, o DPVAT, nesta sexta-feira, 27. Com a aprovação, o preço do seguro em 2020 será de 5,21 reais para carros de passeio e taxis, e de 12,25 reais para motos. Tais valores representam uma redução de 68% e 86%, respectivamente, em relação ao ano passado. De acordo com a superintendente da autarquia, Solange Vieira, devido a problemas de corrupção nos últimos anos, a precificação equivocada no valor do seguro fez com que os consumidores pagassem prêmios bem acima do valor ideal. “Os cálculos atuariais ficaram distorcidos levando a uma arrecadação em prêmios acima da necessária para o pagamento das indenizações, prova disso é o excedente de 5,8 bilhões de reais acumulado em um fundo administrado pela seguradora gestora do monopólio. Queremos consumir este excedente no menor tempo possível e a melhor forma que encontramos foi a redução do preço do seguro”, afirma Solange. Segundo a Veja, os recursos excedentes mencionados pela superintendente foram acumulados nos últimos anos em um fundo administrado pelo consórcio que operacionaliza o seguro. Os excessos em questão são oriundos de fraudes sistemáticas descobertas pela Operação Tempo de Despertar da Polícia Federal em 2015. Cerca de 5,8 bilhões de reais que compõem esse excedente serão usados para diminuir o preço do seguro para os proprietários de veículos automotores ao longo dos próximos quatro anos.

Petrobras aumenta preço do gás de cozinha em 5% nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras informou nesta quinta-feira, 26, que o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, sofrerá um aumento de 5% no repasse às distribuidoras a partir de amanhã. A mudança vale para todos os tipos de GLP: residencial, comercial e industrial, vendido em botijões de 13 a 90 quilos. De acordo com a Veja, o reajuste feito pela Petrobras pode ou não se refletir no preço final ao consumidor, que incorpora impostos e repasses de empresas como distribuidores e revendedores. O último reajuste do GLP nas refinarias da Petrobras ocorreu no dia 25 de novembro.  Na última semana, a Petrobras elevou também o preço médio do diesel em suas refinarias em 3%. A medida passou a valer no sábado, 21. O último reajuste no diesel, combustível mais comercializado do Brasil, havia sido feito em 4 de dezembro. Por enquanto, o valor da gasolina não foi alterado. O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda, além da e mistura de biocombustíveis.

Venda de Natal é a melhor desde 2014, diz Alshop Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A previsão se confirmou. O Natal de 2019 foi o melhor em anos — ao menos para o varejo. Segundo balanço feito pela Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop), as vendas natalinas deste ano superaram as do ano passado em 9,5%. Este é o mais forte crescimento do comércio varejista para esta época do ano desde 2014. De acordo com a Veja, a forte aceleração no fim do ano fez o faturamento do comércio varejista saltar 7,5% ao longo do ano, superando a expectativa de alta de 5%. A projeção de receitas do varejo nos shoppings centers alcançou 168,2 bilhões de reais em 2019. “No ano passado, havia expectativa de que 2019 seria um ano mais forte, mas teve uma frustração, porque só no terceiro trimestre é que a recuperação começou. O primeiro semestre foi muito fraco. O varejo volta a apresentar um caminho de recuperação agora no último trimestre deste ano”, diz Rodolpho Tobler, economista da Fundação Getúlio Vargas. Entre os setores que impulsionaram as altas estão vestuário, brinquedos e cosméticos, que lideraram as vendas no Natal.

Mercado prevê inflação e crescimento econômico maiores para 2019 Foto: Reprodução

O mercado financeiro passou a prever inflação e crescimento da economia maiores para este ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, 23. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 3,86% para 3,98% – é o sétimo aumento consecutivo. A mudança acontece na esteira da pressão de alta dos preços das carnes. Apesar do aumento da estimativa, a inflação ainda fechará o ano dentro do estabelecido pelo governo. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento para este ano passou de 1,12% na semana anterior para 1,16% nesta – é o terceiro ajuste consecutivo. Se concretizado, esse avanço de 2019 ficará no mesmo nível dos dois anos anteriores, porém bem abaixo do que esperavam economistas no começo do ano, após o otimismo com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Para 2020, as estimativas não param de ser corrigidas. Agora, os economistas preveem um crescimento de 2,28% — a sétima alta consecutiva. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% para a previsão de crescimento em 2021 e em 2022. A estimativa para a cotação do dólar caiu de 4,15 reais para 4,10 reais no final deste ano, e permanece em 4,10 reais no encerramento de 2020. Todas essas informações constam do boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central que traz as projeções de uma centena de instituições financeiras e de economistas para os principais indicadores econômicos. A pesquisa semanal mostra ainda que a taxa básica de juros deve encerrar 2020 a 4,50% ao ano. O BC cortou a Selic em 0,5 ponto percentual pela quarta vez consecutiva em sua última reunião deste ano, levando-a à nova mínima histórica de 4,5%. A autoridade monetária indicou cautela em relação aos juros daqui para a frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto. Por sua vez, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 4,25% em 2020, apostando em mais um novo corte do BC em fevereiro.

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