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Economia

Na primeira reunião do governo Bolsonaro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter, nesta quarta-feira (6), os juros básicos da economia estáveis em 6,5% ao ano. Essa é a expectativa do mercado financeiro. Se a previsão do mercado se confirmar, esta será a sétima manutenção seguida da taxa, que está no menor nível desde 1986 - quando começa a série histórica do Banco Central. A decisão do Copom será anunciada após as 18h. Essa deverá ser a última reunião do Copom comandada pelo atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, levado ao cargo pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). Segundo o G1, ele deixará o comando do BC após a sabatina, e aprovação pelo Senado (se ocorrer), do nome de Roberto Campos Neto, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a instituição.

Brasileiro muda hábitos de consumo e passa a pesquisar mais preço, apontam CNDL e SPC Foto: Reprodução/EBC

As famílias brasileiras passaram a administrar melhor o orçamento e, consequentemente, criar uma relação mais saudável com o dinheiro, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). O estudo divulgado pelo Bahia Notícias indicou que oito em cada dez brasileiros (79%) mudaram seus hábitos no dia a dia. Entre as medidas adotadas pelas famílias, destaca-se a pesquisa de preços (59%) antes da aquisição de algum produto. Os dados levantados apontam ainda que 56% passaram a limitar gastos com lazer e 55% a controlar despesas pessoais. O aperto financeiro também fez com que muitas pessoas encontrassem alternativas para economizar. Mais da metade (54%) dos entrevistados procurou reduzir o consumo de luz, água e telefone. Outros 53% passaram a ficar atentos às promoções em busca de preços menores, enquanto 46% substituíram produtos por marcas similares mais baratas e 42% admitem ter incorporado em sua rotina a prática de pechinchar.

Produção industrial cresce 1,1% em 2018 Foto: Reprodução/Veja

A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em 2018, informou nesta sexta-feira, 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o segundo ano consecutivo de resultado positivo no setor, depois de sucessivas quedas entre 2014 e 2016. O resultado, porém, é menor que o desempenho de 2017, quando houve alta de 2,5%. Segundo o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, apesar de a taxa ter sido positiva no acumulado do ano, a indústria perdeu ritmo nos últimos meses de 2018. O quarto trimestre, inclusive, fechou com queda de 1,1% frente ao trimestre anterior. “Atividades como alimentos, metalurgia e bebidas, que mostraram comportamento positivo no início do ano, perderam intensidade ao longo dos meses”, explica Macedo. Ainda no acumulado do ano, entre as categorias econômicas, bens de consumo duráveis, 7,6%, bens de capital, 7,4%, e bens intermediários, 0,4%, registraram taxas positivas, enquanto bens de consumo semi e não duráveis caíram 0,3%. “O crescimento em bens de capital foi influenciado principalmente pelo aumento na produção de caminhões e materiais de construção. Já bens de consumo duráveis foi beneficiado pela expansão na produção de televisores impulsionada pela Copa do Mundo”, comenta. Em relação a novembro, a produção aumentou 0,2% em dezembro, com influência do setor de alimentos, que cresceu 1,5%. Já a queda mais significativa veio do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 3,1%. Houve queda de 3,6% com relação a dezembro de 2017.

Petrobras reduz em 0,99% o preço da gasolina nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A partir deste sábado, 2, a Petrobras vai reduzir em 0,99% o preço médio da gasolina nas refinarias. O valor vai passar de 1,4907 reais para 1,4758 reais. O custo do óleo diesel foi mantido pela petroleira em 2,0198. A política de preços da Petrobras leva em consideração o valor do câmbio e as cotações internacionais. Os reajustes podem ser feitos diariamente. Porém, para ter um pouco mais de estabilidade no valor a petroleira adota um mecanismo comercial que permite segurar os preços por até quinze dias. O repasse do reajuste da gasolina ao consumidor final depende tanto das distribuidoras como dos postos de combustível. Segundo a companhia, o valor da gasolina na refinaria equivale a 25% do total. Outro 16% são da distribuidora e dos postos, e 59%, de imposto.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, atingindo 12,2 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31). A taxa representa uma estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro e um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao 3º trimestre (11,9%). No ano de 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, ante 12,7% em 2017. O país encerrou o ano passado com apenas 116 mil desempregados a menos, no comparativo com o 4º trimestre de 2017. Já na comparação com o 3º trimestre, houve uma redução de 297 mil pessoas no número de desempregados. O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, destacou que entre os fatores que contribuíram para a maior geração de postos de trabalho nos últimos meses de 2018 estão o fim da incerteza eleitoral, a Black Friday em novembro, e o Natal. Na comparação com o 3º trimestre, o aumento na população ocupada se deu, principalmente, no comércio, com 266 mil trabalhadores ocupados a mais. No segmento de comunicação, o aumento no contingente de ocupados foi de 190 mil novos trabalhadores. Já no setor de transportes, o aumento foi de 157 mil novos ocupados.

Idoso de baixa renda terá de abrir dados bancários para receber benefício do INSS Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

Para reduzir fraudes no INSS, o governo baixou uma medida provisória (MP) que prevê, entre outras mudanças, que idosos de baixa renda e pessoas com deficiência terão de abrir mão do sigilo bancário se quiserem receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio de um salário mínimo a que esses cidadãos têm direito. De acordo com o jornal o Globo, a regra entrará em vigor daqui a três meses. A MP traz ainda outras mudanças mais abrangentes do que o que foi divulgado pelo governo. Com o objetivo de apertar o cerco contra pessoas usadas como laranjas em fraudes previdenciárias, até mesmo os mais pobres poderão perder o único imóvel da família se forem pegos cometendo crime contra o sistema público de aposentadorias.

Juros do cartão subiram para quem paga o mínimo da fatura Foto: iStock/Getty Images

Uma norma editada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no ano passado, que tinha como objetivo disciplinar as cobranças de encargos em caso de atraso no pagamento do cartão de crédito, acabou por prejudicar os clientes que pagam pelo menos o mínimo da fatura. Dados divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Banco Central mostram que, desde que as medidas entraram em vigor, em junho de 2018, o juro médio do rotativo do cartão subiu de 242,6% ao ano para 268,0% ao ano. Estes porcentuais dizem respeito ao chamado rotativo regular, que considera operações em que pelo menos o mínimo da fatura foi pago. De acordo com a Veja, a Resolução nº 4.655 do CMN, que entrou em vigor em 1º de junho, estabelecia que as instituições não poderiam mais cobrar juros especiais, quase sempre maiores, de clientes que estivessem no rotativo e ficassem inadimplentes. O juro cobrado continuaria sendo o do rotativo, apenas acrescido de 2% de multa e 1% ao mês de juro de mora. Até então, havia instituições que cobravam porcentuais maiores se o cliente ficasse inadimplente. Além disso, a medida previa que as próprias instituições poderiam fixar o porcentual mínimo a ser pago em cada fatura. Antes, este porcentual mínimo era de 15%.

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve aumento de 8,9% em 2018, para R$ 3,877 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28). De acordo com o G1, trata-se do maior patamar da série histórica, que teve início em 2004. No fim de 2016 e de 2017, a dívida estava em R$ 3,112 trilhões e em R$ 3,559 trilhões, respectivamente. A dívida pública subiu R$ 317,789 bilhões no ano passado.

Os analistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de inflação para este ano, e também passaram a prever uma alta menor do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Para 2019, os economistas do mercado financeiro diminuíram a expectativa de inflação de 4,01% para 4%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.

Contas de luz seguem com bandeira verde em fevereiro Foto: iStockphoto/Getty Images

As contas de luz vão permanecer com bandeira verde no mês de fevereiro, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que não haverá cobrança extra para os consumidores. A bandeira verde está em vigor desde dezembro. As duas variáveis que definem o sistema de bandeiras tarifárias são o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e o nível dos reservatórios das hidrelétricas. “Mesmo com a elevação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) provocada pela diminuição das chuvas em janeiro, a estação chuvosa está em curso, propiciando elevação gradativa da produção de energia pelas usinas hidrelétricas e melhora do nível dos reservatórios, com a consequente recuperação do risco hidrológico (GSF)”, diz a nota.

Paulo Guedes: Reforma da previdência pode economizar até R$ 1,3 trilhão Foto: Alan Santos/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (23) em Davos que a proposta de reforma da Previdência que está sendo estruturada pelo governo pode render uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 1,3 trilhão em dez anos. De acordo com o G1, a declaração foi feita em entrevista à agência de notícias Reuters durante o Fórum Econômico Mundial na estação de esqui suíça de Davos. Se os números se confirmarem, a reforma proposta de reforma do governo de Jair Bolsonaro pode chegar a dois terços a mais do que o esforço da gestão de Michel Temer, que não conseguiu avançar com o projeto no Congresso. A proposta original de Temer previa economia de R$ 800 bilhões em 10 anos. Após sofrer alterações no Congresso, a medida passou a ter economia estima em R$ 480 bilhões, mas ainda assim o projeto não avançou. “É uma reforma significativa e nos dará um importante ajuste estrutural fiscal”, disse Guedes, apontando que os números ainda estão sendo estudados. “Isso terá um poderoso efeito fiscal e vai resolver por 15, 20, 30 anos”, disse ele, que acrescentou: “É isso ou seguimos (o caminho da) Grécia”.

Comércio tem o maior número de vagas criadas em 4 anos Foto: Reinaldo Canato/Veja

O comércio varejista encerrou 2018 com o maior número de contratações líquidas de trabalhadores dos últimos quatro anos. Entre admissões e demissões, devem ter sido abertas 62 mil vagas com carteira assinada em 2018, segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Os dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano de 2018 fechado devem ser conhecidos nesta quarta, 23. Em relação aos demais setores, o comércio foi o terceiro maior na expansão de vagas em 12 meses até novembro, atrás apenas dos serviços em geral e serviços de utilidade pública. Apesar de o pior momento do varejo ter ficado para trás, os dois anos seguidos de saldo líquido positivo de empregos – 2017 e 2018 – conseguiram recuperar só um quarto dos 410 mil postos de trabalho destruídos na crise. “O lado bom da moeda é que estamos nos distanciando da fase mais aguda da crise; o ruim é que a recuperação está sendo lenta”, diz o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, responsável pelas projeções. Como o novo governo está mais preocupado em fomentar o investimento e não o consumo, essa estratégia deve ajudar o varejo só mais para frente, prevê Bentes. Em 2018, as vendas do comércio devem ter crescido 5,3% e, para 2019, a CNC espera um avanço de 5,8%. Dos dez segmentos analisados em 12 meses até novembro, supermercados e farmácias, setores que vendem itens essenciais como alimentos e remédios, lideraram as contratações. O saldo líquido de vagas abertas pelos supermercados foi de 36,1 mil no período e as pelas farmácias foi de 13,8 mil.

Gasolina cai e ‘prévia’ da inflação é a menor para janeiro desde 1995 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em março foi de 0,30%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 23.  É o menor resultado registrado para o mês desde 1995. O indicador é considerado uma “prévia” da inflação oficial do mês em que é divulgado. A gasolina foi o item que mais registrou queda no período, de 2,73%. No começo do ano, a Petrobras baixou o preço do combustível vendido nas refinarias ao menor valor, desde 2017, vendido a 1,4337 reais por litro. A queda dos preços na ponta da cadeia dessa vez foi sentida nas bombas e chegou ao consumidor final. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do combustível no país foi de 4,258 na semana entre os dias 13 e 19 de dezembro. Na segunda quinzena de dezembro, o combustível custava 4,365 em média no Brasil.  Segundo o IBGE, os preços do etanol (-1,17%) e do óleo diesel (-3,43%) também caíram, contribuindo para o resultado de -2,4% dos combustíveis. Completam as baixas no setor de transportes os preços de passagens aéreas (-3,94%), que haviam subido 29,61% em dezembro. Em comparação com o período anterior, dezembro, o IPCA-15 teve aceleração, já que havia registrado deflação de -0,16%. Segundo o IBGE, o setor de alimentação teve alta nos preços nas primeiras semanas de janeiro e pesou no resultado. A inflação oficial do Brasil em 2018, IPCA, fechou em 3,75%.

Quase 10% das vagas abertas no Brasil são para regime intermitente Foto: Veja

O trabalho intermitente, que permite que a empresa contrate o funcionário apenas pelo tempo em que precisa dele, teve saldo de 50.009 postos de trabalho em 2018, segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 23. O saldo equivale a 9,4% das vagas criadas no ano passado, quando foram abertos 529.554 novos postos com carteira assinada. O contrato intermitente é uma das novidades da reforma trabalhista, que foi implantada em novembro de 2017. Nessa modalidade, o trabalhador recebe por hora trabalhada assim que for convocado pelo empregador. Ou seja, no fim do mês pode ganhar menos de um salário-mínimo ou mesmo não receber nada por não ter sido convocado para o trabalho. Segundo Mário Magalhães, diretor de Emprego e Renda do Ministério da Economia, apesar do Caged não conseguir medir o quanto dos contatos intermitentes estão efetivamente estão gerando renda, o dado revela que as empresas estão lançando mão da nova modalidade trabalhista para compor seus quadros de funcionários. “As empresas não contratam apenas por contratar, elas tem intenção de utilizar a mão de obra”, afirmou. Do saldo de empregos do ano, 21.859 postos foram criados pelo setor de Serviços, equivalente a 43,7% do total. 12.272 vagas foram abertas pelo Comércio, 8.393 pela Construção Civil e 6.434 pela postos na Indústria de Transformação.

Após 3 anos negativos, Brasil cria 529 mil vagas formais em 2018 Foto: Reinaldo Canato/Veja

Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a criar empregos carteira assinada em 2018. Segundo dados do do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertos 529.554 vagas formais.  O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. O número de empregos abertos é a diferença entre as admissões que totalizaram 15.384.283 em 2018, e as demissões, de 14854.729 pessoas. O resultado dos empregos em 2018 é o melhor em cinco anos. Em 2013 foram abertas 1.138.562 empregos com carteira assinada. Deste modo, é o maior número de vagas abertas em cinco anos. O setor de serviços foi quem mais gerou vaga no ano, com 398.603 novas vagas com carteira assinada, alta de 2,38% com relação a 2017. Os serviços em comércio e administração de imóveis, serviços médicos e odontológicos e de alimentação foram destaques. No comércio, foram abertas 102.007 novos empregos formais. Indústria de transformação (2.610), construção civil (17.957) e agropecuária (3.245) também tiveram saldo positivo de empregos. Apenas o setor de administração pública fechou 4.190 vagas no ano passado. Somente em dezembro de 2018, porém, houve fechamento de vagas, onde foram fechadas 334.462 vagas formais. Segundo o Ministério da Economia, o saldo menor em dezembro é esperado porque há menos contratações de trabalhadores temporários no período.

Os jovens dos países em desenvolvimento estão enfrentando um ambiente perverso. Cerca de 20% da população de 15 a 24 anos não estuda nem trabalha, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira (22). A fatia apurada equivale ao dobro do observado nos países avançados. A ausência de jovens do mercado de trabalho e da escola tem como principal consequência a redução do crescimento potencial dos países e aumento dos conflitos sociais, de acordo com o FMI. As economias emergentes costumam se beneficiar da entrada de novas pessoas no mercado de trabalho para acelerar o crescimento. Se essa força de trabalho não é bem utilizada, o avanço econômico dos países acaba limitado. “A perda potencial implícita para a economia é agravada pela demografia – cerca de um terço da população em idade ativa nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento é composta por uma população jovem, quase o dobro da participação observada nas economias avançadas”, escreveu o FMI no relatório. O estudo também mostrou que, apesar de o desemprego juvenil ter recuado nos anos 2000, ele segue elevado nos países emergentes, em 18%. Nas economias avançadas, é de 12%. Uma das explicações para os resultados ruins do mercado de trabalho entre jovens se dá pela diferença de condição entre gêneros. Segundo o FMI, a taxa de mulheres que não trabalha nem estuda é de 30% nas economias emergentes. É o dobro do apurado entre homens jovens na mesma posição.

Mercado projeta PIB de 2,53% e dólar em R$ 3,75 no fim de 2019 Foto: IStock/Getty Images

Analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a taxa de câmbio em 2019. O dólar comercial deve fechar o ano cotado a 3,75 reais. É a primeira revisão no valor do câmbio em seis semanas. A expectativa anterior era que a moeda norte-americana fechasse o ano valendo 3,80 reais. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central. De acordo com a Veja, com o otimismo do mercado frente ao governo de Jair Bolsonaro e bons sinais no mercado externo (incluindo, por exemplo, a expectativa de uma possível trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China), o dólar fechou a última semana cotado a 3,75 reais.  Nas primeiras três semanas do ano, a moeda brasileira se valorizou 1,36% ante ao dólar. Os economistas consultados pelo BC também revisaram a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. O índice recuou de 2,57% para 2,53%.  O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para o ano que vem, entretanto, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,50% para 2,60%. O mercado financeiro também reviu ligeiramente a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice oficial de inflação no país deve fechar em 4,01%. Na semana anterior, os economistas previam o IPCA em 4,02%. Caso os economistas acertem a projeção, a inflação fechará abaixo da meta para o ano, que é de 4,25%. O intervalo de tolerância é de 1,5% para mais ou para menos, variando entre 2,75% a 5,75%. Já a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, se manteve estável, a 7% para 2019. A taxa é 0,5% maior que a vigente agora, de 6,5%, menor patamar da história.

Governo estuda aposentadoria a mães mais cedo Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

O texto da reforma da Previdência pode contar com um dispositivo voltado exclusivamente às mulheres que são mães. A equipe econômica deve incluir na proposta que será apresentada ao Congresso uma regra que garantirá que elas se aposentem mais cedo. Uma das ideias em discussão prevê que o número de filhos seja considerado na hora de fazer o cálculo para a aposentadoria. Desta forma, quem tem dois filhos, por exemplo, poderia se aposentar dois anos antes que o tempo mínimo exigido para o restante dos trabalhadores. Esta compensação em forma de bônus às mães acabaria com a necessidade de diferenciar homens e mulheres na regra da idade mínima. De acordo com o jornal o Globo, na proposta em tramitação na Câmara, homens se aposentariam com 65 anos e mulheres, com 62.

Governo define reajuste de 3,43% para aposentado acima do mínimo Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

O Ministério da Economia fixou os índices de reajuste em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima do salário mínimo em 3,43%. A portaria foi publicada na edição desta quarta-feira, 16, no Diário Oficial da União. Assim, o teto dos benefícios previdenciários em 2019 passa de 5.645,80 reais para 5.839,45 reais. O percentual utilizado é do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado na semana passada. O índice pode ser aplicado em aposentadorias acima do piso nacional. No caso dos benefícios vinculados ao mínimo, o valor já havia subido em 1º de janeiro, de 954 para 998. O reajuste é de 4,61%, maior que os outros benefícios.  Benefícios do INSS maiores do que o piso passarão a ser pagos com a correção entre os dias 1º e 7 de fevereiro, de acordo com o dígito final do cartão. Para segurados que ganham o piso, os depósitos ocorrem entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Quem se aposentou durante o ano de 2018 e ganha mais que um salário mínimo terá um reajuste menor. Isso acontece porque a correção aplicada é proporcional ao INPC acumulada nos meses. Com isso, quem se aposentou em novembro não terá reajuste. Isso acontece porque a inflação medida pelo indicador em novembro foi negativa. Para não reduzir o benefício, o governo considerou a correção como zero. Para saber quanto vai ganhar de benefício, o segurado precisa multiplicar o índice de inflação relativo ao mês que se aposentou ao último benefício recebido. Até o fim dessa semana, o INSS deve disponibilizar no portal Meu INSS os holerites do mês, conde é possível consultar o valor. Para acessar o sistema é necessário cadastrar uma senha.

Número de inadimplentes no Brasil sobe 4,4% em 2018 Foto: Istock/Veja

O número de brasileiros inadimplentes terminou 2018 com crescimento de 4,4% em relação ao fim de 2017, mostra levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Ao todo, 62,6 milhões de consumidores apresentava alguma conta em atraso e o CPF com restrições em dezembro, cerca de 41% da população adulta. De acordo com o SPC, esse é o maior aumento anual na quantidade de inadimplentes desde 2012. Naquele ano, o avanço foi de 6,8%. Os brasileiros entre os 30 e 39 anos são os mais negativados. Em dezembro, mais da metade da população nesta faixa etária (52%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,8 milhões. Também merece destaque o fato de porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (50%) estar negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (44%). Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 17% – em número absoluto, 4,1 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.

Os analistas do mercado financeiro melhoraram a previsão de crescimento da economia em 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (14). Os economistas também aumentaram a previsão para a taxa de inflação deste ano. De acordo com dados do relatório de mercado, conhecido como Relatório Focus, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 2,53% para 2,57%. Já a previsão da inflação passou de 4,01% para 4,02%. O Relatório Focus é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

Vilões da inflação: Tomate e tangerina subiram 70% em 2018

A inflação oficial de 2019 ficou em 3,75%, abaixo da meta do Banco Central para 2018. No entanto, o resultado positivo não necessariamente foi sentido pelo consumidor. Isso porque os alimentos, que tem peso maior no orçamento das famílias, subiram mais. Durante todo o ano passado, a alta foi de 4,04%. O grupo representa cerca de um quarto dos gastos dos brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A tangerina e o tomate foram os itens do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com maior alta no ano passado: 76,1% e 71,4%, Entre os quinze itens que tiveram maiores aumentos de preço em 2018, doze são alimentos. O gerente da pesquisa no IBGE, Fernando Gonçalves, explicou que as altas se devem à queda na produção de alimentos no ano passado. A greve dos caminhoneiros também puxou os preços para cima e afetou o resultado do índice no ano. Os alimentos consumidos em casa ficaram 4,53% mais caros no ano, enquanto os preços dos alimentos consumidos fora de casa (em bares e restaurantes, por exemplo) subiram 3,17%. Os produtos alimentícios que tiveram maior impacto na inflação de 2018 foram o tomate (71,76% mais caro), frutas (14,1%), refeição fora de casa (2,38%), lanche fora (4,35%), leite longa vida (8,43%) e pão francês (6,46%).

Diferença de preço na gasolina chega a 124% em postos Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Encher o tanque do automóvel pode custar até 124% mais para o seu bolso, dependendo da região em que você estiver no Brasil. No paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, foi encontrado o preço mais caro para a gasolina no país, a 7,15 reais por litro. Já o litro mais barato foi registrado na pequena cidade de cerca de seis mil habitantes de Caiçara do Norte, no litoral do Rio Grande do Norte, a 3,19 reais. É o que apontou um levantamento feito em 20 mil estabelecimentos pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, no mês de dezembro. Segundo o estudo, os preços do etanol também variaram de maneira expressiva pelo território brasileiro, chegando a uma diferença de 126%. Em algumas cidades de Minas Gerais, como Pouso Alegre e Patos de Minas, o derivado de cana de açúcar chegou a custar 4,79 reais o litro, enquanto no interior de São Paulo, na cidade de Andradina, próxima à divisa com o Mato Grosso do Sul, o valor foi de 2,12 reais. Os combustíveis aditivados apresentaram menor variação de preços. De acordo com o estudo, os maiores valores encontrados para a gasolina aditivada foram de 5,89 reais, nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro. Em Aracaju (SE), custava 3,49 reais- uma diferença de 68,7%. Para o etanol aditivado a diferença chegou a 83,6% com preços que iam de 2,39 reais, em Piracicaba (SP) a 4,39 reais em Betim (MG).

IBGE estima alta de 15,4% na safra baiana de grãos Foto: Reprodução/Correio

A estimativa de 2018, atualizada em dezembro, para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos), totalizou 9.323.119 toneladas, o que representa um crescimento de 15,4% em relação à de 2017 (8.078.077 toneladas) e um recorde para o estado. Com o resultado, a Bahia terminou 2018 como o sétimo estado produtor de grãos do país, responsável por 4,1% da safra nacional, superando, ainda que por pouco, São Paulo, que deve fechar o ano com uma produção de 9.118.397 toneladas e participação de 4,0%. De acordo com o Correio, Mato Grosso deverá continuar na liderança da produção nacional de grãos, com uma participação de 26,9%, seguido pelo Paraná (15,5%) e Rio Grande do Sul (14,6%). As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

INSS vai fazer pente-fino em 2 milhões de benefícios Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 9, que há 2 milhões de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com indício de fraude. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro deve assinar até a próxima segunda-feira, 14, uma medida provisória que autoriza um pente-fino em aposentadorias e pensões. “Há mais de 2 milhões de benefícios que precisam ser auditados porque têm algum indício de ilicitude. Não significa que sejam ilícitos, então, há necessidade de se fazer um mutirão para que zeremos este estoque”, explicou o secretário. Segundo Marinho, as medidas devem aperfeiçoar a validação de aposentadorias por idade, tempo de contribuição, salário-maternidade, auxílio-reclusão, entre outros. A medida é tratada como “lição de casa” da Previdência antes que uma reforma nesse sistema seja pautada. O secretário da Previdência afirmou que a medida deve “aperfeiçoar os mecanismos de validação” dos benefícios do INSS.  Marinho não detalhou as medidas previstas para combater fraudes. Segundo ele, o “mutirão” para apurar eventuais desvios começará logo após a assinatura da MP. Marinho não projetou quanto a medida deve trazer de economia aos cofres do governo. Na terça-feira, o ministro da Economia,  Paulo Guedes, disse que a MP deve gerar uma economia entre 17 bilhões de reais e R$ 20 bilhões de reais. A medida é semelhante ao pente-fino nos benefícios por incapacidade, medida do governo Michel Temer. Em vigor desde 2016, esse pente-fino cortou 727.110 auxílios-doença e aposentadoria por invalidez até 31 de de dezembro. Ao todo, 1,185 milhão de perícias foram realizadas. A economia com a medida gira em torno de 14,5 bilhões de reais.  Segundo o balanço, 8.779 auxílios-doença e 27.998 aposentadoria ainda devem passar por revisão.

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