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Economia
INSS atrasa liberação de licença-maternidade para 110 mil mães Foto: Vadim Ghirda/Veja

O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) está atrasando a concessão do salário-maternidade para mulheres que têm direito a esse pagamento. Atualmente, 110.000 mães estão esperando há mais de 45 dias pelo benefício que poderia ser automático desde fevereiro. Ao todo, são 211.000 pedidos de salário-maternidade em espera para análise. Ou seja, mais da metade já está acima do prazo legal para avaliação. Historicamente, o INSS atrasa a concessão de benefícios. Para tentar zerar a fila de espera, o instituto assinou um convênio que permitiria que cartórios enviassem ao Dataprev, órgão que faz a organização dos dados previdenciários, os registros de nascimentos. A partir de fevereiro deste ano, mães de baixa renda poderiam entrar com o pedido de salário-maternidade assim que registrassem seus bebês e passariam a receber o benefício automaticamente. Agora, o INSS atribui os atrasos a duas liminares conseguidas pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), que estão impedindo a implementação do projeto. De acordo com a Vejan, o pedido de liminar foi feito pelo partido em dezembro de 2017 por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei 13.484/2017. Essa lei, que nasceu da Medida Provisória (MP) nº 776, de 2017, possibilita que cartórios prestem serviços que não estavam previstos em lei. O partido questionou na Justiça a adição de uma emenda à MP estranha ao texto original — os chamados “jabutis”.

'Prévia do PIB' tem terceira alta e avança 0,47% em agosto Foto: Germano Luders/Veja

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC–Br) avançou 0,47% em agosto na comparação com o mês anterior. O indicador, que é conhecido como “prévia do PIB”, serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Essa é a terceira alta consecutiva. A última queda do indicador foi observada em maio, impactado pela greve dos caminhoneiros. Desde então, a economia cresceu 1,93%, segundo o BC. De janeiro a agosto, a atividade econômica registrou expansão de 1,28%. Na comparação com agosto do ano anterior, o indicador cresceu 2,50%. O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade na indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. É também uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país — a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para acontecer nos dias 30 e 31 de outubro. O PIB é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a soma de todas as riquezas produzidas e é o índice oficial de atividade do país. O PIB cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre do ano. A expectativa dos economistas consultados pelo BC é que o PIB cresça 1,34% neste ano.

O nível de atividade da economia brasileira registrou expansão pelo terceiro mês seguido em agosto, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta quarta-feira (17). O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um tipo de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve crescimento de 0,47% em agosto, comparado com o mês anterior. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes). Quando comparado a agosto de 2017, o IBC-Br cresceu 2,5% (neste caso, sem ajuste sazonal). O nível de atividade já havia registrado expansão em junho (+3,45%) e julho deste ano (+0,65%) – após o tombo de 3,33% em maio, causado pela greve dos caminhoneiros. Os números do BC mostram ainda que, nos oito primeiros meses deste ano, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 1,28%, sem o ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses até agosto, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) registrou crescimento de 1,50%.A próxima divulgação oficial do resultado do PIB será no dia 30 de novembro, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará o resultado do terceiro trimestre de 2018.

No campo, mulheres ganham 50% menos que homens Foto: Reprodução

Quase oito em cada dez mulheres brasileiras (78%) que trabalham no campo dizem haver discriminação de gênero no agronegócio. Com esse resultado, a percepção de discriminação no Brasil é maior do que a média mundial (66%) encontrada por estudo realizado em 17 países a pedido da Corteva Agriscience, divisão agrícola da DowDuPont. Os dados do trabalho foram divulgados hoje, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres Rurais, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ressaltar a importância feminina na agricultura e identificar as barreiras que impedem o crescimento delas no agronegócio. Apenas a metade das entrevistadas se considera tão bem-sucedida quanto os homens e só 42% dizem ter as mesmas oportunidades que os colegas do sexo masculino. Só 38% afirmam poder tomar decisões sobre como a renda é usada na agricultura e no cultivo. De acordo com o estudo, 50% das brasileiras no campo dizem ganhar menos que os homens. O resultado também é maior que os 40% da média global. Das entrevistadas, 44% dizem acreditar que o país levará de uma a três décadas para alcançar equidade entre os gêneros.

A Secretaria da Receita Federal paga nesta segunda-feira (15) as restituições referentes ao quinto lote do Imposto de Renda de Pessoas Físicas de 2018. Este lote também inclui restituições residuais de 2008 a 2017. As consultas foram liberadas no último dia 5. Ao todo, serão pagos R$ 3,3 bilhões para 2.532.716 contribuintes. Desse valor total, R$ 3,157 bilhões referem-se ao quinto lote do IR de 2018, que contemplará 2.459.482 contribuintes. Do valor total de restituições, a Receita Federal informou que R$ 171 milhões referem-se aos contribuintes idosos, com mais de 60 anos, ou com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave, além daqueles cuja maior de renda seja o magistério. Depois dos idosos, contribuintes com deficiência física, mental, moléstia grave ou cuja principal fonte de renda seja o magistério, que têm prioridade no recebimento das restituições, recebem os contribuintes que enviaram a declaração no início do prazo, sem erros, omissões ou inconsistências, se tiverem direito a ela. A Receita Federal recebeu 29.269.987 declarações do Imposto de Renda dentro do prazo legal neste ano, número acima da expectativa inicial de receber 28,8 milhões de declarações em 2018.

Economistas elevam previsão de inflação para 4,43% Foto: Mario Rodrigues/Veja

Pela quinta semana consecutiva, economistas consultados pelo Banco Central (BC), elevaram suas projeções para a inflação de 2018. A cada alta, fica mais próxima a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do centro da meta de inflação. A mediana das estimativas, apresentadas no Boletim Focus, desta segunda-feira 15 está em 4,43% para 2018 – na última semana, estava em 4,4%. O centro da meta para este ano é de 4,5%. A previsão para 2019, também subiu, de 4,2% para 4,21%, pouco abaixo da meta para o próximo ano – 4,25%. Já, para 2020, a projeção ficou estável em 4%, exatamente no centro da meta válida para esse ano. As projeções para o dólar caíram de uma semana para cá. Agora, os economistas preveem que a moeda americana deva encerrar o ano em 3,80 reais. Na semana passada, o indicador apontava para 3,83 reais. Para 2019, a expectativa é que o dólar fique em 3,75 reais, três centavos abaixo da projeção anterior.

Pessoas boas têm mais problemas econômicos, mostra pesquisa Foto: Tumisu/Pixabay

De acordo com um novo estudo da Associação Americana de Psicologia, pessoas consideradas boas não dão tanto valor ao dinheiro quanto as outras. Por isso, elas podem correr maiores riscos de falência e outros problemas financeiros. Os cientistas envolvidos na pesquisa coletaram dados de cerca de 3 milhões de participantes por meio de alguns métodos: dois painéis online, uma pesquisa nacional, informações de contas bancárias e dados geográficos disponíveis ao público. Já se sabia, graças a trabalhos anteriores, que aqueles considerados portadores de personalidades acolhedoras costumavam sofrer por dinheiro. O novo objetivo era investigar se as dificuldades econômicas eram mais comuns entre esses indivíduos por causa de seu estilo de negociação cooperativo ou devido à pequena importância que dão ao dinheiro. Eles descobriram que essas pessoas, por não ligarem tanto para o assunto, tinham grandes probabilidades de gerenciar mal os seus fundos, contribuindo para altos índices de dívidas e poucas poupanças. No entanto, o trabalho apontou também que nem todos esses indivíduos sofrem economicamente, uma vez que a renda entre eles pode diferir. Os piores casos foram encontrados entre os menos endinheirados.

Previdência perderá até R$ 6 bi com decisão do STF sobre contribuições Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) causará uma perda de 6,3 bilhões de reais ao caixa do governo e que impactará, sobremaneira, a Previdência Social. Depois de 10 anos, a Corte deu ganho de causa a uma servidora pública que pedia a não incidência de contribuição previdenciária sobre as remunerações do terço de férias, dos serviços extraordinários, do adicional noturno e do adicional de insalubridade. O julgamento estava parado desde 2015, mas já tinha maioria consolidada. Faltava apenas o voto do ministro Gilmar Mendes, que tinha pedido mais tempo em 2016 para analisar o caso. Ele votou contra o pedido da servidora, mas foi minoria. “Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor público, tais como terço de férias, serviço adicional, adicional noturno e adicional de salubridade”, decidiu o Supremo.

Preço da gasolina bate recorde pela quarta semana consecutiva Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço da gasolina voltou a subir na última semana, e mais um recorde foi estabelecido. Esta é a quarta semana consecutiva que o combustível alcança uma nova máxima. Segundo relatório divulgado, nesta segunda-feira 8, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina no país está 4,700 reais, pouco acima do registrado na medição anterior – de 4,652 reais. Antes dessa sequência de recordes, a máxima histórica alcançada pelo combustível havia sido em junho, como reflexo da greve dos caminhoneiros. À época, o litro chegou a custar 4,614 reais. Na última semana, a Petrobras não alterou o preço do combustível, como fez no período anterior. Para os próximos dias, os preços da gasolina nas refinarias vão baixar de 2,2159 reais por litro para 2,1889 reais. O maior valor para o combustível foi encontrado na região Norte, onde um posto vende o combustível por 6,290 por litro. A mínima, por outro lado, foi registrada no Sudeste, a 3,899 por litro. Na média, a região que se destaca pelos menores preços é o Sul. A ANP indica que o valor médio na região está em 4,603 reais por litro. No Centro Oeste, por outro lado, a média é de 4,818 reais por litro, e coloca a região como a mais cara do país.

Banco Mundial reduz para 1,2% previsão de expansão do PIB do Brasil Foto: Reprodução

O Banco Mundial reduziu pela metade a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. No relatório regional semianual “Sobre Incertezas e Cisnes Negros: Como Gerenciar Riscos na América Latina e Caribe”, divulgado na sexta-feira (5), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 2,4% de 1,2%. Para 2019, também houve diminuição na estimativa para o crescimento do PIB: de 2,5% para 2,2%. No relatório, o Banco Mundial lembra que, no fim de junho, o Banco Central reduziu sua estimativa de crescimento em 2018 para 1,6% (a previsão anterior era de 2,6%), após a greve dos caminhoneiros que paralisou setores da economia.

Senado propõe dar lucro do FGTS a trabalhadores Foto: Reinaldo Canato/Veja

Estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal aponta que há espaço no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para redução do recolhimento das contribuições pelas empresas e aumento da distribuição do lucro do Fundo para os trabalhadores. Além de formar poupança remunerada para o trabalhador, o Fundo também oferece crédito favorecido para habitação popular, saneamento e infraestrutura urbana. Numa ampla radiografia das contas do FGTS, a IFI avalia no estudo, que será divulgado hoje, que a tendência para os próximos anos é de resultados positivos e elevação do patrimônio líquido, o que abre oportunidade para “algum tipo” de ajuste nas regras do Fundo. Pela legislação atual, metade do lucro do FGTS é revertida anualmente para o saldo das contas vinculadas dos trabalhadores. Este é o segundo ano de vigência da medida, que elevou em mais 1,6% a rentabilidade, fixada em TR (Taxa de Referência) mais 3% ao ano. A principal crítica dos cotistas é a baixa remuneração do Fundo. Uma das opções sugeridas é subir para 100% a distribuição do lucro. Outra alternativa seria a redução do custo das empresas, vinculada a uma contribuição extra de 10% sobre o saldo da conta do trabalhador demitido sem justa causa. O Fundo tem 496 bilhões de reais em ativos e 392,5 bilhões de reais de passivos, que são as obrigações com os trabalhadores. Se as atividades do FGTS fossem encerradas de imediato e os ativos utilizados para quitar suas obrigações, ainda assim sobrariam 104,4 bilhões de reais de patrimônio.

Dia das Crianças: Consumidor vai comprar presente mesmo com nome sujo Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A maioria dos consumidores deve comprar presentes neste Dia das Crianças, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Um terço dos que pretendem gastar está com o pagamento das contas em atraso. Desse total, 69% estão com o nome sujo. De acordo com a pesquisa, 22% admitiram que assumem despesas acima das suas possibilidades financeiras. Entre os que compraram presentes ano passado, 23% ficaram com o nome sujo justamente devido às compras do Dia das Crianças – 16% ainda estão nesta situação. Entre os motivos alegados para comprar, 37% responderam que sentem a pressão das crianças para conseguir os presentes desejados. De acordo com o levantamento, 24% planejam gastar menos com o presente do Dia das Crianças do que no ano passado. As principais explicações para o freio no consumo são o orçamento apertado (34%), o desejo de economizar (24%), o desemprego (18%) e outras prioridades (9%). Só 8% dizem que pagarão contas atrasadas. Para 2018, a expectativa é de que o varejo movimente cerca de 9,4 bilhões de reais. No total, cada consumidor deve desembolsar, em média, 187 reais com presentes. Embora os consumidores estejam cautelosos, a pesquisa mostra que cerca de um terço (30%) pretende comprar dois presentes e 25% apenas um.

Vendas de veículos crescem 7,1% em setembro, diz Anfavea Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A venda de veículos novos no país foi de 213.339 unidades em setembro, crescimento de 7,1% na comparação com o mesmo mês no ano passado, de acordo com dados divulgados hoje (4) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O levantamento leva em consideração veículos leves, caminhões e ônibus. Em relação a agosto, houve queda já esperada de 14,2%, devido ao número reduzido de dias úteis (quatro dias a menos). O acumulado de janeiro a setembro, registrou aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2017. Foram produzidos, em setembro, 223.115 mil veículos, o que representa queda de 6,3% sobre setembro de 2017, reflexo da retração nas exportações para a Argentina, que passa por crise econômica. De acordo com Antonio Carlos Megale, presidente da Anfavea, as montadoras têm ajustado a produção conforme a redução de exportações. Na comparação com agosto, houve queda de 23,5%. A exportação registrou queda de 34,5% em setembro na comparação com o mesmo mês em 2017. Em relação a agosto, a redução foi de 29,7%. No acumulado do ano, a queda foi de 8% em relação ao mesmo período de 2017. A Argentina, que antes respondia por 70% das exportações brasileiras, caiu para 50% no mês passado. A busca por novos mercados para escoar a exportação é vista como alternativa – o Chile aumentou em 22% as importações do Brasil. O número de empregos no setor automotivo mostrou estabilidade, sem variação entre agosto e setembro deste ano. Em relação a setembro do ano passado, foi registrada alta de 3,6%. Em setembro, 132.480 pessoas eram funcionárias de montadoras.

Receita convoca quase 17 mil baianos a corrigir declaração do IRPF Foto: Robson Mendes/Correio

A Receita Federal enviou 16.769 cartas a contribuintes da Bahia que precisam corrigir pequenos erros na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2018 – referente ao ano de 2017. De acordo com o órgão, em todo o Brasil já foram emitidos 383.266 documentos, que devem ser entregues pelos Correios nos próximos dias. A Bahia, que integra a 5ª Região Fiscal ao lado de Sergipe, reuniu 84,8% das cartas enviadas aos dois estados. Segundo o auditor fiscal Rogério Leal Reis, chefe da Divisão de Fiscalização da 5ª Região, “os comunicados foram enviados para um grupo de contribuintes que pode ter cometido erros mais simples, mas qualquer pessoa pode acessar o site da Receita e corrigir a informação enviada”. Ainda de acordo com ele, a retificação é utilizada, principalmente, para corrigir problemas como a “omissão de rendimentos, de titular ou de dependente, imposto retido informado a maior, dependentes que não preenchem os requisitos, despesas médicas, planos de previdência privada”. Segundo a Receita, o estado de São Paulo, que compõe sozinho a 8ª Região Fiscal, foi o que mais recebeu cartas para retificação das declarações: 123.245, número que corresponde a 32,2% do total enviado para todo o Brasil. Em segundo lugar aparecem Rio de Janeiro e Espírito Santo, que juntos vão receber 52.677 documentos.

Black Friday deve movimentar R$ 2,4 bilhões no país

A Black Friday deste ano no Brasil, marcada para 23 de novembro, deve movimentar 2,43 bilhões de reais, de acordo com levantamento da Ebit/Nielsen. O valor é 15% acima do observado em 2017. O número reflete as estimativas para crescimento no volume de itens comercializados, quatro milhões, e no valor médio das vendas, 607,5 reais. Segundo a Ebit/Niesel, a Black Friday se consolida como um evento do comércio eletrônico. No ano passado, aproximadamente 52% das compras foram feitas por meio de canais eletrônicos. Atualmente, o evento perde apenas para o Natal como a principal data do e-commerce brasileiro. Enquanto que as compras que precederam o Natal somaram nove bilhões de reais no ano passado, as da Black Friday somaram 2,11 bilhões de reais. Apesar da proximidade entre datas, ela não representa perigo para as vendas de dezembro, já que é, majoritariamente, usada para compras de uso próprio. Apenas 26% das pessoas disseram que pretendem comprar algo para a família na Black Friday e 20% para dar de presente. De acordo com dados do Google, cerca de 70% dos consumidores brasileiros devem fazer ao menos uma compra na ocasião.

Criada na reforma trabalhista, demissão por acordo cresce 60% Foto: Reinaldo Canato/Veja

Desde novembro de 2017, as empresas já realizaram 109,5 mil demissões em comum acordo com seus funcionários. Implementado na reforma trabalhista, essa modalidade de desligamento vem crescendo conforme a regra se consolida no âmbito das relações entre empregados e empregadores, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em janeiro, as demissões acordadas representavam 0,78% do total de desligamentos registrados. Em agosto, esse tipo de saída passou para 1,21% do total. Ainda que pequena a relação, o total de acordos desse tipo cresceu 60% na comparação entre agosto e janeiro – ao passo que o total de desligamentos aumentou apenas 3%. A possibilidade foi criada na reforma trabalhista, vigente desde novembro do ano passado. A demissão por acordo possui regras específicas, que podem desonerar alguns dos gastos do empregador em detrimento ao que o trabalhador teria para receber em uma rescisão comum. O empregado recebe apenas 50% dos valores do aviso prévio e da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – em vez de 40%, recebe 20% do saldo da conta. Em caso de demissão comum, o patrão pagaria uma multa de 40%, o que costuma elevar o custo do desligamento. O trabalhador também recebe apenas 80% dos recursos depositados por seu empregador no FGTS. Os 20% restantes permanecem no fundo, rendendo juros.

A dívida pública federal, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, subiu 0,98% em agosto, para R$ 3,785 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (24). Em julho, a dívida somava R$ 3,748 trilhões.  O aumento da dívida pública em agosto está relacionado unicamente com as despesas do governo com juros, que somaram R$ 42,71 bilhões. Isso porque o resgate de títulos públicos superou as emissões de novos papeis em R$ 5,88 bilhões. Se a emissão de papeis ficasse acima dos resgates, a dívida teria registrado crescimento maior. A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos. Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 14,3%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2018, podendo chegar a quase R$ 4 trilhões no fim do ano.

A arrecadação com impostos, contribuições e demais receitas teve crescimento real (acima da inflação) de 1,08% em agosto deste ano e atingiu R$ 109,751 bilhões, informou nesta sexta-feira (21) a Secretaria da Receita Federal. Foi o maior valor para meses de agosto desde 2014, ou seja, em quatro anos. No mesmo mês do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 108,576 bilhões (valor corrigido pela inflação). De acordo com a Receita Federal, o mês de agosto também foi o décimo mês consecutivo em que a arrecadação federal teve crescimento real frente ao mesmo período do ano anterior. A última queda foi em outubro do ano passado, mas o resultado foi influenciado pela receita extra com a chamada “repatriação”, em outubro de 2016. A alta da arrecadação acontece em um momento de reaquecimento, ainda que mais fraco do que esperado, da economia, que saiu da recessão no ano passado – quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de 1%, depois de dois anos de recessão. Os valores arrecadados também estão sendo influenciados positivamente pelas receitas com “royalties” do petróleo – por conta da alta do preço do produto no mercado internacional. Em agosto deste ano, a arrecadação dos “royalties” subiu 24,63% em termos reais (acima da inflação), para R$ 2,56 bilhões.

O Banco Central editou na quinta-feira (20) uma circular que busca facilitar as transferências unilaterais de recursos do exterior para o Brasil. Pelas novas regras, que valerão a partir de 1º de novembro, o destinatário final receberá os recursos em sua conta corrente ou de poupança, no Brasil, em reais, sem a necessidade de fazer operações de câmbio ou de arcar com custos adicionais. Isso vale para operações de transferências pessoais de até 10 mil reais. Antes, quando um trabalhador que está em outro país enviava recursos para sua família no Brasil, o destinatário do dinheiro precisava realizar operação de câmbio (trocar a moeda estrangeira por reais). O processo era mais burocrático e era preciso arcar com custos operacionais no Brasil. Além disso, até que a operação fosse feita, não se sabia exatamente quanto o destinatário receberia, em reais. Agora, conforme o BC, todos os custos da operação ficarão a cargo do remetente, no banco de origem. Assim, um trabalhador brasileiro que estiver no Japão (dekassegui), por exemplo, resolverá toda a questão do envio em seu banco. Quando o dinheiro chegar à conta corrente do familiar, no Brasil, ele já estará convertido em reais e não haverá burocracia adicional. Os dados mais recentes do BC mostram que as receitas do país com transferências pessoais somaram 1,482 bilhão de dólares de janeiro a julho. Apenas em julho, foram 211 milhões de dólares.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. Fixado desde março deste ano, este é o menor patamar da Selic desde o início do regime de metas para a inflação, em 1999. A expectativa dos analistas é que a taxa não seja alterada até o fim deste ano e, em 2019, seja elevada gradualmente até alcançar 8% ao ano. No comunicado sobre a decisão, o Copom informou que o cenário econômico atual “prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente”. Diferentemente dos comunicados anteriores, o texto indica a possibilidade de elevação dos juros caso haja a possibilidade de aumento da inflação “no horizonte relevante para a política monetária”. O Comitê ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo “da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.

Dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e Caixa Econômica Federal mostram que devem ser abertas 434,4 mil vagas temporárias entre setembro e dezembro, nos setores da indústria, comércio e serviços, em decorrência do aumento das vendas para o Dia das Crianças, Natal e Ano Novo.  O crescimento deve ser de 10% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram abertas 394,9 mil vagas. A alta, segundo a entidade, é puxada pela indústria, em especial dos segmentos farmacêutico, alimentar, químico e agroindustrial. Em relação a 2016, o número previsto para contratações temporárias é 22% maior. Mas é distante do registrado em 2014, quando 490.435 vagas foram abertas, antes de a crise econômica se intensificar e levar ao aumento da taxa de desemprego. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 72,7 mil trabalhadores temporários para o varejo, recuo de 1,7% em relação aos 73,9 mil postos criados no ano passado. De acordo com a CNC, a desaceleração da economia diante do cenário de incertezas do segundo semestre deverá levar ao crescimento menor das vendas no Natal, de 2,3%. Em 2017, a alta foi de 3,9% em relação a 2016.

O nível de atividade da economia brasileira registrou expansão em julho, mês que marca o início do terceiro trimestre, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (17). O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um tipo de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,57% em julho, comparado com o mês anterior. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes). Quando comparado a julho de 2017, o IBC-Br cresceu 2,56% (neste caso, sem ajuste sazonal). Os números do BC mostram que esse foi o segundo mês seguido de crescimento do nível de atividade, que já havia avançado 3,42% em junho – após o tombo de 3,35% em maio, por conta da greve dos caminhoneiros. Os números do BC mostram ainda que, nos sete primeiros meses deste ano, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 1,19%, sem o ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses até julho, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) registrou crescimento de 1,46%.

A 5ª edição do Índice de Confiança Robert Half apontou que 86% dos profissionais desempregados entrevistados para a pesquisa estão dispostos a aceitar uma proposta salarial inferior à do último emprego para voltar ao mercado de trabalho. O comportamento retratado na pesquisa reflete a dificuldade de recolocação no mercado de trabalho. Em julho, havia 12,9 milhões de desempregados no país, segundo o IBGE. A pesquisa mostrou ainda que 64% dos desempregados entrevistados estão confiantes de que o mercado estará melhor nos próximos seis meses: 7% estão muito confiantes, 23% apresentam alta confiança e 34% revelaram um nível médio de confiança. Baixa e muito baixa foram, respectivamente, 23% e 12%. De acordo com o G1, dentro desse grupo estão os desempregados qualificados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa).  A pesquisa apontou ainda queda de otimismo dos profissionais (incluindo empregados e desempregados) quanto ao mercado de trabalho atual (de 30,9 pontos em abril para 28,8 pontos em julho) e futuro (de 50,2 pontos para 47,1 pontos). No total, foram entrevistados 1.161 profissionais qualificados, com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa, sendo 387 empregados, 387 desempregados e 387 recrutadores - profissionais com poder de decisão sobre o preenchimento de uma vaga dentro das empresas - de diferentes regiões do país, entre os meses de julho e agosto de 2018.

Contas de luz vão continuar mais caras até o fim do ano Foto: iStockphoto/Getty Images

A bandeira vermelha 2 da conta de luz continuará acionada até o fim do ano, mesmo com o início do período chuvoso em novembro. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 13, pelo diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata. De acordo com a Veja, o sistema de bandeiras – verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 – é usado para indicar o patamar tarifário da conta de luz. Exceto pela verde, na qual não há cobrança extra, a tarifa fica mais cara na vigência das demais. A medida é uma forma de compensar o acionamento das usinas termoelétricas, cuja operação é mais cara, em momentos em que os reservatórios estão em níveis baixos. Na bandeira amarela, o consumidor paga 1 real adicional a cada 100 kilowatts-hora. No patamar 1 da bandeira vermelha, são 3 reais para a mesma quantidade de energia consumida. A tarifa vermelha 2 acrescenta 5 reais a cada 100 kilowatts-hora consumidos. Barata, no entanto, afastou o risco do desabastecimento de energia elétrica, mesmo com a chegada do verão. Segundo ele, o acionamento das usinas termelétricas serão suficientes para atender à demanda, poupando os reservatórios das hidrelétricas.

Financiamento de veículos chega a meio milhão de unidades pela 1ª vez desde 2014 Foto: Fábio Tito/G1

O financiamento de veículos novos e usados somou 505.068 unidades em agosto passado, segundo dados da B3. A empresa opera a base integrada de dados que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos oferecidos como garantia em operações de crédito. Foi a primeira vez, desde dezembro de 2014, que o volume passou de meio milhão de veículos. De acordo com o G1, desse total de financiados, 194.936 foram de zero quilômetro e 310.132 de usados. As vendas a crédito em agosto foram 7,7% maiores do que as do mesmo período de 2017. Na mesma comparação, o número de veículos novos financiados aumentou 15,4% e o de usados, 3,4%. De janeiro a agosto, 3,5 milhões de veículos novos e usados foram financiados, 8,4% mais do que no mesmo período de 2017.

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