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30/Dez/2015 - 18h00

Seca faz municípios do sertão baiano entrarem em rota de colisão pela água da Barragem do Truvisco

Seca faz municípios do sertão baiano entrarem em rota de colisão pela água da Barragem do Truvisco Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O site Brumado Notícias entrevistou o secretário municipal de administração e planejamento da cidade de Rio do Antônio e membro da comissão de monitoramento do açude do Truvisco, Antônio de Souza Lima, para tratar do conflito entre os municípios de Rio do Antônio, Guajeru, Caculé e Licínio de Almeida quanto à utilização da água armazenada na Barragem do Truvisco. O barramento construído para armazenar mais de 30 milhões de metros cúbicos de água está com pouco mais de 9 milhões de metros cúbicos do líquido, ou seja, pouco mais de 30% de sua capacidade. 

Seca faz municípios do sertão baiano entrarem em rota de colisão pela água da Barragem do Truvisco Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Antônio Lima denunciou que está ocorrendo um monopólio do Truvisco, o qual favorece apenas os municípios de Caculé e Licínio de Almeida. “Há um interesse do poder aquisitivo empresarial e político que mantém o monopólio principalmente para Caculé”, disparou o secretário. Segundo ele, enquanto se impede a abertura da válvula de descarga para que parte da água armazenada na Barragem do Truvisco chegue à Barragem da Lagoa da Horta em Rio do Antônio, há várias plantações de milho, cana, mandioca e banana utilizando a água da Barragem do Truvisco. 

Seca faz municípios do sertão baiano entrarem em rota de colisão pela água da Barragem do Truvisco Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

“O volume utilizado nessas plantações daria para abastecer três vezes as famílias de Rio do Antônio e Guajeru”, criticou o secretário, acrescentando em seguida que, contrariando a lógica e contenção de despesas, a Embasa prefere não realizar a manobra de abertura da válvula de vazão da Barragem do Truvisco e está estudando a abertura de poços artesianos em Rio do Antônio, o que não é uma garantia, pois há o risco de se encontrar pouca vazão ou água imprópria para o consumo humano. Antônio Lima concluiu dizendo que, através da sua assessoria jurídica, a prefeitura de Rio do Antônio tentará anular o termo de alocação de água de 2015/2016, que contraria a resolução da Agência Nacional de Águas (ANA) para o abastecimento prioritário dos municípios na região do Truvisco.

Comentários

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José de O. Dias
Olá, na minha opinião, isso é monopólio sim, Caculé sempre querendo ser a dona da água, lembro que anos atrás, ninguém podia segurar água e a Polícia Federal fez todos quebrarem a suas barragens e essa situação tem que ser logo resolvida até porque, Caculé também tem duas barragens e Rio do Antônio uma e ainda fornece água pra muitas famílias da região. Esse é um pequeno anunciado do que penso e se pudesse escreveria mais sobre a reportagem.
Armindo
A água é pra todos mas pra ser utilizada de forma correta. O certo era levar essa água através de tubulações e não desperdiça jogando rio abaixo consumindo toda água num rio seco.

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