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06/Abr/2016 - 14h00

Contra o impeachment, Maurício Vasconcelos dispara: 'em outro país, já estaríamos em guerra civil'

Contra o impeachment, Maurício Vasconcelos dispara: 'em outro país, já estaríamos em guerra civil' Foto: Izis Moacyr/Bahia.ba

Um dos conselheiros federais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) – apoiado pela entidade, que ainda apresentou outro pedido à Câmara –, o brumadense Maurício Vasconcelos explicou, em entrevista ao Bahia.ba, o porquê do seu posicionamento. Apesar de ser contrário ao impedimento da mandatária, o criminalista refuta a principal tese propagada pelo governo e seus aliados. “Eu não faço esse discurso de que o impeachment seja golpe. […] Eu não estou preocupado com Dilma Rousseff, eu estou preocupado com o futuro da nossa democracia e com os presidentes que irão sucedê-la. Porque toda vez que estivermos desgostosos com um governo e formos apelar para o impeachment, irá se criar um ambiente de instabilidade institucional sem limites. Como também me preocupo com essa onda conservadora e punitiva que está tomando conta do Brasil, ao ponto de entender que vulnerar os preceitos fundamentais da Constituição seja legítimo para alcançar determinados fins”, argumentou.

Contra o impeachment, Maurício Vasconcelos dispara: 'em outro país, já estaríamos em guerra civil' Foto: Izis Moacyr/Bahia.ba

No entendimento do representante da OAB, não há também precedentes para um golpe militar, como ocorrido em 1964. “Não creio, visto que o ambiente é totalmente diferente, a começar pelos canais de informação vigentes, que são completamente diferentes daquele tempo. Em segundo lugar, o Brasil não pode estar dissociado dos compromissos internacionais que ele firmou, como por exemplo a causa democrática do Mercosul, entre outros organismos internacionais. Outro ponto é que não acho que os militares estejam tão articulados assim”, disse. Vasconcelos critica ainda a Operação Lava Jato, por achar que o Ministério Público tem “exagerado” e a Justiça Federal utilizado as prisões cautelares “como mecanismo de obtenção de provas”. Mesmo assim, ele pontua que, se Dilma escapar da impugnação, terá que “deixar as mágoas e ressentimentos de lado” e não “acentuar essa divisão já estabelecida no país. “Em outro país, nós já estaríamos no meio de uma guerra civil”, alerta. (Clique aqui e veja a entrevista completa). 

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