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27/Jun/2016 - 11h00

Maracás: Vanádio, uma aposta incomum entre as commodities brasileiras

Maracás: Vanádio, uma aposta incomum entre as commodities brasileiras Foto: Largo Resources

Na cidade de Maracás, no sudoeste baiano, as entranhas da terra são reviradas para extrair, moer, derreter e prensar em lâminas o vanádio. Quase desconhecido se comparado com o minério de ferro, uma das principais commodities (os produtos básicos, matérias-primas da indústria) brasileiras, o vanádio é utilizado principalmente como aditivo para fortalecer o aço e reduzir seu peso. Com ele, é possível construir edifícios mais resistentes a terremotos ou automóveis mais seguros. Os preços do vanádio caíram nos últimos tempos, assim como os de outras matérias-primas, descendo a 2,40 dólares a libra (413 gramas) em dezembro de 2015, seu menor valor já registrado. Muitos produtores quebraram ou abandonaram o negócio, mas uma demanda renovada pelo material deu fôlego adicional ao trabalho da mineradora canadense Largo Resources na Bahia. De acordo com a Veja, a companhia é responsável pela exploração da Maracás Menchen, a única mina de vanádio da América Latina. Cerca de 500 pessoas trabalham na mina baiana. A Largo Resources é dona de 90% da propriedade. Segundo a empresa, a Maracás Menchen tem o vanádio mais puro do mundo, extraído a um custo mais competitivo do que o do maior produtor mundial, a China. A mina baiana também tem essa vantagem em relação à Rússia e à África do Sul, outros grandes produtores, de acordo com a companhia. Em maio deste ano, a Maracás Menchen registrou uma produção recorde de 780 toneladas. A mina tem uma capacidade de 9.700 toneladas, reservas provadas de 18,4 milhões de toneladas e vende atualmente 100% de sua produção à multinacional de commodities anglo-suíça Glencore. 

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