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17/Ago/2017 - 10h00

Escassez de recurso pode interromper operação pipa em Brumado

Escassez de recurso pode interromper operação pipa em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O site Achei Sudoeste apurou que com o corte nos recursos para o Exército Brasileiro a Operação Pipa corre o risco de ser interrompida nos próximos meses em Brumado. Nossa reportagem obteve informações de que o oficial do Exército que coordena a operação no município já teria alertado o secretário de recursos hídricos sobre a ameaça de suspensão das atividades. Por conta dos cortes no orçamento que partiram do governo federal, a alimentação dos soldados já está prestes a acabar, o que impossibilitaria a manutenção do agrupamento na região. Caso a previsão seja confirmada, cerca de 18 mil pessoas das mais de 200 comunidades rurais do município que convivem com a seca ficarão sem o recebimento da água tratada. Além disso, haveria uma baixa na economia local, já que os pipeiros ficariam sem o recurso recebido com a operação. Nos últimos meses, a Operação Pipa vem promovendo uma redução no quadro de cadastrados no programa no município: a frota, que era de 23 caminhões contratados para a distribuição de água, caiu para 16. Outro corte que afetou os ruralistas foi a entrega da água em uma única caixa central de distribuição em cada comunidade. 

Escassez de recurso pode interromper operação pipa em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Com a mudança, o programa visa reduzir custos de deslocamento em comparação ao modelo anterior, em que cada morador recebia a cota diretamente em sua residência. “Já diz o ditado que não tem nada ruim que não possa ficar pior. Vamos orar e entregar o assunto nas mãos de Deus pra ver se toca o coração das autoridades pra nossa carência com a água de consumo”, lamentou o lavrador Agnelo Silva a nossa reportagem. A notícia da possível suspensão da operação pipa está circulando nas comunidades rurais e muitos populares já falam em começar a buscar água bruta nas cacimbas e aguadas para armazenamento. Algumas famílias também cogitam migrarem para sede do município para tentar se adaptar a uma nova vida na cidade, fugindo do castigo da seca e da falta de investimentos e projetos concretos dos governantes para amenizar o sofrimento do sertanejo.  

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