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25/Ago/2017 - 10h00

Invasões às margens do Rio do Antônio estão prejudicando a biodiversidade da caatinga em Brumado

Invasões às margens do Rio do Antônio estão prejudicando a biodiversidade da caatinga em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Pescadores denunciaram ao site Achei Sudoeste uma invasão nos limites da faixa de servidão localizada à margem da Barragem do Rio do Antônio, nas proximidades do Anel Rodoviário da BR-030, em Brumado. Proprietários de chácaras e indústrias estariam tomando conta de toda a margem do rio ao longo do manancial. “Estamos sendo impedidos de pescar nesta margem do rio porque não estamos mais achando local para ancorar nossos barcos. Até mesmo os caminhos que nos conduziam à barragem foram bloqueados pelos muros. Onde andam os órgãos de defesa do meio ambiente dessa cidade que não impedem esse tipo de situação? O local, que poderia se explorado como área de lazer para a população em geral, está sendo dominada por uma dúzia de particulares que se sente dona do rio”, disseram os pescadores. 

Invasões às margens do Rio do Antônio estão prejudicando a biodiversidade da caatinga em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nossa reportagem buscou informações junto à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, porém fomos informados de que está sendo realizado um levantamento das denúncias para então serem tomadas as providências cabíveis. Já o presidente do Movimento Pela Despoluição e Revitalização do Rio Antônio (Modera), Aurino Ferreira, declarou que a invasão existe. “Existe sim a invasão, uma vez que não se respeita o limite territorial da margem, que pertence à Marinha do Brasil. Limite este de 40 metros, onde são vistas construções já praticamente dentro do manancial”. O ativista acrescentou que a mesma irregularidade é vista ás margens do Rio das Contas, na região da Barragem de Cristalândia, que abastece Brumado e Malhada de Pedras, bem como em toda a extensão do Rio do Antônio, desde a Barragem do Truvisco, em Caculé, passando por Brumado. O ambientalista considera que está faltando fiscalização e ações mais enérgicas do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) a fim de inibir essas posses irregulares. Aurino argumentou ainda que também falta mais empenho da secretaria municipal de meio ambiente, que deveria denunciar a utilização irregular do solo ao Ministério Público. “Essas invasões afetam toda a biodiversidade da nossa caatinga. Se os animais perdem seus espaços às margens dos mananciais, a tendência é que eles comecem a sumir do mapa, migrem para outras regiões ou entrem em extinção, o que já está acontecendo com nossas árvores nativas nessas localidades, como o umbuzeiro, por exemplo”, pontuou o ativista.  

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Aurino Nascimento
Temos que oficializar uma visita técnica com a SEMA para tetarmos coibir tais invasões. Para qualquer ação estou disponível. Aurino - [email protected] / 71 99708-1192 / 98330-6263

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