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07/Dez/2017 - 10h00

Adab denuncia que 50% da carne consumida em Brumado é de procedência clandestina

Adab denuncia que 50% da carne consumida em Brumado é de procedência clandestina Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

De acordo com levantamento feito pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), cerca de 50% da carne consumida no município de Brumado é procedente de abate clandestino. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o veterinário Clemente Fernandes Alves disse que, mesmo com os trabalhos de conscientização promovidos pela Adab, ainda é grande a resistência por parte de criadores e açougueiros que mantém o mercado clandestino em atividade, levando prejuízos à saúde pública. Segundo o veterinário, a carne clandestina é comercializada por alguns açougueiros no mercado municipal e em supermercados e açougues espalhados pela cidade. Nesses locais, as carnes, além de serem de origem duvidosa, são mantidas fora dos balcões refrigerados, aumentando os riscos de contaminação. O levantamento da agência agropecuária mostra ainda que a maior concentração de comercialização e consumo de carne de abate clandestino está nas comunidades rurais, onde é mais difícil de ser realizada a fiscalização adequada e onde os animais são abatidos em terreiros, sem qualquer controle de inspeção sanitária. 

Adab denuncia que 50% da carne consumida em Brumado é de procedência clandestina Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nossa reportagem registrou amostras de carnes contendo vários tumores no fígado, com suspeita de serem procedentes de animais com tuberculose, as quais foram encontradas esta semana durante um abate controlado. “Só conseguimos essa amostra porque o gado foi encaminhado ao matadouro frigorífico, mas, se o abate fosse realizado no meio do mato, simplesmente seria removida a parte dos tumores e a carne comprometida seguiria normalmente para a mesa do consumidor, que poderia contrair a doença do animal”, alertou o veterinário, reforçando que a carne de abate clandestino pode transmitir várias patologias ao consumidor, como em casos registrados no Distrito de Ibitira, em Rio do Antônio. Como a Adab não tem a prerrogativa de fiscalizar os açougues e supermercados, a cobrança é para que a vigilância sanitária intensifique as ações de combate ao comércio clandestino no município.

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