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24/Set/2018 - 09h00

Brumado entre os 50% dos municípios baianos em débito com o esgotamento sanitário

Brumado entre os 50% dos municípios baianos em débito com o esgotamento sanitário Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O município de Brumado figura entre as 216 cidades da Bahia, ou 50% em todo o estado, que não conta com sistema de esgotamento sanitário adequado para atender as especificações de saneamento básico. A situação agrava a saúde pública e o meio ambiente, uma vez que todos os dejetos produzidos e despejados no que deveria ser a rede de drenagem pluvial acaba jogado nos riachos e no Rio do Antônio, os quais cortam o município. Há décadas que o cenário urbanístico natural desses mananciais foi maculado pela lama negra dos esgotos produzidos nas casas, empresas, rede hospitalar e comércio em geral. Nesse período de tempo, ambientalistas vêm travando uma incansável luta pela despoluição e revitalização dos canais pluviais. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um relatório apontando que mais da metade dos municípios baianos encontram-se em débito com o esgotamento sanitário, o que resulta nas constantes complicações à saúde pública e ocorrências de endemias e epidemias associadas à falta de saneamento básico.

Brumado entre os 50% dos municípios baianos em débito com o esgotamento sanitário Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Coincidência ou não, todos os anos, os brumadenses convivem com períodos de viroses de verão, em que os atendimentos com quadros de vômitos, diarreia, náuseas, tosses, gripes e coceiras pelo corpo aumentam consideravelmente nas unidades básicas de saúde e no hospital municipal. Os principais pacientes são crianças e idosos, sendo a maior porcentagem dos bairros mais populosos, que margeiam exatamente o Rio do Antônio, que recebe todo o despejo do esgoto da cidade. Quem já sofreu com os males citados questiona se o mero diagnóstico de virose de verão não tem, na verdade, uma ligação com o gigantesco esgoto a céu aberto que corre nos poluídos afluentes da cidade, conforme os dados apontados pelo IBGE. “Todos os anos é a mesma coisa: minhas filhas menores sempre voltam ao hospital por conta dessa dita virose de verão. Basta chegar os meses de dezembro a março que já começamos a fazer o caminho de roça para o hospital. Penso que por morar vizinha ao rio poluído possa ter uma ligação com o problema”, relatou uma moradora do Bairro São Jorge.

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