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Delegados e cúpula da segurança disputam controle de grampos telefônicos na Bahia
Foto: Reprodução

Um grupo de delegados baianos resolveu suspender novos pedidos à Justiça de quebras de sigilos telefônicos e bancários em protesto contra o controle exercido pela SSP-BA - Secretaria da Segurança Pública da Bahia sobre dados sigilosos em investigações criminais. A medida paralisa parte dos inquéritos que apura crimes como homicídio, tráfico de drogas, corrupção, à exceção de extorsão mediante sequestro. De acordo com o Uol, na Bahia, os grampos telefônicos autorizados pelo Poder Judiciário são executados e analisados pela SI (Superintendência de Inteligência), um órgão que é ligado diretamente à SSP. Esse setor produz relatórios com as transcrições das conversas telefônicas dos investigados e, posteriormente, envia o conteúdo das escutas aos delegados responsáveis pelos inquéritos. Liderados pelo sindicato da categoria, os delegados afirmam que esse modelo é ilegal, pois quem deveria exercer o controle dos grampos é a própria Polícia Civil. Os adeptos do movimento ameaçam com a possibilidade de greve, a ser iniciada daqui dois meses, caso a reivindicação não seja atendida. O Ministério Público da Bahia afirmou que ainda está analisando o caso.

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