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Zika pode ser útil no combate a câncer no cérebro, diz estudo

A preferência do vírus zika por neurônios pode ter um “lado bom”, sugere estudo publicado no “The Journal of Experimental Medicine” nesta terça-feira (5). Isso porque, ao mesmo tempo em que essa predileção pode provocar anomalias em crianças, ela também pode destruir um grave tumor cerebral em adultos: o glioblastoma, câncer em que pacientes vivem em média um ano após o diagnóstico. Hoje, o tratamento para o glioblastoma envolve radioterapia e quimioterapia, mas sem efeitos prolongados. Mesmo com o tratamento, células-troncos associadas ao tumor sobrevivem e “driblam” o sistema imunológico. Resultado: o tumor volta cerca de seis meses depois. Assim, ao ver a ação do vírus da zika no cérebro de crianças, cientistas se perguntaram se o zika não poderia ser utilizado para matar células-tronco de tumores cerebrais. A ideia é que, como adultos não são atingidos pelo vírus zika com a mesma letalidade que fetos, a ação do vírus no cérebro poderia ser utilizada no câncer como uma espécie de terapia-alvo. De acordo com o G1, nessa estratégia, a preferência do zika por células-tronco neuronais poderia ser utilizada “em nosso favor” para atacar somente o tumor cerebral.

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