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Polícia Federal realiza operação na cidade de Aracatu e prefeito é afastado do cargo
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagram duas operações simultâneas, batizadas de Chronos e Syagrus, com o objetivo de cumprir 15 mandados de busca e apreensão, dez mandados de condução coercitiva e oito medidas cautelares nas cidades de Palmas de Monte Alto, Aracatu, Riacho de Santana e Botuporã. As duas operações decorrem de inquéritos instaurados em Vitória da Conquista para apurar fraudes nos processos licitatórios e na execução de contratos de prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação diária nas dependências de prédios pertencentes aos municípios de Aracatu e de Palmas de Monte Alto, entre os anos de 2014 e 2017. 

Polícia Federal realiza operação na cidade de Aracatu e prefeito é afastado do cargo
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

As investigações detectaram que a mesma empresa, vencedora das licitações nos dois municípios, era de “fachada” e que muitos empregados contratados seriam “fantasmas” ou prestariam serviços em estabelecimentos já desativados, a exemplo de dezenas de escolas. Os valores recebidos pela empresa eram repassados a servidores municipais ligados ao ex-prefeito de Palmas de Monte Alto ou a familiares do atual prefeito de Aracatu, Sérgio Silveira Maia (PV), que utilizavam apenas parte do dinheiro para remunerar pessoas da zona rural ou adolescentes para a execução do objeto do contrato, sendo o restante apropriado indevidamente. Foram afastados das funções públicas, dentre outros, Sérgio Maia, prefeito de Aracatu, o Secretário de Administração e Finanças, Antônio Maia e servidores públicos de Palmas de Monte Alto. Foi apurado ainda que, entre abril de 2014 e maio de 2016, a prefeitura de Palmas de Monte Alto repassou à empresa a quantia total de R$ 652.297,20. Já a prefeitura de Aracatu, desde a celebração do contrato, em 2015, até a presente data, repassou a quantia de R$ 4.064.217,25, dos quais, em razão das fraudes constatadas, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou o bloqueio de R$ 3.192.388,27.

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