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Brumado: Comerciantes estimam boas vendas e menos lucros para este final de ano
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Embora a atmosfera natalina já tenha tomado conta de boa parte das lojas no comércio de Brumado, nem todos os comerciantes estão otimistas com as vendas para este final de ano. O site Achei Sudoeste ouviu alguns empresários, que falaram sobre o aquecimento da economia no período. “Os consumidores vão às lojas, vão comprar seus produtos, vai aumentar nossas vendas em comparação ao ano, porém não teremos lucro maior, pois o governo aumentou os tributos para nós e não pudemos repassar ao consumidor final para não ficarmos com as lojas vazias. Tenho mercadoria aqui desde junho porque não tive condições de renovar por conta da tributação imposta pelo governo”, comentou um comerciante do ramo de confecções. “Já faz três anos que não sei o que é lucro, nesse período não tenho conseguido fazer caixa de um ano para o outro para renovar mercadoria. Com as vendas de natal apenas zero o caixa anual. Aí tenho de voltar à estaca zero, comprar mais mercadorias no fiado e passar os 365 dias devendo ao fornecedor. Esse ano, embora as vendas de final de ano tenham começado um pouco mais cedo, já percebo que não serão o suficiente para fazer caixa, apenas para sair do vermelho”, alegou outro comerciante do ramo de calçados.

Brumado: Comerciantes estimam boas vendas e menos lucros para este final de ano
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

“Este ano me parece mais favorável do que nos anos anteriores. A economia vem aquecendo desde o mês de agosto e ao que tudo indica as vendas serão melhores para todos”, avaliou um gerente de uma rede de lojas de calçados e confecções. “Infelizmente não temos boa perspectiva para este ano por causa das imposições do governo, que vem dificultando cada vez mais para nós renovarmos nossos produtos. Só este mês terei que pagar R$ 50 mil de impostos ao governo e ainda terei de dar conta de cobrir as despesas com funcionários e a logística da loja. Sinto-me apenas como um gerador de recursos para o governo, um servidor público sem cargo e sem salário, mas com a obrigação de produzir para sustentar a administração pública”, reclamou um empresário de produtos domésticos. Além dos baixos lucros, os empresários ainda apontam uma queda considerável na contratação de mão de obra temporária. “Ano passado eu contratei seis pessoas para o período e este ano, mesmo sabendo que terei o mesmo movimento ou até mais, estou sendo obrigado a contratar no máximo duas pessoas, pois a loja vai vender, mas os lucros serão reduzidos. Aí não terei como pagar mais que duas pessoas extras”, refletiu outro comerciante. A previsão de alguns empresários mais otimistas é de que a economia será mais aquecida este ano, levando em consideração a campanha da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

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