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Brumado: Carne e leite clandestinos podem estar contaminados com raiva paralítica
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Um alerta feito pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) pode assustar pessoas que costumam consumir carne e leite comercializados clandestinamente na região de Brumado: a contaminação pela raiva paralisante transmitida pelo morcego hematófago. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o veterinário Clemente Alves esclareceu que a carne animal abatida clandestinamente no meio do mato, sem a devida inspeção sanitária, pode estar contaminada com a larva da raiva paralisante, assim como o leite in natura, ainda vendido irregularmente de porta em porta na cidade. O veterinário explicou que os morcegos mordem os animais e transmitem a patologia, que, em alguns casos, se manifestam até um ano após o animal ter sido infectado. Dentro desse período de incubação da larva, tanto o leite poderá ser recolhido para comercialização humana, bem como a carne abatida clandestinamente poderá chegar ao prato do consumidor. A orientação do veterinário é para que os consumidores comprem a carne abatida no matadouro frigorífico, que conta com o carimbo de inspeção sanitária, assim como o leite, de saquinho, pasteurizado a choque térmico. O veterinário ressalta que, além das sequelas, a doença também pode levar o homem a óbito.

Comentários

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Webiston Barbosa Reis
Muito pertinente o alerta dado pelo veterinário, no entanto, nunca ouvir falar de nenhum caso de contaminação que tenha ocorrido aqui no município de Brumado, quer seja pelo consumo da carne ou via ingestão do leite. Não ficou “esclarecida” nesse texto a forma que os veterinários usam para “detectar” essas larvas presentes nos corpos dos animais contaminados. Será que no local citado “nunca” se registrou nenhum caso de animal infectado? Independente da procedência, afinal de contas, morcegos hematófagos existem em vários lugares. Sendo assim, podem morder e infectar animais das mais diversas regiões, uma vez que todos estão “passíveis” de sofrerem ataques. Não foi mencionada também qual a forma “profilática” a ser adotada para se evitar essa doença. Seria por meio de vacinação, em conjunto com a “eliminação” desses mamíferos? Em caso afirmativo, não seria de responsabilidade da ADAB a supervisão de tudo isso? Esses animais abatidos de forma clandestina, também são criados de forma clandestina? Caso seja... Onde está a fiscalização que permite que isso aconteça?