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Radiocirurgia é eficaz contra câncer de pulmão, diz estudo brasileiro
Foto: IStock/Getty Images

A radioterapia estereotáxica corporal, popularmente conhecida como radiocirurgia, é uma opção eficaz para o tratamento de câncer de pulmão em fase inicial. A conclusão é de um estudo brasileiro, publicado recentemente no periódico científico Journal of Global Oncology. A terapia é indicada para pacientes que não podem se submeter ao tratamento mais eficaz nesses casos, que é a cirurgia, por ter outras complicações de saúde. “A radiocirurgia veio adicionar uma expectativa de cura para pacientes que ficavam sem alternativa e não é uma proporção pequena. De 10% a 15% dos pacientes não podem receber a cirurgia por causa da fragilidade”, diz Ricardo Terra, cirurgião torácico. Segundo pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês, onde o estudo foi desenvolvido, o procedimento, não invasivo, é capaz de destruir o tumor em 89% dos casos. Após dois anos de acompanhamento, 80% dos pacientes estavam vivos. “A radiocirurgia traz oportunidade de cura que se aproxima do resultado de uma cirurgia”, diz Carlos Vita Abreu, radio-oncologista do Hospital Sírio-Libanês. A pesquisa, que teve início em 2007 e durou até 2015, avaliou os resultados em 54 pacientes do hospital classificados como frágeis, geralmente idosos que já tiveram problemas de saúde, como doenças associadas ao cigarro ou cardíacas. A média de idade dos participantes era de 75 anos e todos deveriam estar com o tumor em fase inicial, com menos de 5 centímetros. Nenhum paciente morreu nem teve complicações graves após fazer o procedimento.

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