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Aumento global de cesáreas preocupa especialistas
Foto: Thinkstock/Veja

Nos últimos anos, mais de 21% dos nascimentos em todo o mundo aconteceram por intermédio do parto cesariano – quase o dobro do que ocorria na década de 1990, aponta uma série de estudos publicada no periódico The Lancet. Nos 169 países analisados, a proporção de cesáreas cresceu de 16 milhões de nascimentos em 2000 para 29,7 milhões em 2015. O procedimento pode ser uma intervenção fundamental quando o assunto é a segurança da mãe e do bebê, mas os novos dados indicam que ele vem sendo deliberadamente utilizado mesmo quando o parto natural não põe em risco a vida da gestante e/ou da criança. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um conjunto de recomendações para reduzir o número de cesáreas desnecessárias. Segundo a entidade, respeitando a necessidade da utilização, esse tipo de procedimento deveria corresponder a cerca de 10% a 15% dos partos – valor abaixo do descoberto pela pesquisa. Entre os países com números mais alarmantes está o Brasil, onde 55,5% dos nascimentos são por cesariana – taxa registrada também no Egito. Esse percentual só é menor do que o da República Dominicana (58%). “Nos países emergentes ou de renda baixa e média, as mulheres ricas recorrem a cesárea cinco vezes mais do que as mulheres pobres”, explicou Ties Boerma, professor da Universidade de Manitoba, no Canadá, à CNN. Em países desenvolvidos, os índices são menores: No Reino Unido e nos Estados Unidos foram registrados 26% e 32%, respectivamente.

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