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Solidão pode aumentar risco de demência, alerta estudo
Foto: Thinkstock/Veja

A solidão pode aumentar em 40% o risco de um indivíduo desenvolver demência, alerta estudo publicado no periódico The Journals of Gerontology: Série B. Segundo pesquisadores, pessoas solitárias têm maior probabilidade de apresentar outros fatores de risco para doenças neurodegenerativas, como depressão, hipertensão e diabetes, além de estarem mais propensos a fumar e serem adeptas ao sedentarismo. Os resultados mostraram que o risco é semelhante para diversos grupos  – independente de gênero, educação, raça e etnia. A pesquisa ainda destacou que o sentimento de solidão – muito mais do que o isolamento social – é o que de fato contribui para o declínio cognitivo. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a demência é uma “síndrome na qual acontece deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas”, sendo uma das principais causas de incapacidade e perda de independência entre idosos. Números recentes indicam que cerca de 50 milhões de pessoas em todo mundo convivem com a doença; os novos diagnósticos atingem a casa dos  10 milhões por ano. De acordo com o Daily Mail, existem diversos tipos da doença, dos quais o Alzheimer é o mais comum. Apesar de algumas pessoas apresentarem uma combinação de tipos, cada uma experimentará o problema de maneira única.  O estudo, realizado pela Universidade Estadual da Flórida (FSU), nos Estados Unidos, analisou dados de 12.030 pessoas com 50 anos ou mais ao longo de dez anos. As informações foram coletadas através do Estudo sobre Saúde e Aposentadoria, uma pesquisa longitudinal patrocinada pelo governo americano. Por meio de entrevistas por telefone (feitas a cada dois anos ao longo da pesquisa), os participantes realizaram avaliações de capacidade cognitiva (nas quais baixas pontuações são indicativo de demência): do total geral avaliado, 1.104 pessoas desenvolveram o problema. A análise ainda considerou medidas de solidão, isolamento social e uma série de fatores de risco, incluindo comportamentais, clínicos e genéticos.

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