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O objetivo da 5ª fase da Operação Descarte, deflagrada na quinta-feira (25), era o de encontrar o destinatário de suposta propina movimentada em projeto de energia elétrica, de cerca de R$ 40 milhões, segundo a Receita Federal e a Polícia Federal. Por isso, a fase foi nomeada como “E o Vento Levou 2”. Segundo as investigações, a CEMIG, que é a estatal de energia de Minas Gerais, teria feito um aporte de mais de R$ 800 milhões a uma empresa de energia eólica, a Renova, que fechou um contrato superfaturado em R$ 40 milhões com a empresa Casa dos Ventos. A partir disso, ainda de acordo com os delegados, o dinheiro passou a ser utilizado em contratos fictícios para ser lavado. De acordo com o G1, os investigadores descobriram que parte desse dinheiro chegou às mãos de pessoas ligadas ao PT de Minas Gerais e da Bahia e ao PSDB de Minas Gerais. Segundo Martinasso, “o dinheiro entrava nessas empresas controladas por esse escritório de advocacia e, a partir daí, o dinheiro era depositado por contas indicadas por doleiros”. Victor Hugo Rodrigues Alves, delegado da PF, afirmou que foram instaurados dois inquéritos policiais. “Um reservado à apuração do dinheiro que foi para essas pessoas vinculadas ao PT da Bahia e outro inquérito de pessoas e empresas vinculadas ao PT em Minas Gerais”. Durante a coletiva, os delegados da PF chegaram a falar que existem provas que pessoas ligadas ao deputado federal Aécio Neves (PSDB) também teriam recebido esse dinheiro, mas que não existe nenhum indício de que o próprio Aécio Neves seria um dos beneficiários. Agentes da PF e da Receita Federal visitaram endereços nas cidades de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Salvador, Lauro de Freitas, Milagres, na Bahia, e Nova Lima, em Minas Gerais. Os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, e falsidade ideológica, cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.

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