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A Justiça Federal bloqueou R$ 5.361.175,73 em bens do ex-prefeito da cidade de Conde, no interior da Bahia, depois que o Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) ajuizou uma ação contra ele e quatro familiares, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude na prorrogação de contrato. De acordo com o MPF-BA, Antônio Eliud Sousa de Castro; a esposa dele, Marta Maria D'Ávila Argollo; a mãe, Atanil Sousa de Castro; a irmã, Consuelo Maria Sousa de Castro e o cunhado, Vítor Martins Ramos, receberam propina diretamente nas próprias contas bancárias 98 vezes, totalizando R$ 5,3 milhões em valores atualizados, enquanto Antônio Eliud era prefeito, entre 2009 a 2012. O MPF-BA detalhou ainda que a média foi de uma propina a cada duas semanas, em um valor aproximado de R$ 111 mil mensais, também em valores atualizados. Esses valores foram pagos por oito empresas contratadas pela cidade de Conde. Conforme o MPF-BA, Vítor Martins Ramos, era sócio-administrador da principal empresa envolvida no esquema, a VP Serviços de Transporte. Os cheques públicos emitidos pelo município, como título de pagamento para as empresas, eram repassados pelas firmas para o prefeito como uma espécie de comissão. Depois dos repasses, para dificultar o rastreamento das transações, os valores eram descontados e depositados em espécie nas contas bancárias do então gestor e da família. Ainda na ação judicial, o MPF-BA informou que Antônio Eliud comprou 26 imóveis no nome de Marta D'Ávilla com os recursos da propina, uma média de um imóvel a cada dois meses, dos 48 em que teve de mandato. Com as aquisições, o patrimônio da companheira do então prefeito aumentou seis vezes durante a gestão dele. O G1 não conseguiu contatar o ex-prefeito de Conde, Antônio Eliud, e nem com a VP Serviços de Transporte, para obter o posicionamento deles sobre o caso.

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