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Sarampo é muito mais grave do que se imaginava, revela estudo
Foto: Kateryna Kon/Science Photo Library

Apesar de ter alcançado a meta de cobertura vacinal do sarampo de 2019, com 95% das crianças de 1 ano de idade imunizadas, o Brasil ainda enfrenta um surto da doença. Os principais sintomas do sarampo incluem febre alta, manchas vermelhas na pele e coriza – em casos mais graves, pode levar à morte. Agora, dois novos estudos indicam que a doença pode ter consequências que afetam o paciente mesmo após já ter se curado. Os trabalhos foram publicados separadamente nas revistas Science e Science Immunology.  De acordo com os pesquisadores, o sarampo causa sérios danos ao sistema imunológico, pois o vírus destrói de 11% a 73% dos anticorpos que protegem os pacientes contra diversas doenças. Isso significa que o organismo fica vulnerável a outras infecções – mesmo aquelas para as quais a pessoa já havia sido vacinada, como poliomielite, gripe e tuberculose, por exemplo. “A ameaça que o sarampo representa para as pessoas é muito maior do que imaginávamos”, comentou Stephen Elledge, da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, ao The Guardian. Os cientistas indicaram que essa imunidade pode ser recuperada em algum momento – em até cinco anos -, mas para isso, os pacientes precisam se expor a vírus e bactérias. A forma mais segura de fazer isso é se imunizar novamente contra todas as infecções para as quais existem vacinas uma vez que os imunizantes possuem parte de vírus ou bactéria, mas de forma inócua – ou seja, não causam a doença, mas ajudam o sistema imunológico a produzir anticorpos que protegem o organismo contra uma futura infecção. Segundo especialistas, o sarampo afeta mais de 7 milhões de pessoas e causa mais de 100.000 mortes por ano em todo o mundo. Apesar de haver vacina contra a doença, as pessoas estão parando de se imunizar, o que tem provocado um aumento de quase 300% no número de casos de sarampo desde 2018.

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