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Lava Jato apura ligação entre filho de Lula e compra de sítio em Atibaia
Foto: Jefferson Coppola/Veja

Em coletiva de imprensa sobre a 69ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, 10, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que parte dos 132 milhões de reais pagos pela Oi/Telemar ao grupo Gamecorp/Gol entre 2004 e 2016 pode ter sido usada na compra do sítio de Atibaia, imóvel que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma condenação de 17 anos de prisão na Lava Jato. A Gamecorp tem entre os sócios Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do petista. “A investigação demonstrou que recursos de má origem eram destinados ao grupo Gamecorp pelo Grupo Oi, parte desses recursos canalizados à aquisição do sítio de Atibaia. A Oi Telemar foi beneficiada no governo federal com diversas decisões administrativas, inclusive nomeações de conselheiros da Anatel, a seu favor”, disse o procurador Athayde Ribeiro Costa. De acordo com a Veja, a propriedade no interior de São Paulo está no nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Lulinha na Gamecorp e donos de empresas do Grupo Gol. A principal pista da força-tarefa na investigação sobre a relação entre o dinheiro da Oi e a aquisição do sítio são contratos entre empresas de Bittar e Suassuna com o grupo. A PJA Empreendimentos e a Gol Discos, ambas de Jonas Suassuna, foram citadas pelos procuradores como exemplos: as empresas teriam recebido aportes da Oi em 2009 e repassado valores à conta de Suassuna, que em seguida pagou 1 milhão de reais por uma parte do sítio. Ao menos quatro empresas de Bittar que receberam da telefônica fizeram repasses à conta dele antes da compra da propriedade, ainda de acordo com os investigadores. A Polícia Federal pediu à Justiça as prisões de Lulinha, Fernando Bittar, Jonas Suassuna e mais cinco investigados, mas as medidas não foram autorizadas.

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