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Lavradores são flagrados em regime de escravidão e Brumado entra no combate ao trabalho escravo
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Com o tema Combate ao Trabalho Escravo: Prevenção, Repressão e Apoio ao Atendimento das Vítimas, diversas palestras do projeto Ação Integrada foram ministradas na manhã de hoje (21), no auditório do Serviço Municipal de Atendimento ao Cidadão (SEMAC). O projeto chega ao município através de parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania de Brumado (SESOC) e a Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE). Por telefone, a secretária de Desenvolvimento Social de Brumado, Themis Narvaes, esclareceu que o município entrou no eixo de campanha após denúncia de que 18 brumadenses estariam sob trabalho escravo em fazendas no município de Ibiraci, no interior do estado de Minas Gerais. Segundo Narvaes, eles retornaram à cidade e a secretaria busca meios de inseri-los de volta ao mercado de trabalho em condições dignas. Themis disse ainda que o município tem buscado agir no combate ao trabalho escravo através da atuação da rede de Ação Integrada, do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), das Escolas de Tempo Integral, as quais integram um conjunto de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e assistência social. 

Lavradores são flagrados em regime de escravidão e Brumado entra no combate ao trabalho escravo
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O município também iniciou as atividades do Pronatec visando à profissionalização e inserção dos jovens no mercado de trabalho exatamente para fugir das condições de trabalho escravo. Em entrevista ao site Brumado Notícias, a coordenadora de relações do trabalho, secretária do trabalho e do Projeto Ação Integrada, Jessevanda Galvino disse que o objetivo do encontro é buscar meios para erradicar o trabalho escravo e, para tanto, está somando forças entre as secretarias do estado e do município, juntamente com a participação judiciária, no intuito de dinamizar as políticas públicas já existentes e buscar alternativas que garantam a esses trabalhadores meios dignos de garantir a sobrevivência. Galvino pontuou que há um ciclo vicioso dos trabalhadores rurais no município por conta das condições peculiares da região, que os fazem migrar para os grandes centros da agricultura em busca de emprego, onde eles acabam sendo explorados pelos patrões das lavouras. Além das autoridades ligada ao tema, também estiveram presentes no evento representantes das associações comunitárias e da polícia militar. Todos receberam uma cartilha elaborada pelo governo do estado tratando do assunto.

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