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09/Abr/2018 - 08h00

Baú do Tempo com Jeová Santana refaz a grande final do brumadense de futebol de 1964

Baú do Tempo com Jeová Santana refaz a grande final do brumadense de futebol de 1964 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O ex-jogador da Portuguesa, Jeová Santana, o popular Testemunha, relatou ao site Achei Sudoeste sobre a grande final de 1964, que deu ao Magnesita o título de campeão brumadense daquele ano. Segundo ele, há 54 anos, no então Estádio dos Prazeres, acontecia a grande final do Campeonato de Futebol de Brumado, quando se enfrentaram as equipes Magnesita e Portuguesa. Esta última sob o comando do técnico Zé Lôbo, que tinha à disposição atletas como Gilberto Cardoso, Franklin da Mata Dias, Milton Chefe e Nete. Gilberto se destacava pela potência do seu chute e por ter jogado em grandes clubes de futebol. Franklin atravessava a sua melhor forma como zagueiro central, além de cabeça de área e lateral direito, funções que se misturavam devido ao seu bom condicionamento físico. Milton Chefe, considerado o moleque da bola pelos seus dribles desconcertantes, consagrou-se ídolo da seleção de Vitória da Conquista. E Nete, que despontava como a grande revelação do campeonato. O que o técnico não esperava, segundo Jeová Santana, era que a partida disputada contra o Magnesita reservava um cenário diferente. Na última hora, Gilbertão, que era considerado meio time, alegou ter recebido uma proposta irrecusável da empresa Magnesita e, por isso, não poderia participar do jogo. Diante do ocorrido, entrou em cena os diretores da Portuguesa, Geonísio Viana e Oflávio Torres, além do técnico Lôbo, a fim de convencerem o próprio Gilberto e a sua mãe Adélia Cardoso a aceitarem a sua participação na final, já que faltavam poucos dias para o jogo. A resposta era de que ele não poderia desperdiçar aquela oportunidade. Devido a esse estranho episódio, Lôbo teve de improvisar uma escalação que não estava nos seus planos. Conforme relatou Jeová, também de forma inesperada, um dos melhores árbitros amador da Bahia, Péricles Santana, agendado com alguns meses de antecedência para apitar a final, desistiu em cima da hora. Durante a partida, o atacante Nete, em uma jogada dentro da pequena área do Magnesita, recebeu um pontapé que o levantou a um metro de altura. Ele caiu por cima do braço, causando uma fratura. Segundo Jeová, o pênalti claro não foi marcado. Nete saiu de campo, teve o braço enfaixado, mas retornou para partida, embora sem condição plena. “Como jogador da Portuguesa que participou dessa final e que vivenciou esses momentos, não tenho nenhuma dúvida de que, sem essas aberrações, o resultado teria sido outro e favorável à Portuguesa e não o placar de 2x2 como ocorreu, sagrando-se campeão, a meu ver, imerecidamente, o Magnesita, já que jogava pelo empate”, destacou.

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