Você já ouviu falar na técnica de meditação atenção plena? O método tem sido usado para ajudar as pessoas a manterem o foco no presente – o que acontece ao seu redor naquele momento –, procurando esvaziar a mente por algum tempo. A atenção plena melhora o desempenho no trabalho e na vida, pois busca apurar o poder de concentração dos indivíduos. Além disso, a estratégia pode ser uma importante aliada no combate à dor crônica, caracterizada por dores intensas e persistentes que duram semanas ou até meses. Pelo menos é o que indica um novo estudo, publicado na revista Pain. Sabe-se que algumas pessoas têm uma atenção plena natural maior que outras. Essas pessoas também parecem ser mais resistentes à dor. Para testar essa hipótese, pesquisadores do Centro Médico Wake Forest Baptist, em Winston-Salem, avaliaram 76 pessoas saudáveis, sem histórico de prática meditativa. A capacidade de atenção plena dos participantes foi avaliada pela Freiburg Mindfulness Inventory (FMI), uma ferramenta de análise de percepção de comportamento. Em seguida, os pesquisadores administraram estimulação dolorosa ao calor e estimulação não dolorosa (como placebo), ao mesmo tempo que em monitoravam a atividade cerebral dos voluntários por meio de ressonância magnética funcional. A atenção plena está associada à desativação do córtex cingulado anterior, região cerebral responsável pela regulação das funções autônomas, como pressão sanguínea; e cognitivas, como emoção e aprendizado.