Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
07/Jul/2020 - 07h30

Coronavírus: Cientistas reforçam chance de transmissão pelo ar

Coronavírus: Cientistas reforçam chance de transmissão pelo ar

Desde que o novo coronavírus começou a dar sinais de que não era, afinal, só uma “gripezinha”, grupos de cientistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) entraram em conflitos de ideias com o intuito de buscar entender as formas de transmissão da Covid-19. No começo da pandemia, o órgão foi criticado por demorar a oficializar o uso de máscaras. Mais recentemente, um membro da OMS afirmou que a transmissão por pessoas assintomáticas é rara, mas, diante de críticas de alguns infectologistas, voltou atrás e tratou o caso com um “mal-entendido”. Na próxima semana, um novo desacordo pode acontecer. Cerca de 239 especialistas de 32 países assinaram uma carta aberta que será veiculada na revista americana Clinical Infectious Diseases afirmando que o novo coronavírus está no ar, e que pode infectar as pessoas. O texto ainda pede que a OMS tenha um maior reconhecimento do papel da propagação aérea do Covid-19 e a necessidade de os governos implementarem medidas de controle. Entre elas estão: o uso de máscaras em lugares fechados e socialmente distantes, a minimização do ar de recirculação e a adição de filtros mais poderosos em sistemas de ventilações em escolas, residências, empresas e lares de idosos, além de luzes ultravioletas para matar partículas virais flutuando em pequenas gotas dentro de casa. Na atualização mais recente lançada sobre o coronavírus, no dia 29 de junho, a OMS, afirma que a transmissão aérea do vírus só é possível após procedimentos médicos que produzem aerossóis ou gotículas menores que 5 mícrons (Um mícron é igual a um milionésimo de metro) e que a transmissão entre pessoas acontece principalmente por meio de gotículas respiratórias e contato. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, cientistas e consultores da OMS disseram que a OMS, apesar das boas intenções, está fora de sintonia com a ciência e que, principalmente, seu comitê de prevenção e controle de infecções é lento na atualização de orientações e está vinculado a uma visão rígida e excessivamente médica das evidências científicas.

Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Achei Sudoeste. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.



Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.



Deixe seu comentário

Mais notícias

Arquivo