As reclamações dos brumadenses com relação aos serviços oferecidos pelas operadoras de telefonia móvel são constantes. A Vivo, que detém a maior fatia de usuários no município, é também a campeã em reclamações. A operadora investiu em tecnologia para a melhoria do sinal na região, trocando os transmissores analógicos pelos digitais. Após a mudança, o sinal da operadora ficou basicamente restrito à sede do município, vez que a maiorias dos ruralistas tem reclamado da falta de sinal de celular em suas comunidades. Uma das regiões mais afetas é o distrito de Itaquaraí. O ex-vereador Osmar Moura, que possui uma propriedade na região, disse ao site Brumado Notícias que há 15 anos comprou o primeiro aparelho da localidade e o sinal analógico cobria toda a área sem interferência. No entanto, segundo ele, depois da troca da tecnologia, o distrito ficou sem o sinal e os usuários estão impossibilitados de utilizar os aparelhos. Osmar declarou ainda que a operadora “come os créditos” dos clientes e não completa as ligações. “Se coloco R$ 15,00 ela me come R$ 5, pois quando tento ligar vem a mensagem dizendo que meus créditos estão abaixo de R$ 10 e que vão tentar completar a ligação e isso nunca acontece. Se precisarmos acionar um socorro ou falar com algum parente na cidade vamos penar porque depois dessa linha digital nossos aparelhos ficam em casa empoeirando ou enfeitando a estante”, reiterou ele. 

Quem está engajado na luta contra a operadora é o vereador Weliton Lopes (SDD), que tem levado o assunto aos debates nas sessões legislativas e ainda tem contando com o apoio do presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, Gilberto Lima, que tem levado ao conhecimento das comunidades os problemas e ao mesmo tempo tem mobilizados os camponeses contra a operadora. O parlamentar esclareceu a nossa reportagem que já acionou o Ministério Público (MP), ratificando a problemática e as reclamações da população e que poderá ainda mover uma ação civil pública contra a operadora, caso as melhorias não sejam efetuadas. O vereador esclareceu que a principio o órgão irá exigir da operadora um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), no que se refere à melhoria do sinal e a oferta de serviços de telefonia móvel na cidade e microrregião. “Não é errado que a Vivo faça a troca da sua tecnologia, mas o que não pode é essa mudança afetar o qualitativo e quantitativo em prestação de serviços, pois isso fere o direito do consumidor e a resolução da Anatel. Nossa luta é para que essa alternância na tecnologia mantenha ou supere o padrão de qualidade para nós que somos usuários da operadora”, destacou Lopes.