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Em protesto, médicos suspendem atendimentos básicos no hospital de Brumado
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Em nome da comissão médica do município de Brumado, o ginecologista Luiz Henrique Maron de Freitas falou em entrevista ao site Brumado Notícias sobre o protesto dos médicos, que suspenderam os atendimentos não urgentes e emergentes no Hospital Professor Magalhães Neto a partir desta quinta-feira (1º). Maron esclareceu que a suspensão aconteceu devido à medida da secretaria de saúde e da prefeitura de cortar os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas a partir desta data, alegando contenção de gastos. O médico deixou claro que a categoria não está reivindicando melhorias salariais, mas sim a manutenção dos serviços que garantem o atendimento à população. Maron destacou ainda que a cerca de cinco anos a prefeitura vem adotando a medida de cortar os serviços no final do ano para zerar as contas, deixando o município por cinco meses sem os atendimentos obrigatórios previstos em lei. Ainda de acordo com ele, os profissionais da área estão trabalhando por conta própria a partir de hoje no hospital, pois os contratos se encerraram ontem (30) e não foram renovados com a administração municipal. 

Em protesto, médicos suspendem atendimentos básicos no hospital de Brumado
Médico Luiz Maron Freitas. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

A comissão médica já acionou o Ministério Público, que por sua vez já teria notificado a prefeitura. Porém, como os atendimentos não foram normalizados, o órgão irá entrar com uma ação judicial contra o município. “Só queremos retorno do atendimento à população e a garantia dos nossos serviços, pois recebemos por produção ou serviços prestados”, afirmou o médico. A comissão espera que haja bom senso da prefeitura em retornar os atendimentos suspensos. Já o secretário municipal de saúde, Cláudio Feres, reforçou o discurso de que os cortes foram feitos diante da falta de repasse. “Infelizmente estamos fazendo um corte profundo em nossa carne. Não era nossa intenção suspender os atendimentos, mas com a falta de apoio do estado e da União o município não está tendo condições de manter sozinho tais serviços. Ou nós cortávamos agora esses atendimentos ou então iríamos gerar uma conta que não conseguiríamos pagar”, concluiu o secretário.

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