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Presidente e vice da Câmara de Brumado repudiam e culpam FCA pela morte do maquinista George
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Em seus pronunciamentos durante a sessão legislativa na noite da última segunda-feira (15), o presidente e vice da Câmara de Vereadores de Brumado fizeram menção à morte do maquinista George Rocha, de 28 anos, que ocorreu após um descarrilamento e incêndio na cabine de comando da locomotiva. Os parlamentares prestaram solidariedade aos familiares e, em seguida, partiram para o ataque a Ferrovia Centro Atlântica (FCA). Com uma nota expedida pelo Sindicato dos Ferroviários, os vereadores brumadenses repudiaram a empresa e culparam a mesma pela morte do maquinista, apontando falta de manutenção da malha ferroviária, uma vez que a própria FCA teria declarado que o trecho não é rentável. Em entrevista ao site Brumado Notícias, os vereadores reforçaram seus discursos de repúdio. “Há três anos, o sindicato esteve na câmara apontando a má utilização da linha férrea sem manutenção. Não podemos permitir que trabalhadores morram por conta da irresponsabilidade da FCA, que não presta a devida manutenção no trecho”, disse o presidente Alessandro Lôbo (PSL). 

Presidente e vice da Câmara de Brumado repudiam e culpam FCA pela morte do maquinista George
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Já o vice, Édio Pereira (PCdoB), foi mais enfático em cobrar uma punição contra a empresa e ao mesmo tempo medidas de segurança e valorização pela vida dos funcionários. “A FCA merece ser repudiada porque pegou a linha férrea do governo federal para maximizar seus lucros e arrebentou, detonou, acabou com a malha ferroviária. Não dá a devida manutenção e nem respeita a vida dos seus funcionários. Só em 2015 foram três descarrilamentos aqui em nossa região e agora essa morte que já era anunciada pelo sindicato. Repudio a FCA, pois os trabalhadores são o patrimônio de qualquer empresa. O grande potencial competitivo de qualquer empresa são seus trabalhadores e os mesmos devem ser respeitados e valorizados”, argumentou o vereador. A nota emitida pelo sindicato dos ferroviários aponta que a FCA demitiu mais de 60 operários que prestavam serviços na manutenção da linha, deixando a malha sem assistência desde então.

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