Em assembleia realizada na tarde da última terça-feira (23), os professores do município de Brumado decidiram por unanimidade pela adesão à paralisação nacional dos professores, que ocorrerá nos dias 15, 16 e 17 março. Os docentes aguardam o desfecho das negociações entre os sindicatos que representam a categoria e a administração municipal referente ao reajuste salarial e à reformulação do plano de carreira para então decidir os rumos do movimento. Em entrevista ao site Brumado Notícias, Vanuzia Lobo, diretora do núcleo da APLB/Sindicato no município, esclareceu que nesse princípio de ano letivo a maior insatisfação está sendo com a carga horária dos professores do primário, que está extrapolando a média nacional, estabelecida por lei em 13 horas. 

Segundo a sindicalista, a secretária municipal de educação, Acácia Gondim, pediu um prazo de 15 dias para que o problema seja solucionado, o que foi concedido. Após esse período, o sindicato e os professores votarão a se reunir em assembleia para deliberar sobre o assunto, caso o mesmo não tenha sido solucionado. Para sanar o problema, a prefeitura precisaria de ao menos mais 70 professores - vale salientar que há vários educadores aprovados no último concurso público aguardando a chamada para suprir a carência das horas extras trabalhadas. “A palavra greve ainda não está sendo bem digerida pelos sindicatos e nem pelos próprios professores, pois entendemos que a greve, mesmo que sendo o último recurso, tem um efeito cascata que atinge e desgasta os professores, os alunos, a administração e uma série de outros. Então, estamos na linha do diálogo para buscarmos o melhor entendimento sem precisarmos dos extremos e assim esperamos que proceda até o final desse período de negociações”, pontuou a representante sindical.