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MP proíbe a comercialização de leite in natura e transporte irregular em Brumado
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O Ministério Público Estadual (MPE) determinou na última quarta-feira (15), a proibição da comercialização do leite in-natura, ou seja, leite cru para consumo direto da população. Os produtores de leite do município terão até o final deste ano para se adequarem à legislação. A reunião foi realizada no auditório do Serviço Municipal de Atendimento ao Cidadão (Semac). O encontro teve a coordenação do promotor de Justiça Ruano Fernando da Silva Leite e estiveram presentes o secretário municipal de Agricultura, representantes da Associação dos Produtores de Leite, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Conselho Rural Sustentável e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Na oportunidade o promotor de Justiça orientou os produtores sobre o que determina a lei quanto ao fornecimento, beneficiamento e transporte de leite, destacando a irregularidade de comercializar o produto in-natura, bem como as repercussões legais desse comércio. Os produtores vão ter o prazo de 1º de janeiro de 2017 para se adaptarem as novas regras, realizar cursos e seminários de capacitação. 

MP proíbe a comercialização de leite in natura e transporte irregular em Brumado
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O promotor de justiça Ruano Fernando falou que independe como isso seja feito desde que atenda a legislação. “Basta que a legislação seja cumprida, eles podem formar cooperativas, associações, empresas, ou mesmo se adaptar individualmente”, disse. Ele aproveitou para lembrar que a fiscalização não está impedida de jeito algum de atuar repressivamente. O primeiro seminário de capacitação e discussão do tema ficou marcado para o dia 27 de julho, às 10h, no auditório do Semac, em Brumado. O gerente do escritório a Adab, Mádio David Alves, ressaltou que outra preocupação do setor e do próprio ministério público está com o acondicionamento irregular de transporte do leite já pasteurizado. De acordo com os órgãos de fiscalização embora receba todo o tratamento adequado na usina, acaba sendo afeto pelo transporte sem refrigeração para os pontos de venda bem como na entrega direta ao consumidor.

Comentários

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Fernando Diniz
Também considero esta situação como um grande retrocesso. Deveriam fiscalizar mais os processos de beneficiamento do leite em grandes empresas onde ele realmente é adulterado ao invés de coibir aqueles que tem a capacidade de trazer algo realmente natural para os consumidores.
Webiston Barbosa Reis
O leite in natura é simplesmente superior em qualidade aos demais. Quem o compra, sabe que antes de tomá-lo é preciso coá-lo e em seguida fervê-lo. Se as condições de armazenamento e transportes deixam a desejar, ainda assim, desconheço casos de pessoas que, por conta disso, contraíram algum tipo de enfermidade. Acredito que os pequenos produtores irão perder com isso, pois, as indústrias poderão formar cartéis, determinando os preços do litro, etc e tal. Com certeza, por trás disso tudo existe muito interesse, principalmente dos proprietários das médias e grandes indústrias. Os médios e grandes empresários no mínimo irão tirar muito proveito dessa situação.