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Que a nossa causa seja sempre a justiça!
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

*De pronto, gostaria de parabenizar os nobres colegas de profissão pelo dia do advogado, 11 de agosto. A Constituição Federal eleva o advogado como indispensável à administração da justiça. Mas será que podemos falar em justiça? O acesso à justiça é direito fundamental em nosso ordenamento jurídico, todos temos direito a uma prestação jurisdicional célere, justa e eficaz. Contudo, a realidade é de que apenas temos acesso ao Judiciário. Isto porque não se pode falar em justiça quando não há uma prestação jurisdicional eficiente.

O Judiciário baiano é apontado nas pesquisas como o pior dentre os demais Estados, havendo maior número de demandas pendentes de movimentação/decisão, de modo que as ações ficam arquivadas por meses, anos, sem que haja o devido prosseguimento do feito, e isso ocorre não por displicência dos patronos, eis que estes, em regra, solicitam veemente o bom desenvolvimento da demanda.

O advogado hoje em dia presta um verdadeiro papel de mendicância em prol do bom desempenho de suas atividades, posto que insistentemente tem de requerer seja feito o trabalho que deveria ser realizado naturalmente, ficando a mercê da boa vontade de terceiros.

Advogar está cada vez mais difícil. Os empecilhos que dormitam sobre o exercício da advocacia não prejudicam apenas o advogado. Pelo contrário, o maior prejudicado de todo esse imbróglio é o jurisdicionado, a população.

A hashtag #Advocaciaporamor utilizada nas redes sociais pelos profissionais do direito representa o exercício da profissão motivado pelo sentimento, eis que a realização das atividades inerentes ao trabalho não são das melhores.

Mesmo com tanta deficiência, buscamos sempre prestar o melhor dos nossos serviços, mantendo-nos erguidos dia-a-dia, merecendo, mais do que nunca, os parabéns pelo exercício da nossa profissão.

A todos os advogados, parabéns pelo seu dia. E que apesar de tudo, nossa causa seja sempre à justiça!

Paulo Henrique Amorim Marques
*Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 43.527-BA, sócio proprietário do escritório Amorim & Amorim Advogados, graduado e pós graduando em temas atuais de direito público e privado, pelo Centro de Ensino Superior de Ilhéus – CESUPI.

 

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