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Brumado: Sem tratamento, água da Barragem do Rio do Antônio é distribuída a R$ 120
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Há muitas comunidades rurais em Brumado que ainda não são assistidas pela Operação Pipa, coordenada pelo Exército Brasileiro. Em tais localidades, populares, ainda que sem recursos, estão comprando água bruta que sai da Barragem do Rio Antônio. O site Brumado Notícias ouviu alguns desses populares e os mesmos reclamaram que, sem água encanada, alguns ruralistas pagam mais caro para receber o líquido. Segundo os relatos, cada família chega a pagar R$ 120 por um caminhão pipa de água sem tratamento e sem supervisão ou fiscalização. O abastecimento foge do controle da Embasa e da Secretaria Municipal de Recursos Hídricos, que mantém o foco no abastecimento convencional e na operação pipa. Os pipeiros que praticam esse tipo de comércio, batizado de indústria da seca ou indústria da água, não são cadastrados na operação coordenada pelo exército. 

Brumado: Sem tratamento, água da Barragem do Rio do Antônio é distribuída a R$ 120
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Nossa reportagem falou com o secretário municipal de recursos hídricos, Frederico Neves, e o mesmo mencionou que a água armazenada na barragem que margeia o Anel Rodoviário da BR-030 tem sito utilizada apenas por ribeirinhos, fazendeiros e indústrias que circundam o manancial. Ele declarou desconhecer o roteiro de atividades desses pipeiros que agem por conta própria. Desde que a Barragem de Cristalândia entrou em operação, a Embasa desinstalou a adutora da Barragem do Rio do Antônio. Sendo assim, a retirada de água do manancial ficou sem supervisão. “É uma via dupla. O governo municipal, estadual e agora até o federal reconhecem o estado de emergência de seca do município e viram as costas para esse corpo de água que poderia ser melhor utilizado para abastecer muitas famílias que não recebem o apoio da operação pipa. Enquanto isso, os aproveitadores tomam conta da situação”, reclamaram representantes comunitários.

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