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Brumado: Empresas e Senai buscam compensar impactos ambientais nas obras do Parque Eólico
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Mais de 300 mil sementes de cerca de 100 espécies de árvores já foram colhidas e catalogadas para o replantio na área afetada pelas obras do Parque Eólico, na região do distrito de Cristalândia, em Brumado. O trabalho de compensação ambiental está sendo realizado através de uma parceria entre as empresas envolvidas com o empreendimento, o Senai e a prefeitura, que cedeu o espaço do viveiro municipal para o desenvolvimento das mudas. Em entrevista ao site Brumado Notícias, o biólogo do Senai, Lailton Câmara, declarou que a proposta é reverter os impactos causados com o empreendimento. Segundo ele, as mudas serão replantadas em toda extensão da área afetada pelo Parque Eólico. Este é o quarto ciclo de monitoramento das espécies promovido pelo Senai no canteiro de obras. 

Brumado: Empresas e Senai buscam compensar impactos ambientais nas obras do Parque Eólico
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Após as sementes serem recolhidas, são levadas ao canteiro municipal localizado no Parque de Exposições Gilson Brito, onde passam por inspeção, são secadas, armazenadas e catalogadas para, em seguida, serem plantadas. Dentre as sementes, algumas espécies próprias da caatinga que estão sob preservação por estarem em extinção, como o umbuzeiro, o coco licuri, a braúna, a aroeira, o angico e a umburana macho. Há também na caatinga brumadense belas flores, como as bromélias e orquídeas, que estão na lista de árvores de grande relevância para o bioma nacional. 

Brumado: Empresas e Senai buscam compensar impactos ambientais nas obras do Parque Eólico
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O biólogo esclareceu que, depois das obras de instalação do parque, as mudas serão replantadas nos locais afetados e o excedente será doado para comunidades, organizações não governamentais e para o público interessado. Além da flora, a parceria de preservação ainda está dando atenção à fauna. Lailton explicou que as serras de densas vegetações servem de lar para animais típicos do sertão, como a onça parda e o gato do mato. Segundo ele, um grupo de técnicos encontrou na localidade uma família de cachorro do mato, animal que não faz parte do bioma da caatinga e é considerado raro na fauna brasileira. A imagem não está disponível, mas tão logo colocará o município nos holofotes por conta da raridade da espécie em um habitat incomum.

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