Os vereadores estavam alterados durante a sessão legislativa desta segunda-feira (14) e o tom ficou ainda mais acirrado após a votação dos projetos e indicações. Já se percebia um clima tenso na plenária apenas pela apresentação do projeto da vereadora Lia Teixeira (PDT), que visa por fim ao recesso parlamentar do mês de junho. Na leitura do mesmo, foi mencionado que todos os vereadores prescreveram o projeto, no entanto, os parlamentares José Ribeiro Neves (PT) e Edmilson Aguiar (PV) se pronunciaram contrários, pedindo a correção do texto e informando que os mesmos não subscreveram o projeto. O líder do PT, José Ribeiro Neves justificou que o corte do recesso de junho não faria diferença, uma vez que a câmara continua ativa no período. Os parlamentares ainda cobraram uma atualização do regimento interno da câmara, considerado por eles como obsoleto para a atual realidade da casa legislativa. Já o presidente da mesa diretora entrou em defesa do projeto da vereadora, apontando que a proposta de tirar o recesso do meio do ano mantém a câmara mais ativa em prol dos interesses da comunidade. 

O estopim dos bate-bocas foi mais uma vez um projeto oriundo do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), de número 021/2017, que solicita ao legislativo o remanejamento de recursos. O projeto já vinha se arrastando na casa; por duas sessões, os vereadores o tiraram de pauta cobrando mais esclarecimentos acerca do assunto. Ainda não satisfeitos com a falta de justificativa do executivo, os vereadores de oposição estavam decididos a reprovar o projeto, porém, no momento da votação, permaneceram em posição de aprovação. Após a convocação para ordem do dia, o petista se enfureceu e chegou a dizer que o presidente da casa usou de má fé na forma como conduziu a votação e pediu para excluir seu nome da mesma. “Você me respeite, senhor vereador”, esbravejou Léo Vasconcelos (PDT), com o dedo apontado para José Ribeiro e até pediu para o operador de som cortar o microfone do petista. Já o vereador Edmilson Aguiar assumiu que passou despercebido no momento da votação. Após algumas considerações, os parlamentares entraram em consenso e se desculparam diante das ofensas. O projeto do prefeito retornará para segunda votação na próxima sessão e a proposta de por fim ao recesso junino entrará em primeira votação.