O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) de Brumado está cobrando das três esferas de governo, federal, estadual e municipal, projetos e ações definitivas que resolvam a questão da falta de abastecimento no interior de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o presidente do conselho, Frederico Neves, enfatizou que a Operação Pipa cumpre o seu papel, que seria apenas emergencial, no município há dez anos, porém os poderes se acomodaram e mantiveram a operação como permanente na região. “Não era para estarmos aqui lamentando a falta do carro pipa, pois a operação não era nem pra estar mais em nossa região, pois os recursos investidos na operação já deveriam ter sido revestidos em projetos definitivos de convivência com a seca”, ponderou o conselheiro, alertando aos gestores públicos que a operação pipa é apenas um paliativo do governo federal que não deve ser encarado como a solução para a crise de abastecimento nas comunidades afetadas. Nos últimos doze anos, a Operação Pipa, coordenada pelo Exército Brasileiro, tem atendido aos decretos de emergência de seca, sempre atualizados pela prefeitura municipal. Atualmente, 16 caminhões estão cadastrados na operação para atender a demanda de mais de 250 comunidades com mais de 20 mil habitantes. Porém, acerca de 30 dias, os pipeiros não estão levando água às comunidades devido à suspensão por parte da Embasa, após ser descoberta uma falha mecânica, o que afetou e reduziu a produção no tratamento da água, obrigando a gerência a priorizar o abastecimento na sede de Brumado e Malhada de Pedras.