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Família denuncia abordagem que teria resultado em morte de adolescente em Paramirim
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na última quarta-feira (14), um adolescente de 13 anos, identificado como Weliton Vítor Lopes Bomfim, morreu vítima de um mal súbito enquanto dirigia um veículo na BA-152, nas proximidades do distrito de Caraíbas, em Paramirim, a 129 km de Brumado. Uma guarnição da Cipe Sudoeste passava pelo local e prestou socorro à família, de acordo com o comandante da unidade, Major Marcos Paulo (veja aqui). No entanto, a família contesta a versão da Cipe Sudoeste Ao site Achei Sudoeste, a mãe do menor, Valdenice Ferreira, contou que voltava para roça no momento em que o filho avistou a viatura. Afobado, ele parou o carro para trocar de lugar com o pai, tendo em vista que era menor de idade e não podia dirigir. Valdenice disse que, antes mesmo de o filho conseguir trocar de banco, os policiais desceram da viatura armados para fazer a abordagem. “Nem deixaram a gente explicar nada. Não procurou saber meu nome, o nome do pai, o que a gente estava fazendo, nada. Aí o menino já começou a passar mal. Eles ficaram tudo em volta do menino com as armas”, relatou. De acordo com a mãe da vítima, os policiais xingaram o marido de vagabundo, irresponsável e ainda o mandaram calar a boca. Só depois que viram o menino tremendo muito é que, segundo Ferreira, os soldados colocaram o menor na viatura e levaram para o posto de saúde mais próximo. Valdenice afirmou que foi impedida de acompanhar o filho. “Eles disseram que se eu quisesse fosse acompanhando atrás. No centro de saúde, fecharam a porta e não deixaram eu ver o menino mais”, completou. O adolescente morreu no Hospital Municipal de Paramirim, para onde foi transferido devido à gravidade do seu estado de saúde. A família considera que o menino morreu em razão da abordagem da polícia. “Acho que ele morreu mais de susto. Falei pra eles se afastarem, mas eles ficavam em volta do menino tudo armado. Foi cruel demais", acusou. Tio da vítima, Hélio Pereira falou que os policiais não pararam para socorrer o menino, mas sim para matá-lo. “Ele morreu através do susto muito grande que ele levou e da pressão que eles [os policiais] deram nele. Ele não sentia nada, nem uma dor de cabeça”, enfatizou. A família irá acionar a justiça para ter os seus direitos resguardados. “Queremos justiça”, finalizou Hélio.

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