A prefeitura municipal de Brumado, na gestão do ex-prefeito Eduardo Vasconcelos (Sem Partido), pagou mais de um milhão para confecção e instalação de placas para identificação de ruas e bairros com cepeamento na cidade. De acordo com o Contrato nº 078/2018, celebrado com a empresa Geoprocessamento e Serviços Aéreos Especializados Ltda (Geodados), os custos para confecção das placas que passariam a identificar cerca de 30 mil imóveis urbanos foram de R$ 560.591,49. No entanto, os vereadores Vanderlei Bastos Miranda (Avante), o Boca, e Alípio da Costa Santos (PP), o Porrada, encontraram centenas dessas placas abandonadas no almoxarifado central. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Boca disse que, na época, o projeto causou muita polêmica e, mesmo assim, o ex-prefeito fez questão de dar início ao cepeamento na cidade. “Ao invés de essas placas estarem nas paredes das pessoas, estão aqui todas empilhadas. É um absurdo. Não vamos deixar passar tantas irregularidades da gestão passada. Não vai ficar impune, vamos a fundo nisso aí”, garantiu. Para o parlamentar, há indícios de superfaturamento no contrato. “É um verdadeiro absurdo. Foi feito um superfaturamento”, disparou. Já Alípio apontou que foram dispendidos valores altíssimos para a aquisição das placas, o que representa, diante do cenário de abandono encontrado no almoxarifado, desperdício de dinheiro público. “Quem foi beneficiado com tudo isso? É a pergunta que não quer calar. O povo que não foi. Nós, vereadores, vamos tomar as medidas sim. Não vai ficar sem punição”, reforçou. Os vereadores relataram que, apesar do gasto milionário, muitas ruas e casas encontram-se sem identificação em Brumado.