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Ministério Carcerário Adventista já batizou 100 internos no Conjunto Penal de Brumado
Foto: Divulgação

Há cerca de dois anos, o Ministério Carcerário Adventista atua na ressocialização dos internos do Conjunto Penal de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, José Márcio, diretor e fundador do Ministério Carcerário Adventista, relatou que a ideia nasceu há mais ou menos uma década quando viu, pela primeira vez, esse tipo de trabalho sendo realizado em uma unidade prisional do Paraná. “Presenciei coisas que não achei que seria possível. Vi presos de alta periculosidade que, após anos de confinamento e reclusão, são hoje ressocializadores e multiplicadores da palavra de Deus”, contou. Com a inauguração do Conjunto Penal em Brumado, Márcio disse que o projeto começou a sair da gaveta através do recrutamento de voluntários. Ao longo de dois anos de atividades e de muita paciência e determinação, o diretor detalhou que pode ver de perto muito arrependimento e mudança de vida. “Vimos pessoas, aos olhos dos homens, desacreditadas, que disseram sim para o que poderiam viver daqui pra frente. É uma atitude de sabedoria fazer um inventário da própria vida e, a partir daí, começar a abraçar a fé. Eles passam a perceber que dependem de um poder superior para se reerguer”, apontou.

Ministério Carcerário Adventista já batizou 100 internos no Conjunto Penal de Brumado
Foto: Divulgação

Ao todo, em 23 meses, o Ministério Carcerário Adventista alcançou a marca de 100 internos batizados. Mesmo enfrentando resistência por parte de alguns detentos, que chegam ao ministério com o coração duro e inclinados ao crime, o diretor afirmou que, com o passar do tempo, esse sentimento vai sendo quebrado e a mudança vai fluindo por meio do agir de Deus. Nesse ponto, Márcio também citou a resistência da sociedade com relação ao trabalho espiritual feito na unidade. Para o fundador, é preciso pensar na recuperação desses detentos como propósito final, visto que existem pessoas boas, cujos filhos se desgarram no caminho por motivos diversos. “Se a pessoa que está reclusa fosse teu filho, como você gostaria que ele fosse tratado? Você gostaria de vê-lo executado ou recuperado?”, questionou.

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