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Brumado: Armazenamento em Cristalândia está ameaçado pelo agronegócio em Piatã
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Em entrevista ao site Brumado Notícias, Gilberto Lima Dias, presidente do Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural Sustentável de Brumado (CMDRS), voltou a convocar as comunidades abastecidas pelo Rio das Contas para continuar na luta contra o empreendimento do agronegócio, que está sendo instalado na nascente do rio no município de Piatã, região da Chapada Diamantina. O Rio das Contas é responsável pelo abastecimento na Barragem de Cristalândia, que atualmente sustenta Brumado, Malhada de Pedras e parte de suas comunidades rurais. Gilberto declarou que, com o consentimento do governo do estado e da secretaria estadual de meio ambiente e também com o aval da coordenação de meio ambiente do município de Piatã, os empresários do agronegócio já haviam iniciado as obras para construção das barragens. A obra visa em primeiro plano irrigar sete mil hectares de plantação de batata para exportação. 

Brumado: Armazenamento em Cristalândia está ameaçado pelo agronegócio em Piatã
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Segundo Dias, sete hectares da área adquirida já haviam sido desmatados, porém, devido às manifestações do movimento popular dos municípios e povoados que são abastecidos pelo rio, o Ministério Público Estadual embargou as obras que até então estão paradas. “Infelizmente, quem ganha para defender o meio ambiente e o produtor rural é quem tem agido contra, pois o governo do estado e a secretaria de meio ambiente, juntamente com a coordenação do meio ambiente de Piatã, foram dominados pelos empresários do agronegócio e autorizaram o empreendimento. A princípio, as obras estão continuadas por conta da força da lei, mas não sabemos até quando e é por isso que convocamos as comunidades ao longo do Rio das Contas a engrossarem a fileira de luta contra este empreendimento”, disse Gilberto. Ele ainda fez um alerta quanto ao futuro do abastecimento na região, caso o agronegócio consiga reverter o embargo. “Se não nos unirmos e fizermos pressão, daqui a dez anos ficaremos sem água”, destacou o conselheiro.

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