Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
ufob
fechar

Barreiras fica encoberta de poeira durante ventania no oeste da Bahia Foto: Reprodução/G1

Uma ventania atingiu a cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, na tarde deste sábado (26), e deixou a cidade encoberta de poeira. As informações são do G1. A força dos ventos derrubou uma árvore na BR-135, o que causou interdição do fluxo de veículos. Em vídeos postados nas redes sociais, é possível verificar o barulho típico dos ventos intensos e o céu marcado por poeira. O fenômeno exigiu atenção redobrada de motoristas por conta da baixa visibilidade. De acordo com o site do Climatempo, a velocidade dos ventos em Barreiras chegou a quase 15 quilômetros por hora por volta do meio-dia. Somente por volta das 15 horas teve início a redução na velocidade, que caiu para quase 12 quilômetros por hora. De acordo com o doutor em geografia Evanildo Santos Cardoso, que é professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), o fenômeno registrado na cidade é causado pelo encontro de massas de ar. Em períodos de tempo seco, as massas de ar com diferentes temperaturas se encontram e produzem uma terceira massa de ar com velocidade intensa. O professor explica que esse tipo de fenômeno pode provocar queda de árvores, destelhar imóveis e causar pequenos danos.

Falta de cadáveres prejudica a formação de médicos no Brasil Foto: UFOB

“Você prefere ser operado por um médico que dissecou um cadáver ou por aquele que apenas estudou em peças sintéticas?”. O questionamento feito por Erivan Façanha, professor de Anatomia na Universidade Federal do Ceará (UFC), tem por trás uma realidade compartilhada por muitas instituições com cursos de Medicina do Brasil: a escassez de cadáveres para ensino e pesquisa. Esse é um problema crônico que prejudica o aprendizado dos alunos em boa parte das melhores universidades do país, como mostra um levantamento feito pela BBC News Brasil. Foram procuradas as 30 universidades mais bem avaliadas no ranking Universitário da Folha (RUF) 2019 - a edição mais recente. Todas são públicas. Esse ranking foi escolhido em vez da avaliação dos cursos feita pelo Ministério da Educação (MEC), que avalia as instituições com base no desempenho dos alunos por meio de uma prova) porque algumas universidades, como é o caso da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, optam por não fazer o exame. Além disso, o RUF avalia as universidades de forma mais ampla, com base em cinco aspectos: pesquisa, ensino, mercado, internacionalização e inovação. No total, 26 responderam à consulta sobre se cadáveres são usados nas aulas e de qual forma, e também se o número de exemplares disponíveis é suficiente. Mais da metade delas, 17 ao todo, afirmaram que enfrentam uma falta de corpos para estudo e pesquisa, e apenas duas disseram que a quantidade de cadáveres que têm à disposição é satisfatória. Outras sete relataram que não têm esse problema porque ainda estão montando um programa de anatomia ou porque a própria instituição não teria condições de mantê-los em boas condições para uso. O ensino de anatomia na prática, cortando camadas, identificando estruturas e órgãos em um cadáver, é uma experiência considerada insubstituível por professores e médicos experientes. Mas é algo difícil de ser feito nas universidades de Medicina brasileiras. A maioria das instituições consultadas relata que faltam corpos suficientes para dissecação há anos e que o problema é difícil de solucionar, porque faltam recursos para preservar os cadáveres e, principalmente, doações pela sociedade civil - uma prática que ainda é pouco difundida no Brasil. “Alguns alunos optam, inclusive, por cursos fora do país buscando essa opção. Estados Unidos e Canadá são alguns dos destinos mais procurados”, diz Kennedy Martinez de Oliveira, professor de anatomia humana da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Quando não há cadáveres suficientes para a dissecção, professores buscam as opções mais próximas para oferecer uma experiência mais fiel nas aulas de anatomia. “A prática de dissecação, que é primordial para a anatomia topográfica, fica deficitária em nossas aulas. Temos alguns modelos sintéticos e usamos peças cadavéricas”, diz Célia Regina de Godoy Gomes, professora de Anatomia Humana do Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Arquivo