O site Brumado Notícias obteve acesso à cópia de uma nota de reprovação ao método de política econômica adotado pelo governo Rui Costa (PT), o qual promove cortes no orçamento que afetam diretamente à saúde pública. O que chama a atenção é que o texto partiu do gabinete do deputado federal Jorge Solla (PT), que atuou como secretário estadual de saúde durante os oito anos da gestão do ex-governador Jaques Wagner (PT). O tema da carta enviada a diversos municípios do estado é: Precisamos preservar os avanços na saúde. Nos primeiros parágrafos é apresentado um relatório do êxito nos programas desenvolvidos pelo governo anterior, apontando a oferta em ampliação nos hospitais do interior em média e alta complexidade, aumento no numero de unidades básicas de saúde e a contratação de médicos para atuarem no interior. A nota destaca programas como Mutirão de Cirurgias Seletivas, Saúde em Movimento e Rastreamento do Câncer de Mama, que se tornaram referência e ganharam reconhecimento, mas que estão suspensos no atual governo. Diante do cenário, o deputado lamentou e destacou que o governo de Rui Costa tem cometido equívocos em seu regime de retenção de gastos.
“Infelizmente na atual gestão, devido a uma política equivocada de cortes de gastos, alguns dos prestadores de serviços responsáveis por este programa não tiveram seus contratos renovados e esta oferta está comprometida”, escreveu, na nota. Em seguida, são enumerados prejuízos com toda a estrutura que era utilizada nos programas, que possivelmente ficarão estacionados. Ainda mais contundente, o deputado fala que o erro do atual governo começou com o fim das diretorias regionais de saúde; ele ainda lamenta que as 28 Farmácias Populares do Brasil, sob responsabilidade do estado, também fecharão suas portas. “Entendemos que o país passa por um período de ajustes e a Bahia se insere neste cenário econômico. Todavia, uma gestão eficiente e responsável dos recursos públicos, num momento de escolher prioridades, deve ser inteligente, seletiva, qualitativa. Não podemos permitir que a conta deste ajuste caia na conta da saúde pública, porque penaliza exclusivamente a população mais pobre de nosso estado, que depende do SUS para ter acesso à saúde”, finalizou Solla.