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Wagner recebeu desvios da Petrobras na campanha de 2006, diz Cerveró
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), recebeu recursos desviados da Petrobras para sua campanha ao governo da Bahia, em 2006. A informação foi revelada nesta sexta (8) pelo jornal "Valor Econômico". Documentos com as informações de Cerveró à Procuradoria-Geral da República foram mais tarde publicados no site do jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo Cerveró, “houve um grande aporte de recursos para o candidato do PT, Jaques Wagner, dirigido por Gabrielli”. Wagner foi eleito ao governo da Bahia naquele ano e reeleito em 2010. O então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, havia decidido transferir para a Bahia o setor financeiro da estatal e, para isso, foi construído um prédio em Salvador, de acordo com o relato de Cerveró. “Gabrielli decidiu realocar a parte operacional da parte financeira para Salvador sem haver nenhuma justificativa, pois havia espaço para a referida área no Rio de Janeiro”, afirma. “Foi construído o prédio para a área financeira da Petrobras, onde também houve propina para a eleição”, completa Cerveró no depoimento feito à Procuradoria antes de fechar seu acordo de delação. O prédio foi erguido em contrato de locação firmado em 2010 entre a Petrobras e o Petros, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. As empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas na Lava Jato, foram contratadas para a construção da torre.

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