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Novo estudo reforça relação entre zika e microcefalia
Foto: Felipe Dana/AP

Pesquisadores brasileiros e britânicos conseguiram confirmar a relação de causalidade entre o vírus da Zika e a microcefalia em recém-nascidos e recomendam que as autoridades de saúde em todo mundo se preparem para uma epidemia global de casos de microcefalia e outras complicações ligadas ao vírus. O Zika já foi detectado em 61 países, a maioria deles nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A BBC Brasil obteve os resultados preliminares de um inédito estudo de caso-controle, feito a pedido do Ministério da Saúde. Os cientistas analisaram o nascimento de crianças com microcefalia em oito hospitais públicos de Pernambuco, um dos estados brasileiros mais afetados pelo surto da doença, e compararam com bebês cuja circunferência craniana estava dentro dos padrões. De 32 casos de bebês nascidos com microcefalia, 24 apresentaram a presença do vírus no organismo das mães (81%), em comparação com 61% das mães do grupo controle (39 de 61). Treze dos 32 bebês nascidos com microcefalia (40%) apresentaram o vírus no sangue ou no fluido cérebro-espinhal, ao passo que nenhum dos bebês do grupo de controle apresentou infecção. Dos 32 bebês nascidos com microcefalia, 40% tinha o vírus; dos 61 bebês sem microcefalia, nenhum apresentava Zika. Outro ponto interessante do estudo foi a análise dos cérebros dos bebês com microcefalia. Apenas em sete de 27 casos que foram submetidos a tomografias computadorizadas foi possível identificar anomalias cerebrais nos bebês com perímetro encefálico menor.

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