O município de Brumado vive uma crise hídrica em razão da estiagem prolongada. Para falar sobre o assunto, o site Achei Sudoeste conversou com o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB). Segundo ele, a convivência com a seca na caatinga é algo previsível, porém com os paradigmas oferecidos pela Embasa tem sido difícil. "A Embasa é uma tragédia anunciada por mim de longa data. Infelizmente, a sociedade não entendeu isso e o próprio legislativo nunca se colocou ao lado do executivo (...) Tá provado que essa empresa não tem competência para assumir com responsabilidade, tanto é que até hoje várias comunidades no município não têm abastecimento de água", criticou. O prefeito destacou que viabilizou com muito custo, junto ao governador, a autorização da ordem de serviço para a extensão da água da adutora do algodão para as comunidades de Samambaia, Ubiraçaba, Lagoa de São João, entre outras, onde, segundo Vasconcelos, 5 mil pessoas morrem de sede. “Existem pessoas, aventureiros na política, gongando e dizendo que são eles que estão trazendo a água para essas comunidades. Isso nasceu de uma ideia, um projeto nosso, de uma luta do gestor de Brumado no sentido de dotar aquela região de água”, salientou.
Para ele, a Embasa não cumpre o seu papel de distribuir água para a população e coletar o esgoto. “Ela não faz uma coisa e nem outra. O que ela fatura aqui em Brumado ela não dá o retorno no esgoto e nem tampouco torna a universalização da distribuição da água no interior do município, que é sua obrigação. É mais um atestado de incompetência dessa empresa”, reiterou. Vasconcelos ainda citou que até nas escolas municipais falta água e o Município tem feito um “esforço hercúleo” para suprir essa demanda. Por fim, o gestor disse que sonha em colocar uma empresa séria para servir à população na cidade.