O conselheiro João Bonfim, é o relator de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) que encontrou falhas na transparência do governo de Rui Costa (PT) quanto às despesas no combate a Covid-19, o novo coronavírus. A auditoria começou no dia 31 de março e foi concluída na última segunda-feira (15). Segundo o presidente do TCE, Gildásio Penedo, o relatório é preliminar e tem diversos achados. “Ele será levado agora a julgamento e acompanhado, sobretudo, às medidas que serão impostas a administração no sentido da correção nas eventuais irregularidades que foram apontadas no trabalho de auditoria”, afirma. De acordo com o TCE, o estado tem conseguido comprar equipamentos e insumos necessários para tentar frear o avanço da Covid-19 a preços abaixo da média registrada pelos demais estados. Mas o portal destinado ao detalhamento dos gastos não contém todas as contratações realizadas. Ainda segundo o tribunal, a divulgação demora para ser feita e o site não permite a gravação em meio eletrônico das informações disponibilizadas. De acordo com o Muita Informação, no relatório, os auditores sugerem alertas e determinações sobre a necessidade de avaliação dos riscos das aquisições, inclusão de garantias nos contratos e transparência das operações. São apresentados também resultados sobre a aquisição de ventiladores mecânicos. Os auditores dizem que a Bahia já contratou, através de pagamento antecipado, respiradores pulmonares junto a seis empresas internacionais diferentes, de forma independente ou por intermédio do Consórcio Nordeste. Segundo o relatório, apenas as empresas Asano e Leistung entregaram a encomenda, no total de 219 equipamentos e ao custo de R$ 11,5 milhões até o momento. A Tianjin e Pulsar não entregaram os produtos, mas devolveram os recursos recebidos.