O governo da Bahia concluiu na terça-feira (8) o acordo de confidencialidade com o governo da Rússia para que todas as informações científicas da vacina contra a Covid-19 russa "Sputinik V" sejam repassadas para a Bahiafarma. Na prática, o acordo marca um avanço nas negociações entre Rússia e Bahia, que a partir de agora poderá ter acesso à de tecnologia usada na produção do imunizante. “Faz parte da pesquisa da ciência o sucesso e, às vezes, o insucesso de determinadas linhas de pesquisa. Vocês acompanharam as declarações que eu dei nos últimos dias, sobre essa questão da linha de vacina, porque a ciência é assim: você abre linhas de pesquisa, algumas vão dar certo, outras não vão dar certo. É por isso é que, o ideal, é que o país planeje apoiar e participar de várias pesquisas de vacina”, contou o governador da Bahia, Rui Costa. De acordo com o governo, o próximo passo é a instituição decidir se vai dar seguimento no projeto. O protocolo do governo russo será submetido ao comitê de ética do Instituto Couto Maia, depois ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conepe), em Brasília - e também à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Nós estamos em negociação com a Rússia já há duas semanas. Semana passada nós tivemos duas reuniões, uma na quinta e uma na sexta. E nós assinamos um, já havíamos assinado um memorando de entendimentos visando iniciar as tratativas pra testar aqui no Brasil a vacina russa Sputinik V em 500 sujeitos, em 500 participantes", disse o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.