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Saúde
14 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

No Brasil, ter todos os dentes pode ser visto como um troféu para boa parte da população. Isso porque, com as dificuldades do acesso à saúde bucal gratuita, muita gente opta por arrancá-los quando eles não se apresentam sadios. Não é à toa que cerca de 14 milhões de brasileiros acima de 18 anos vivem sem nenhum dente, e outros 34 milhões já perderam 13 ou mais dentes, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os idosos representam a maior porcentagem dessas pessoas, com 31,7%. Mesmo após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Política Nacional de Saúde Bucal – chamada de Brasil Sorridente, tornando-se um direito garantido por lei e com previsão de acesso contínuo aos respectivos serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), muita gente não consegue um dentista gratuito e não tem o dinheiro para tratar dos dentes. A questão começa a vir à tona com a aproximação do dia 24 de outubro, quando se celebra o Dia Nacional da Saúde Bucal. A data surge justamente para combater os índices que demonstram a precariedade da saúde bucal da população brasileira. Na Bahia, o acesso à saúde bucal é um direito que o poder público tem se esforçado para garantir. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), somente em 2023, 63.562 pessoas já foram atendidas em três programas distintos da Estratégia Odontomóvel: Saúde Bucal Itinerante, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Faltam dados recentes para nortear os poderes públicos sobre quantas pessoas tem questões com a saúde bucal na Bahia. Conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia possui 9,1% da população sem nenhum dente, considerando pessoas acima dos 18 anos. Os dados são do ano de 2013. Naquela época, embora quase 90% dos adultos baianos (86,9% das pessoas) afirmassem escovar os dentes ao menos duas vezes por dia, só 4 em cada 10 (42,9%) usavam pasta, escova e fio dental na higiene bucal. As informações são do Tribuna da Bahia.

Fiocruz oficializa pedido para produzir vacina contra dengue no Brasil Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) formalizou um pedido ao Ministério da Saúde para desenvolver uma vacina contra a dengue no país. As informações são da Agência Brasil. Caso aceita, a produção será da vacina Qdenga, da fabricante japonesa Takeda, por meio de um acordo de transferência de tecnologia na modalidade Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). As informações foram confirmadas pela Takeda e pela Fiocruz. A instituição brasileira disse, em nota, que poderá dar mais detalhes sobre o processo “após a avaliação da proposta encaminhada”. O Ministério da Saúde já havia comunicado anteriormente que foram compradas quatro milhões de doses da vacina do laboratório japonês em 2024 e que, para 2025, havia contrato para distribuição de nove milhões de doses. Segundo dados da pasta, que constam no painel de monitoramento de arboviroses, foram 6.547.438 de casos prováveis de dengue, 5.613 mortes confirmadas e 1.499 óbitos em investigação em 2024. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue. A organização recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão de dengue. A Qdenga deve ser administrada em esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas – esquema vacinal atualmente adotado no Brasil. O imunizante teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização da vacina no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do ano passado, o ministério anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina começou a ser aplicada na rede pública de saúde em fevereiro. Em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo próprio fabricante, a imunização foi feita apenas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos. Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a dose em razão da ausência de estudos clínicos. Além da Qdenga, também está em desenvolvimento uma vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan. A previsão é que, ainda este ano, o pedido de registro seja submetido à Anvisa.

Brasil é o 4º país mais estressado do mundo, mostra relatório Foto: Reprodução/Hospital Santa Mônica

O Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, de acordo com o relatório global “World Mental Health Day 2024“, divulgado pelo Instituto Ipsos na segunda-feira (14). Além disso, cerca de 77% da população brasileira já refletiu sobre a importância de cuidar da saúde mental, um percentual bastante expressivo. Os brasileiros que participaram da pesquisa indicaram a saúde mental como o principal problema de saúde enfrentado no país e essa preocupação aumentou nos últimos anos. Apenas 18% citavam a saúde mental como o principal problema, em 2018. O salto aconteceu durante a pandemia, quando o tema foi o mais citado por 40% dos entrevistados em 2021, 49% em 2022 e 52% no ano passado, atingindo um novo pico agora em 2024, com 54%. Para realizar o relatório, a Ipsos entrevistou um total de 23.274 adultos entre 18 e 74 anos em 31 países, incluindo, além do Brasil, a Austrália, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Estados Unidos, Nova Zelândia, Colômbia, México, África do Sul, Coreia do Sul, Índia, Argentina e mais. As entrevistas foram feitas por plataforma online entre 21 de julho e sexta-feira, 4 de agosto de 2023.

Anvisa autoriza testes de vacina inédita para hanseníase Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (14), o início dos testes da vacina LepVax, a primeira para a hanseníase que será avaliada no país. As informações são do Tribuna da Bahia. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) será responsável pelo ensaio. Já o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) é o patrocinador. Segundo a Fiocruz, o estudo terá participação de 54 voluntários sadios. Além de avaliar a segurança e a imunogenicidade da vacina, a pesquisa vai investigar a segurança em duas formulações da vacina, com baixa e alta dose de antígeno. Para isso, os participantes serão divididos aleatoriamente em três grupos. Dois receberão a vacina, sendo um com dose baixa e outro com dose alta. O terceiro grupo receberá o placebo. Independentemente da dosagem, baixa ou alta, a vacinação será realizada em três aplicações, com intervalo de 28 dias entre elas. Depois disso, os participantes serão acompanhados por um ano, totalizando 421 dias de ensaio clínico.

Bahia registra 31.228 internações por doenças cardíacas em 2024 Foto: Freepik/Tribuna da Bahia

A cada minuto, uma pessoa chega a um pronto-socorro no Brasil com crises agudas relacionadas a doenças do coração, como insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio. As informações são do Tribuna da Bahia. Em 2023, o país registrou 641.980 internações por essas causas, um dado alarmante que gera preocupação na Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), especialmente com o aumento da demanda no Sistema Único de Saúde (SUS). Na Bahia, o cenário é igualmente grave. Em 2023, o estado contabilizou 63.975 internações, sendo 31.228 ocorrências somente neste ano. As principais causas das internações incluem doenças isquêmicas do coração, com 7.937 casos, infarto agudo do miocárdio, com 5.023, e hipertensão essencial, com 2.194. Camila Lunardi, presidente da ABRAMEDE, destaca a importância de uma formação adequada para médicos que atuam em departamentos de emergência. Embora a Residência Médica em Medicina de Emergência seja reconhecida desde 2015, nem todas as regiões têm acesso a essa especialização, o que dificulta a capacitação dos profissionais. Lunardi enfatiza que é fundamental que médicos com experiência em prontos-socorros recebam educação continuada para garantir um atendimento de qualidade. Além disso, ela aponta que muitos hospitais carecem de recursos essenciais para o tratamento de emergências cardíacas, como departamentos de hemodinâmica, onde pacientes em estado crítico podem ser atendidos rapidamente. A capacitação dos médicos para reconhecer as doenças cardiovasculares mais graves é crucial. Lunardi propõe a criação de uma rede de assistência médica interligada, que permita a transferência ágil de pacientes entre centros de referência. A preocupação da ABRAMEDE é que, na maioria dos prontos atendimentos vinculados ao SUS, os médicos estejam bem treinados e capacitados para agir rapidamente e com precisão.

Nova variante do vírus Sars-CoV-2 é identificada em três estados Foto: Débora Barreto/Fiocruz

Uma linhagem do vírus Sars-CoV-2 que vem se espalhando pelo mundo foi detectada no Brasil. A linhagem, chamada de XEC, que pertence à variante Omicron, foi identificada no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina. O primeiro achado foi realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras referentes a dois pacientes residentes na capital fluminense, diagnosticados com covid-19 em setembro. A identificação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que atua como referência para Sars-CoV-2 junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde e as secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro foram rapidamente informados sobre o achado. As sequências genéticas decodificadas foram depositadas na plataforma online Gisaid nos dias 26 de setembro e 7 de outubro. Depois das sequências do Rio de Janeiro, também foram depositados, por outros grupos de pesquisadores, genomas da linhagem XEC decodificados em São Paulo, a partir de amostras coletadas em agosto, e em Santa Catarina, de duas amostras coletadas em setembro.

Bahia registra 919 mortes por câncer de mama até julho de 2024 Foto: Divulgação/Sesab

O Outubro Rosa é um mês dedicado à campanha de conscientização sobre o câncer de mama, destacando, especialmente, a necessidade do tratamento adequado e do diagnóstico precoce da doença que já causou a morte de 919 pessoas na Bahia, sendo 907 de mulheres e 12 de homens, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), referentes a 25 de setembro de 2024. Já os casos de internação, até julho deste ano, chegaram a 2.705 ocorrências (2.679 de mulheres e 26 de homens). Em 2023, foram registradas 4.071 de hospitalizações (4.005 de mulheres e 66 de homens), com 1.223 óbitos (1.209 de mulheres e 14 de homens).  Para auxiliar na investigação, a mamografia é o principal exame usado para o rastreio desta enfermidade que impacta a saúde, principalmente das mulheres. Dados da pesquisa “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, feito pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, para o triênio 2023/2025, estimam que o número de câncer de mama diagnosticado, a cada 100 mil habitantes, deve chegar a 4,2 mil na Bahia, anualmente.   

Ministério da Saúde lança campanha contra dengue, zika e chikungunya Foto: Divulgação/Raul Santana/Fiocruz

O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (8) a campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, que tem o objetivo de incentivar a população para combater a dengue, zika e chikungunya, eliminando os focos de reprodução do Aedes Aegypti, mosquito transmissor dessas doenças. As informações são da CNN. A campanha conta com investimento de R$ 1,5 bilhão e visa orientar as pessoas a dedicarem 10 minutos do seu dia para remover criadouros do mosquito. Além disso, a campanha vai fornecer informações sobre diagnóstico precoce, cuidados médicos, risco de automedicação e a localização de postos de saúde. A iniciativa será divulgada amplamente por canais de TV abertos, rádio, internet, carros de som e pontos de grande circulação. Segundo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a intenção é reduzir o número de casos e óbitos e preparar a população para a próxima temporada de chuvas. Sobre a vacinação, a ministra admitiu que a disponibilidade segue pequena devido à quantidade de doses fornecidas pelos fabricantes. Até 1º de outubro deste ano, o Brasil registrou 6.533.585 casos prováveis de dengue. Em todo 2023, foram 1.649.146. Em relação ao zika, até 21 de setembro, houve 6.311 casos prováveis, contra 11.534 de 2023. Para a chikungunya, até este mês, foram contabilizados 258.396 casos prováveis, enquanto em 2023 o total foi de 158.060.

Ministério da Saúde vai entrevistar vítimas de violência em atendimento hospitalar Foto: Reprodução

Profissionais treinados e identificados visitarão hospitais de todo país para entrevistar pessoas vítimas de violência. Trata-se da 6ª edição do Viva Inquérito, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde. O objetivo é levantar o perfil dessas pessoas para identificar fatores de risco e propor medidas preventivas adequadas. Por meio de entrevistas, a pesquisa busca descrever o perfil das vítimas de violências (interpessoais e autoprovocadas) e de acidentes (como de trânsito, quedas, queimaduras, entre outros) atendidas em unidades de urgência e emergência. Além disso, vai identificar os fatores de risco e proteção relacionados a esses eventos, sugerindo estratégias para a vigilância e prevenção desses agravos. Em 2024, o Viva Inquérito contará com uma amostra representativa dos serviços de urgência e emergência de todo o país. A seleção dos serviços de saúde participantes foi realizada por meio de sorteios aleatórios com base em critérios científicos. Esta edição esteve em fase de pré-teste ao longo de todo o mês de setembro. O Ministério da Saúde entrou antes em contato com os hospitais selecionados para participar da pesquisa. “Para o sucesso desta pesquisa, é essencial que gestores e trabalhadores da saúde estejam devidamente sensibilizados. Esse processo é crucial para que compreendam não apenas a importância do estudo e seus impactos na saúde pública, mas também para que facilitem o acesso dos pesquisadores aos serviços, garantindo a coleta de dados de forma eficaz e colaborativa”, aponta a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Transmissíveis (Daent) da pasta, Letícia Cardoso. Os coletadores de informações estarão identificados com crachás e roupas com logos do Viva Inquérito e apresentarão ofícios do Ministério da Saúde nos serviços em que serão realizados o estudo. A pesquisa tem a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conepe).

AVC: Estudo revela que casos aumentaram 70% em 31 anos Foto: EBC

O acidente vascular cerebral (AVC), que ocorre devido ao entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, teve um aumento de 70% entre os anos de 1990 e 2021, de acordo com um novo estudo publicado na quarta-feira (18) na revista científica The Lancet Neurology. No total, foram 11,9 milhões de novos casos. Além disso, o trabalho mostra que as mortes pela condição aumentaram em 40% no período analisado e a perda de saúde relacionada ao derrame cresceu 32%. Responsável pelo óbito de 7,3 milhões de pessoas até 2021, o AVC se tornou a terceira doença mais mortal do mundo, perdendo apenas para a doença cardíaca isquêmica e a Covid-19. “O crescimento global do número de pessoas que desenvolvem derrame e morrem ou permanecem incapacitadas por derrame está crescendo rapidamente, sugerindo fortemente que as estratégias de prevenção de derrame atualmente usadas não são suficientemente eficazes”, sugere o autor principal, professor Valery L Feigin, da Universidade de Tecnologia de Auckland, Nova Zelândia, em comunicado. O que chama atenção dos pesquisadores é que esse crescimento foi atribuído a alguns fatores de risco modificáveis no quadro de 23 fatores gerais. Um exemplo é o alto índice de massa corporal (IMC), que pode indicar sobrepeso ou obesidade, associado a 88% dos novos casos. Outras causas evitáveis apontadas foram o alto nível de açúcar no sangue (aumento de 32%), dieta rica em bebidas adoçadas com açúcar (aumento de 23%), baixa atividade física (aumento de 11%), alta pressão arterial sistólica (aumento de 7%) e dieta pobre em ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 (aumento de 5%). “A perda de saúde relacionada ao AVC impacta desproporcionalmente muitos dos países mais desfavorecidos da Ásia e da África Subsaariana devido ao crescente fardo de fatores de risco descontrolados, especialmente pressão alta mal controlada e níveis crescentes de obesidade e diabetes tipo 2 em adultos jovens, bem como a falta de serviços de prevenção e cuidados com AVC nessas regiões”, ressalta a coautora Catherine O. Johnson, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, nos EUA. O aumento da temperatura global também causou um agravamento do cenário. Sozinho, este fator foi responsável por elevar em 72% a saúde precária e morte prematura devido a derrame. De acordo com os pesquisadores, essa porcentagem provavelmente será ainda maior no futuro. No mesmo sentido, foi mostrado pela primeira vez contribuição em larga escala da poluição atmosférica por partículas para a hemorragia subaracnóidea (hemorragia cerebral fatal). “Dado que a poluição do ar ambiente está reciprocamente ligada à temperatura ambiente e às mudanças climáticas, a importância de ações climáticas urgentes e medidas para reduzir a poluição do ar não pode ser superestimada”, pondera Johnson.

Anvisa aprova atualização de vacina contra Covid-19 Foto: Peter Ilicciev/Fio Cruz

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou - por unanimidade - uma instrução normativa que prevê a atualização da composição de vacinas contra a Covid-19. A medida é adotada para evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 pelo país. De acordo com a relatora da matéria, a diretora Meiruze Sousa Freitas, a evolução constante do tipo de coronavírus SARS-CoV-2 exige que as vacinas sejam atualizadas periodicamente para lidar com as novas variantes do vírus. “O aprendizado que tivemos com a pandemia trouxe à tona a necessidade de respostas regulatórias mais ágeis. Para reduzirmos a chance de danos, é preciso reduzirmos lacunas no arcabouço regulatório. Elas precisam ser ajustadas em tempo real para atendermos as demandas urgentes de uma crise sanitária”, argumentou Meiruze. A proposta normativa inclui a resolução da diretoria colegiada e a instrução normativa que tratam das atualizações das vacinas, estabelecendo, segundo ela, “critérios claros e eficientes para atualização das vacinas no Brasil, de forma alinhada com as diretrizes internacionais e a evolução do cenário epidemiológico”.

Mais de 900 pessoas já morreram de Alzheimer na Bahia em 2024 Foto: Dean Mitchell/Getty Images

A doença de Alzheimer, uma das formas mais comuns de demência, representa uma preocupação crescente na Bahia. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em 2024, já foram registrados 905 óbitos causados por essa condição, sendo 573 mulheres e 332 homens entre as vítimas. A maioria dos casos (80,9%) envolve pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, neste ano, 41 internações relacionadas à doença também foram contabilizadas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil poderá ter cerca de 5,5 milhões de pessoas com Alzheimer até 2050. Atualmente, pelo menos 1,76 milhão de brasileiros acima dos 60 anos convivem com essa enfermidade. As informações são do Tribuna da Bahia.

Bahia já registrou 201 mortes por câncer de pele este ano Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

Com a aproximação da primavera e do verão, o predomínio de altas temperaturas atrai banhistas para as praias, porém, a exposição excessiva ao sol pode ocasionar sérios riscos à saúde, principalmente à pele. As informações são do Tribuna da Bahia. De acordo com levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a expectativa é que o país registre cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele por ano, no triênio 2023 a 2025. Na Bahia, já são 10.322 internações por neoplasias malignas (câncer) de pele, entre 2020 e 2024, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Deste total, foram 1.400 somente este ano e, ainda conforme a pasta, dos pacientes com a doença na Bahia, 1.358 vieram a óbito neste período, sendo 201 contabilizados até esta terça-feira (17). O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o INCA. Ele apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente, e entre os tumores de pele, é o mais comum e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas. Este tipo da doença é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos, e é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. A doença é tratada, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e a orientação do Ministério da Saúde é que a população suspeite de qualquer mudança persistente na pele. Ao identificar lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para confirmação do diagnóstico e tratamento. Quanto mais precoce for sua identificação, melhores serão os resultados do tratamento.

Anvisa alerta sobre risco de remédios contra obesidade antes de anestesia Foto: G1/Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta segunda-feira (16) sobre os riscos do uso de medicamentos agonistas GLP-1 em pacientes que passarão por anestesia ou sedação profunda. Entre os remédios mencionados estão a semaglutida, liraglutida, lixisenatida, tirzepatida e dulaglutida. As informações são do G1. Esses medicamentos, usados principalmente no tratamento de diabetes e obesidade, podem retardar o esvaziamento do estômago, o que aumenta o risco de aspiração durante procedimentos médicos. Isso significa que o conteúdo do estômago pode entrar nos pulmões, o que pode resultar numa pneumonia. Por esse motivo, a agência alerta que os profissionais de saúde devem verificar se os pacientes que passarão por cirurgias fazem uso desses medicamentos. A Anvisa alerta ainda que, nesses casos, os profissionais devem tomar as devidas precauções para garantir a ausência de conteúdo gástrico residual antes da anestesia. Da mesma forma, os pacientes devem informar seus médicos sobre o uso desses medicamentos, caso tenham uma cirurgia marcada. Se houver reações adversas, elas devem ser notificadas no sistema VigiMed da Anvisa. A plataforma permite que cidadãos, profissionais de saúde, detentores de registro de medicamentos e patrocinadores de estudos possam reportar suspeitas de eventos adversos relacionados a medicamentos e vacinas.

Bahia aparece entre as regiões do Brasil mais afetadas por Mpox Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

A Bahia tem sido recentemente identificada como uma das regiões com os maiores quantitativos de casos de Mpox no Brasil, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. As informações são do Tribuna da Bahia. De acordo com o informe semanal do Ministério da Saúde, de janeiro até a primeira semana de setembro, foram registrados 1.015 casos prováveis ou confirmados da doença. O estado destaca-se entre as regiões mais afetadas, com 40 casos registrados até o momento. O Brasil superou a marca de mil casos de Mpox. O número de casos da doença já ultrapassou o total notificado em todo o ano de 2023, quando aproximadamente 800 ocorrências foram contabilizadas no país. O perfil dos casos confirma uma predominância entre homens, com mais de 900 infecções na faixa etária de 18 a 39 anos. Apenas um caso foi registrado em crianças de até quatro anos, e nenhum caso foi registrado em gestantes até agora. Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, não foram registrados casos de mortes por mpox no Brasil em 2024. Além disso, a nova variante 1b da doença, identificada pela primeira vez em setembro do ano passado na República Democrática do Congo, também não foi notificada no país.

Brasil supera marca de mil casos de mpox em 2024 Foto: Getty Images

De janeiro até a primeira semana de setembro deste ano, o Brasil registrou 1.015 casos confirmados ou prováveis de mpox. O número supera o total de casos notificados ao longo de todo o ano passado, quando foram contabilizados 853. Há ainda 426 casos suspeitos da doença. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde em informe semanal. De acordo com o boletim, o Sudeste concentra a maior parte dos casos de mpox no país, 80,9% ou 821 do total. Os estados com maiores quantitativos de casos são São Paulo (533 ou 52,5%), Rio de Janeiro (224 ou 22,1%), Minas Gerais (56 ou 5,5%) e Bahia (40 ou 3,9%). Apenas duas unidades federativas seguem sem registro de casos confirmados ou prováveis: Amapá e Piauí. São Paulo lidera a lista de municípios com maior número de casos confirmados e prováveis da doença (370 ou 36,5%), seguido pelo Rio de Janeiro (167 ou 16,5%), Belo Horizonte (43 ou 4,2%), Salvador (28 ou 2,8%) e Brasília (23 ou 2,3%). Entre os atuais 426 casos suspeitos no Brasil, o estado de São Paulo responde por 39,7%, com 169 casos.

Usar celular não aumenta risco de câncer, diz estudo Foto: Getty Images

Uma pesquisa apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada nesta terça-feira (3) na Environment International derrubou o mito de que o uso de celulares pode aumentar o risco de câncer. O estudo aponta que mesmo os aparelhos de longo alcance, que emitem ondas altas de radiofrequência, são inofensivos. A conclusão é fruto de uma revisão de estudos feita na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisou 63 estudos feitos em 22 países e publicados de 1994 a 2020. Ao todo, foram avaliadas 119 combinações de radiofrequência e seus impactos em células tumorais de cânceres de cérebro, meninges, nervo acústico, leucemias e glândulas pituitária e salivar. “É natural que uma tecnologia que se difundiu tão rapidamente tenha levantado suspeitas no início, mas descobrimos que o risco não é real. Não encontramos riscos aumentados de câncer mesmo em relação a transmissores de rádio ou TV ou estações base de sinal de celular”, explica o epidemiologista Mark Elwood, coautor do estudo, em comunicado à imprensa.

Café levemente torrado contribui com ganho muscular e perda de gordura Foto: Reprodução/Metrópoles

Pesquisadores espanhóis encontraram evidências de que o café levemente torrado pode contribuir com o ganho de massa muscular e a perda de gordura. A descoberta foi publicada na revista Nutrients, em julho deste ano. As informações são do Metrópoles. O consumo do café é constantemente relacionado a uma série de benefícios à saúde, como a proteção do coração e prevenção de doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson, por ser rico em antioxidantes, minerais, vitaminas e flavonoides. No novo estudo, os pesquisadores investigaram como a bebida se relaciona com o ganho de massa magra e a perda de peso. Para tanto, eles contaram com a participação de 38 adultos com idades entre 18 a 65 anos e índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 35 kg/m² – equivalentes a sobrepeso e obesidade. Durante um período de 12 semanas, os participantes deveriam beber três xícaras de café por dia, sendo ele do tipo torrado arábica (RC) da Colômbia ou experimental levemente torrado (LRC). Nos três meses do experimento, os pesquisadores coletaram informações como a pressão arterial, medidas antropométricas (altura, peso, IMC e circunferência da cintura) e a bioquímica sanguínea dos participantes. Também foi medida a composição corporal por bioimpedância, para acompanhar a evolução da quantidade de gordura, massa muscular e gordura visceral. Os resultados mostraram que a porcentagem de gordura corporal diminuiu em média 1% entre as pessoas que consumiram o café torrado. Para os que beberam café levemente torrado, a redução foi maior, de 1,4%. Já a massa muscular dos participantes cresceu 0,7% e 0,8%, respectivamente. Os autores do estudo consideram que, embora nenhuma alteração no peso corporal total ou variáveis relacionadas à síndrome metabólica tenham sido detectadas, o consumo moderado de um café rico em polifenol pode mitigar alguns dos efeitos negativos na composição corporal de uma dieta desequilibrada em pessoas com sobrepeso ou obesas. “Ambos os cafés (o experimental e o controle) mostraram reduzir significativamente a porcentagem de gordura corporal e aumentar a porcentagem de massa muscular em pessoas com sobrepeso ou obesas. Nesse sentido, o café levemente torrado parece ser superior em induzir mudanças positivas no tecido adiposo”, escreveram. Os autores do estudo ponderam que são necessários mais estudos com uma quantidade maior de participantes para confirmar os resultados da pesquisa. Também devem ser avaliados outros fatores, como a qualidade do sono e alimentação dos indivíduos.

Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano Foto: Reprodução/Agência Brasil/Pixabay

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 6.500.835 casos prováveis de dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizam ainda 5.244 mortes confirmadas e 1.985 em investigação para a doença. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 3.201,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os números mostram que 55% dos casos de dengue foram identificados entre mulheres e 45% entre homens. As faixas etárias que mais contabilizaram infecções pela doença são de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; e de 40 a 49 anos. Já os grupos menos atingidos são crianças com menos de 1 ano; idosos com 80 anos ou mais; e crianças de 1 a 4 anos. São Paulo lidera o ranking de estados que registraram maior número de dengue grave ou com sinais de alarme este ano, com um total de 24.825 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (15.101), Paraná (13.535) e Distrito Federal (10.212). Já os estados com menos casos graves ou com sinais de alarme são Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33) e Sergipe (62). As informações são da Agência Brasil.

Após baixo resultado, Butantan encerra estudo para vacina contra Covid-19 Foto: Divulgação/GOVSP

O Instituto Butantan confirmou na sexta-feira (23), em nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a Covid-19. Os estudos para a vacina estavam na chamada Fase II, que contava com testes em 400 voluntários. Porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país. “De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota. “O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado. A vacina era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S e estava sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos. As informações são da Agência Brasil.

Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram na sexta-feira (23) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade. Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”. Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa. “Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota. Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”. “É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou. Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”. Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”. “Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde”. As informações são da Agência Brasil.

Tailândia confirma primeiro caso de nova variante da mpox Foto: Reprodução/Correio

O Ministério da Saúde Pública da Tailândia confirmou o primeiro caso da nova variante 1b da mpox no país. As informações são do jornal Correio. Em nota, a pasta informou que o paciente, um homem de 66 anos, viajou recentemente pelo continente africano, que enfrenta epidemia dessa variante. Ele retornou à Tailândia no dia 14 de agosto e, no dia seguinte, apresentou febre e outros sintomas compatíveis com a mpox, sendo internado para tratamento. Uma equipe de vigilância sanitária contabilizou 43 pessoas que tiveram contato próximo com o paciente, inclusive pessoas que também estiveram no continente africano, e foram orientadas a observar, ao longo dos próximos 21 dias, o aparecimento de sintomas como febre, erupção cutânea e gânglios linfáticos aumentados. Caso algum sinal da doença se manifeste, a recomendação do ministério tailandês é procurar atendimento médico. Viajantes com sintomas consistentes com mpox, de acordo com a nota, serão isolados e colocados em quarentena. Em seguida, autoridades sanitárias farão a coleta de amostras para confirmação ou descarte de casos, além de exames físicos adicionais. Desde 2022, a Tailândia confirmou 827 casos de mpox, sendo 140 em 2024 – todos, até então, da variante antiga. Antes da Tailândia, um caso da nova variante 1b já havia sido confirmado na última quinta-feira (15), um dia depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o cenário de mpox na África emergência em saúde pública de interesse internacional – o mais alto nível de alerta da entidade. A detecção da variante na Suécia foi a primeira fora do continente africano. Autoridades sanitárias suecas informaram, à época, que o paciente também foi infectado durante passagem pela África e seguia em tratamento.

Brasil registra morte por coqueluche após três anos Foto: Getty Images

O Brasil recentemente registrou uma morte causada por coqueluche, marcando o primeiro óbito pela enfermidade no país em três anos. A doença, uma infecção respiratória aguda provocada pela bactéria Bordetella pertussis, é altamente contagiosa e pode ser especialmente grave para lactantes, levando a complicações severas e, em alguns casos, à morte. Desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, o Brasil tem registrado um Coeficiente de Incidência de coqueluche de 0,1/1.000.000 habitantes. A pandemia influenciou significativamente a notificação de casos, resultando em uma queda substancial em 2020, seguida por um aumento em 2022 e uma nova redução em 2023. Em 2024, o país tem observado um aumento no número de casos nas regiões Sul e Sudeste, embora os números ainda não sejam alarmantes. De acordo com os dados de 2023 e 2024, exceto por um caso confirmado em Salvador em 2023, as análises de culturas e PCR realizadas pelo Lacen não detectaram coqueluche. No mesmo período, observou-se um aumento no número de casos positivos para rinovírus, mas não foram registrados óbitos por coqueluche até agora. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 2021 69 casos foram notificados e 12 confirmados. Já neste ano, houve notificações de oito casos, mas nenhum foi confirmado.

Variante do HIV é detectada na Bahia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul Foto: Divulgação

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, na sexta-feira (16). Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países. De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa. Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos. Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

Suécia confirma 1º caso no país da variante mais grave de mpox Foto: NIAID

A Suécia confirmou nesta quinta-feira (15) seu primeiro caso de mpox do “tipo mais grave” da doença que recebeu esta semana o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Tivemos a confirmação durante a tarde de que temos um caso na Suécia do tipo mais grave de mpox, aquele chamado Clado I”, disse o ministro da Saúde do país, Jakob Forssmed, em uma entrevista coletiva. Ainda segundo ele, o paciente em questão foi infectado durante o período em que viajou para o continente africano, onde existe um grande surto de mpox do Clado I. Na Suécia, esse paciente teve a infecção cofirmada e está sob cuidados médicos. A nova variante que está preocupando a OMS faz parte justamente desse clado (mas o Clado Ib, em específico) e parece estar se espalhando mais facilmente por meio de contatos próximos rotineiros, como é o caso entre crianças. A Suécia, contudo, não confirmou se o novo clado é especificamente o Ib, esse que está relacionado com a rápida propagação da mpox que vem acontecendo no continente africano, ou o Ia, que é transmitido principalmente por roedores e tem pouca propagação entre humanos. Se confirmada, contudo, esta seria a primeira vez que o Clado Ib é identificado fora do continente africano. Além do Clado Ib, existem mais outras três variantes reconhecidas do vírus: o Clado Ia, presente na Bacia do Congo, com mortalidade de até 10%, transmitido principalmente por roedores e com pouca propagação entre humanos; o Clado IIa, que ocorre na África Ocidental, com baixa mortalidade; e o Clado IIb, que provocou o surto de 2022 no Brasil e em outros países do mundo. Os cientistas ainda desconhecem a causa genética das diferenças na virulência (sua capacidade de produzir casos graves e fatais) e transmissão desses vírus.Também não está claro se essas mudanças são resultado apenas de fatores comportamentais e ambientais ou se o vírus da mpox está se adaptando a um novo hospedeiro. As informações são do G1.

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