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De cada 10 suicídios que ocorreram na Bahia, 8 vítimas eram do sexo masculino

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) visando contribuir com a temática da prevenção ao suicídio lança nesta terça-feira (14) um dashboard com os dados sobre os suicídios na Bahia em parceria com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). Esse ano a temática tem uma relevância especial devido às implicações da pandemia da Covid-19 na saúde mental da população em geral. Em 2020, foram registrados 680 casos de suicídios na Bahia. Esse número equivalia a 4,6 vítimas de suicídio a cada 100 mil baianos. Contudo, esse contingente era menor 2,4% do que os registros de 2019, quando o estado registrou o maior volume de suicídios dos últimos 10 anos. Embora seja uma redução significativa, a tendência identificada é de que esse é um fenômeno em expansão no estado, que é o 23º entre todas as 27 unidades da federação. Os resultados iniciais sugerem que mesmo em vigência do atual quadro pandêmico, iniciado ainda no primeiro trimestre de 2020, não se observou um aumento dos casos na Bahia. Os padrões de vitimização por suicídios indicam que os homens são mais propensos a cometer atos violentos contra si mesmo. De cada 10 suicídios que ocorreram no estado em 2020, 8 vítimas eram do sexo masculino. Essa caracterização não apresentou mudanças. De igual forma, os adultos (entre 30 e 59 anos) são o grupo mais suscetível a cometer esse tipo de violência. Eles respondiam por pouco mais da metade dos casos (54,0%), seguido dos jovens (de 20 a 29 anos) com 18,8% e dos idosos (acima de 60 anos de idade), com 18,4% no total de vítimas. No que se refere aos aspectos situacionais, o domicílio continua sendo o principal espaço para o cometimento desse tipo de violência: 59,7%. Isto significa dizer que, aproximadamente, 6 em cada dez suicídios, ocorreram dentro do domicílio. Outro agravamento nos aspectos situacionais refere-se aos instrumentos utilizados. Conforme já observado em outros anos, os enforcamentos ainda constituem o principal método que as vítimas utilizam para dar fim ao seu sofrimento psicológico. Na Bahia, os enforcamentos estavam presentes em 71,3% dos casos, seguidos da intoxicação por substâncias tóxicas (10,7%), armas de fogo (7,5%) e outras causas, que concentravam 10,4% dos casos.

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