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Ministério da Economia vê resorts como pontos para cassinos no País, diz secretário
Foto: Divulgação

As discussões para viabilizar a presença do cassino online Brasil cresce a cada dia. A ideia é que as plataformas não estejam apenas na internet, mas também nos resorts e hotéis brasileiros, acabando com uma proibição que vigora no país desde 1946, após decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. A proposta tem o apoio de setores do Ministério da Economia e da sociedade civil. Em webinar promovido recentemente no fim de agosto, Gustavo Guimarães, chefe da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia, afirmou que a ideia em debate é tornar viável a constituição dos resorts integrados, algo que está em debate em projetos de lei no Congresso Nacional. “Pela nossa visão é de que existem investimentos vultosos, não só dos próprios players, mas também do Estado e da regulação rigorosa. Venho do setor financeiro, pois sou funcionário de carreira do Banco Central do Brasil e sempre olho para a questão dos cassinos com a mesma visão. É um setor muito importante e que precisa ser bem regulado”, disse. Guimarães revelou que acompanha no Congresso Nacional o trâmite das discussões sobre cassinos já que “é uma demanda não só da indústria, mas também da sociedade”. “Entendemos também que o turismo irá se beneficiar bastante do avanço dessa discussão no Brasil. Há um potencial imenso de arrecadação e tem muito a contribuir para o país em termos de emprego, renda e desenvolvimento e arrecadação”, afirmou. Também presente no evento online, Karen Sierra Hughes, que é vice-presidente  para a América Latina e Caribe da Gaming Laboratories International, mostrou dados recentes da American Gaming Association, maior entidade do setor no mundo, mostrando como a indústria dos cassinos impacta de maneira positiva a economia dos EUA, e de como esse pode ser um exemplo positivo para o Brasil. “É uma indústria rica e muito importante para o desenvolvimento em vários segmentos industriais em todas as jurisdições onde existe uma regulamentação séria. Por isso é fundamental que exista um equilíbrio perfeito entre a receita de jogos e a regulamentação”, afirmou Hughes. “É preciso que se dê aos operadores condições para que sejam bem-sucedidos nessa indústria e que, com isso, o setor seja um importante gerador de recursos para um país, ao mesmo tempo apresentar regulações que sejam suficientemente robustas para que o crescimento seja controlado e supervisionado”, completou a executiva. Quem também esteve presente nas discussões foi Alex Pariente, vice-presidente de Cassinos e Hotéis do Hard Rock, tradicional casa conhecida mundialmente. O grupo, que nasceu em Londres em 1971, tem mais de 253 unidades da marca e atualmente 36 hotéis, sendo 11 deles em desenvolvimento no Brasil, e 13 cassinos. “Defendemos os resorts integrados como um gestor de turismo, capaz de gerar forte impacto na economia”, disse o dirigente. “Quando falamos em resorts integrados, destacamos um nível diferente de escala econômica, tanto do ponto de vista do empreendimento em si quanto da influência que ele tem nos locais onde são estabelecidos e na economia”, completou o executivo do Grupo Hard Rock. De acordo com ele, entre os benefícios da implantação de um cassino em resort integrado destacam-se os altos investimentos, que podem chegar a 1,1 milhão de dólares por quarto, grande geração de empregos e forte impacto econômico e de desenvolvimento local. “O Brasil precisa dar esse passo e aproveitar uma demanda reprimida”, finalizou o executivo.

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